
Eu gostava de ter uma casa assim. Onde em cada recanto conseguisse colocar um pouco de mim mesma e do meu estilo pessoal. E quem me conhece bem, conseguisse perceber essas marcas. Acredito piamente que não há prazer maior do que reconhecermos e sermos reconhecidos pelo nosso toque pessoal . É um orgulho, uma vaidade!
Ainda que a decoração da casa deva estar de acordo com o gosto de cada um, e seja importante combinar cores, texturas, padrões, é um erro querer combinar tudo até ao ínfimo pormenor. Essa excessividade cria monotonia e plasticidade. Gosto de casas espontâneas que denunciem moradores descontraídos, alegres, expressando o que há de mais imediato na sua forma de ser. Daí que não me identifique nada com ambientes requintados, cromáticos e enigmáticos porque não me inspiram simpatia. Causam-me a maior parte das vezes desconforto. Por isso, é que encontrar o meio termo é uma tarefa que implica muito engenho e arte.
Mas há dicas que são elementares e que espero nunca esquecer:
- escolher tudo com carinho e ponderação e não fazer escolhas precipitadas;
- conferir alegria, tranquilidade e descontracção à casa, aprendendo a dosear as cores e a luz;
- evitar cores muito escuras e padrões demasiado pesados, que acabam por criar ambientes tristes;
- evitar uma casa demasiado cheia;
- apostar mais na qualidade e não tanto na quantidade;
- misturar estilos com imaginação e sentido estético;
- evitar escolhas que não conservem em si o lado prático (aliar conforto e beleza);
- escolher coisas com as quais me sinta bem e me identifique e não me deixar levar por modas (as modas passam num estalar de dedos);
- optar por coisas que durem mais tempo e que sei que não me vou cansar delas (quando se tem vontade de andar sempre a mudar, é porque as escolhas que se fizeram não foram as mais felizes e eficazes).
E é porque uma casa não é à partida um lar, mesmo que bem recheada, que se torna tão especial pensar em todas estas coisas :)
Arranjar a nossa casa tem sido um dos nossos maiores projectos, sem dúvida, e entendo bem quando falas em casas impessoais; faz-me lembrar casas pretas, brancas e vermelhas... não tenho nada contras as cores, mas como exemplo, são das que mais se usam agora, são as cores da moda ou será q já estou desactualizada... às tantas!
ResponderEliminarNão digo que a minha casa seja um luxo, ou que seja apreciada por todos os que a visitam, sei apenas que sempre que lá entro ou dou por mim a vaguear por pensamentos, penso: que rica casinha, e num suspiro penso (pensamos) como nos sentimos bem lá, como faz parte do nosso mundo, o nosso refúgio... É assim que devem ser as casas, não apenas paredes e decoração fashion, mas um lar, com marcas, com vivências, com sinais de quem lá mora...
É incrível, mas agora que temos o gatinho tudo se encaixa ainda mais... Nunca pensei poder achar tanta graça a brinquedos espalhados pelo chão... só para dizer que estas pequenas coisas também fazem de uma casa, um lar!
Boa sorte nesta vossa aventura :)
Sabes, cada vez vejo mais gente preocupada em ter as tais casas fashion, mas que poucas ou nenhumas marcas têm das vivências e dos sinais de quem lá mora.
ResponderEliminarA nossa casa não tem de ser merecedora de uma página de catálogo. Tem de ser a nossa casa, aquela onde nos sentimos bem, independentemente dos outros gostarem ou não.
Beijocas.