quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Enquanto a Primavera não chega...

Já ando farta deste tempo. Quem não anda, meta o dedo no ar!
Estou farta de sobretudos e chapéus de chuva.

A Primavera ainda não deu um sorriso que se perceba. Das duas uma, ou anda demasiado envergonhada ou anda amuada...

E enquanto a Primavera não chega, fui comprar uma agulha de crochê e linha.

Há anos que não pego em crochê, mas há coisas que não se esquecem.

Desde que me lembro que sou gente mais a sério ( 7/8 anos), me lembro de saber fazer crochê.

Ao contrário das minhas amigas, que só pensavam em jogar ao elástico e saltar à corda, eu adorava todas essas brincadeiras e outras, próprias da idade, mas também adorava sentar-me ao pé da minha mãe e da vizinha Adelaide, a aprender a fazer malha e crochê.

A D. Adelaide era uma mestra na arte das linhas, e eu com a minha tenra idade reconhecia-lhe o mérito e a mestria. Absorvia com toda a atenção do mundo cada movimento com que ela de forma tão engenhosa dedilhava o fio e a agulha. Que destreza e que rapidez! Uhau!

Para mim era um prazer ouvir os sábios conselhos e copiar os passinhos que a D. Adelaide tão pacientemente ensinava às suas duas vizinhas, à minha mãe e à D. Beatriz.

Escusado será dizer que persistente como sou, não descansava enquanto não aprendesse tudo direitinho e não conseguisse impressionar as 3, de que eu era tão capaz quanto elas, mesmo com a minha parca idade.

Além do crochê também aprendi a fazer malha.

Nunca me aventurei a fazer camisolas, mas cachecóis fiz uns tantos.

Um dos primeiros presentes que dei ao P. foi um chachecol feito por moi-même.

Na renda, não passei de meios naprons e cravos :P

E agora, passados tantos anos, lembrei-me de voltar a experimentar...

Será que alguém consegue adivinhar o que vai resultar desta redondela (nome carinhoso que o P. dá a tudo quanto é redondo, inclusivé às minhas bochechas, dizendo que tenho duas redondelas no rosto :P)?

Como pistas, posso adiantar que é a primeira vez que faço algo do género, não é nenhum napron, e que a conversa da Primavera não surgiu por acaso.

Alguém se atreve a dar algum palpite para a solução deste enigma? :)

P.S. Agora têm é de ter paciência porque o meu tempo é escasso e não sei quando conseguirei mostrar o resultado final. Conto com a vossa compreensão! :)

9 comentários:

  1. Que giro que está a ficar! Se não é um napron, não faço ideia... A fazer lembrar a Primavera?! Piorou... Não me lembro de nada. Deve ser este tempo horrível de chuva que me lavou a imaginação! :P
    Quando era mais pequenita também fazia umas coisitas de crochê e fiz tantos quadradinhos com restos de lãs para treinar que a minha mãe pegou neles e fez-me uma surpresa: cozeu-os todos e fez uma manta colorida que ficou durante anos na minha cama! Que bom foi reviver esses momentos. Ficava tardes a fazê-los. Adorava mesmo!
    Beijocas e bom trabalho.

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  2. Olá, Sara
    Esta chuva tolda-nos a imaginação, é bem verdade :)
    Essa colcha que tens tem de facto muito valor. Acreditas que fiquei cheia de vontade que ma mostrasses?
    Eu adoro ver essas coisas.
    Beijocas

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  3. Um chapéu de sol!
    Em crochet, ficam giríssimos.

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  4. Talvez umas flores em croché para umas almofadas, ou uma manta para o sofá:).
    Bj

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  5. Uma flor!! Estou muito curiosa, espero que acabes rápido! ;)

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  6. Que engraçado! Eu tambem sei fazer malha e croche, embora não tenho muito tempo para isso. O inverno passado cheguei a fazer algumas pantufas ;)

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  7. Olá Luarte!
    Confesso que não sei se ela ainda existe. Há uns tempos atrás vi-a lá no sotão da minha mãe. Vou ver se a encontro!
    Beijocas

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