Alguns dos que me leem sabem que sou professora.
Professora de Filosofia, contratada desde 1999.
Neste último ano letivo fiquei em casa por falta de colocação. Um ano inteiro.
O blog foi um dos bons pretextos para me manter à tona e não me deprimir.
Senti muitas saudades de ter alunos, de estar numa escola, de preparar matérias, de criar recursos e estratégias novas, de fazer aquilo que realmente gosto.
Mas sobrevivi à tristeza e não me deixei afetar por ela.
A última vez que estive a dar aulas longe foi há 5 anos. Corria o ano letivo de 2007/08. Nesse ano estive a 300 km de casa.
Nos anos anteriores andei a saltitar por esse país fora, de norte a sul.
Foi nesse ano de 2008 que casei e adoeci gravemente (aqui) no final do ano letivo.
E foi nesse ano que tomei a decisão de não voltar a concorrer para longe.
Preferia ficar com um horário mais reduzido, mas estar perto da minha família e ir dormir a casa. Há coisas que não têm preço, sobretudo depois de se passar por determinadas experiências.
Com tantos sacrifícios feitos, para subir ano após ano na lista de graduação, acreditava que haveria de conseguir um horário mais perto de casa, por mais pequenino que fosse. Desempregada nunca ficaria, pensava eu na minha santa ingenuidade!
No ano seguinte, devido aos meus problemas de saúde, vi-me obrigada a ficar em casa e não trabalhei. Criei o blog. Depois disso, fiquei colocada três anos consecutivos na mesma escola, a 45 km de casa. Três anos fantásticos em que consegui renovação de contrato. Pela primeira vez tive um horário completo muito perto de casa. Sim, para um professor contratado, que percorre o país de lés a lés, ficar a 45 km de casa é o mesmo que viver ao lado da escola!
Entretanto, a crise em que mergulhou o nosso país e as novas políticas, que afetaram e afetam diariamente todos os setores da economia, fizeram desaparecer milhares de horários das escolas. A consequência imediata foi atirar com milhares de professores para o desemprego, sem dó nem piedade. Milhares de professores que como eu dão aulas há mais de uma década, e que fazem e já fizeram imensos sacrifícios, de um momento para o outro deixaram de fazer falta no sistema (mentira).
Hoje e com o coração apertado, preencho o boletim de candidatura à manifestação de preferências à contratação para o ano letivo 2013/2014.
Este é o Portugal dos Professores e agora é escolher as cores e depois...
... é esperar que saia o prémio
Não quero ficar mais um ano em casa desempregada e não é fácil enterrar o sonho de ser professora depois de tantos anos a dar tudo por tudo para o ser.
Mas hoje vejo-me obrigada a fazer aquilo que não queria, voltar a concorrer ao país todo para horários que tanto podem durar um ano letivo ou apenas 1 mês. Mas também posso ficar de novo desempregada, pelo segundo ano consecutivo, já que há cada vez menos horários nas escolas.
E já não sei o que é melhor. Se é ficar colocada num horário no cú de judas, longe dos meus, com as despesas do aluguer de uma casa, mais as viagens, sem quaisquer ajudas de custo, e andar feita cigana de trouxa às costas, ano após ano (continuando a alimentar desta forma insana a esperança de ser professora; esperança esta que já não sei se me alimenta ou se me mata), ou ficar novamente desempregada e as circunstâncias obrigarem-me definitivamente (porque já não há esperança alguma) a mudar o rumo e a esquecer o ensino de vez.
Se conseguisse arranjar uma alternativa profissional que gostasse e me oferecesse algumas garantias, nem pensava duas vezes em dar o salto. Mas todas as alternativas que encontro, nas mais diversas áreas, pedem experiência no ramo e a experiência que tenho resume-se praticamente à área do ensino. E quando até consigo encaixar-me no perfil do candidato, eis que estou fora de prazo com 36 anos.
Desculpem o desabafo, mas este assunto, nesta fase do concurso em que tenho de tomar decisões importantes, e realmente difíceis para a minha vida pessoal e familiar, anda-me a ocupar os dias e as noites.
Melhores dias virão, eu sei... mas enquanto não chegam e o meu otimismo continuar embrulhado nesta nuvem negra, ando assim...
Beijinhos e um dia feliz para vocês.
Bem depois de ler isto tudo........
ResponderEliminarQuandoao mesmo tempo tenho orgulho em ser portuguesa , ao mesmo tempo entristece me que este pais funcione desta maneira .
Não é justo ,onde é que isto tudo vai bater ?
Se pararmos para pensar .....
Tens razão é uma lotaria .Espero que realmente que a sorte esteja agora do teu lado.
Não desanimes e muita luz
bj grande
Lulu
Obrigada pelas palavras de ânimo e de força.
EliminarBeijinho grande para ti.
Este país é uma tristeza...enfim. No coments. Fé, esperança e mta sorte Luarte.
ResponderEliminarObrigada pelas tuas palavras, Sini.
EliminarVamos ver o que o futuro me reserva.
Beijinho
Há-de ser pelo melhor!
ResponderEliminarComo eu te compreendo. Não foram tantos anos mas, já foram alguns... este ano tb concorri ao país todo mas, duvido que tenha alguma sorte :( Boa sorte para ti!
ResponderEliminarBoa sorte para ti também. Espero que consigas e perto de casa, de preferência.
EliminarBeijinho
Como te entendo tão bem... Também tenho 10 anos de trabalho no lombo que apenas se resumem a cerca de 6 anos completos. Trabalhei tanto tanto... Para ter tempo de serviço cheguei a dar AEC (sou de Francês-Inglês) + formação em 3 lugares diferentes com as piolhas com cerca de 1 ano de idade!! Se na altura pensava que valia a pena, agora, olho para trás e parece-me que foi vida deitada fora. Nunca concorri para mais longe do quqe 60 km ou 1,5 hora de viagem. A minha prioridade nº1 são as piolhas e eu não vou arriscar perder 3 anos de trabalho intensivo com elas para as ver perder o tanto que adquiriram e com tanto esforço. E não me passa sequer pela cabeça deixar de ser uma mãe presente.
ResponderEliminarEste ano também fiquei desempregada mas fui colocada numa ocupação (os antigos Programas de Ocupação que agora se chamam Contrato Emprego-Inserção) mas não é emprego! No entanto, pude estar com os meus alunos, tê-los perto, viver o ensino de outra forma e ir todos os dias para uma escola - aquilo que me preenche!!! Mas não tenho os olhos fechados... Sou uma mera contratada sem contrato. Irei preencher a manifestação de preferências como preencho o euromilhões e logo se vê... Para longe não vou.
Quanto a trabalho, eu cá me arranjo, nem que tente caixas de supermercado.
Boa sorte e boas escolhas. Pondera pois a família é mais importante.
Olá t2para4 :)
EliminarObrigada pelo teu testemunho.
Eu percebo perfeitamente as tuas opções. Com filhos, é mais complicado e não sei se pensaria da mesma forma. A vida muda por completo e eles não têm culpa das nossas opções.
Desconheço por completo a existência desses Contratos Emprego-Inserção. São remunerados?
Quanto a trabalho eu também não sou esquisita e sempre me atirei ao que havia. Durante o tempo de faculdade fui trabalhadora estudante, exatamente como operadora de caixa num supermercado, mas agora até para se conseguir um emprego desses está difícil.
Desejo-te toda a sorte do mundo para este concurso.
Um beijinho e mais uma vez obrigada por partilhares a tua história.
Obrigada.
EliminarOs filhos mudam as nossas opções e nós moldamo-nos a eles,especialmente quando são casos de necessidades especiais. Mas sempre arregacei as mangas e fui à luta.
Um contrato emprego inserção é só uma ocupação. A remuneração é o teu subsídio de desemprego mais uma percentagem para pela entidade qye te recrutou,sempreatravés do centro de emprego. Duração máxima de um ano e,por regra,não ficam connosco porque é mais barato pagar cerca de 200 euros do que um salário.... Este tipo de programas do pode ser feito por entidades públicas ou ipss.
Stay Strong. Já passaste por muito e deste a volta. Vai correr tudo bem. Beijos
Sem dúvida!
EliminarObrigada pela resposta e obrigada pela força.
Tudo de bom para ti e para mim :)
Que angústia é ler o que escreves! Espero que este ano tenhas mais sorte e vou ficar a torcer por ti!
ResponderEliminarEu também não estou a trabalhar na minha área, nem numa coisa que goste... E sei o que custa...
Mas acredito que melhores dias virão :)
Força! E um grande beijinho!
Agridoce eu sei que tenho capacidades para fazer muitas outras coisas fora do ensino com o mesmo brio e profissionalismo, mas sinto-me limitada por falta de experiência e pelo fator idade. Infelizmente é o país que temos. Sem grandes devaneios, não me importava nada de arranjar um lugar de secretária, administrativa, etc... acho que são áreas onde até me poderia dar bem.
EliminarEnfim, vou acreditar que melhores dias virão.
Beijinho e obrigada por passares por aqui.
Eu troco contigo!!! eheehee :)
EliminarLuarte, não sabia que partilhávamos o calvário (embora no meu caso, apenas DACL), mas que partilhar o que publiquei no meu facebook, quando soube da vergonha de, apenas 3(três) colegas passarem ao quadro... seria anedótico, se não implicasse com a vida de tanta gente. Aqui vai: "Com muitas exceções, os colegas contratados são dos que mais trabalham nas escolas... lufada de ar fresco, ideias novas, ..., tanto que tenho aprendido com eles! Sem eles, acho que ainda pertencia ao tempo "dos acetatos" como o último grito da inovação pedagógica! Se o ME não o reconhece, reconheço-o eu: OBRIGADA... mereciam muito, muito mais!!!" Não é demagogia, é o meu sincero agradecimento a todos os que trabalham, dando o máximo na incerteza do futuro! Boa sorte!
ResponderEliminarElsa, já me levaste às lágrimas com este teu comentário. Estou demasiado sensível, é isso...
EliminarObrigada pela tua franca opinião.
Um beijinho e tudo de bom para ti.
Como eu te percebo...eu estou a concorrer a DACL, sendo que a minha escola é a 200km da minha residência. Concorri num raio de 70km e tenho medo de entrar e de não entrar. Eles estão sempre a mudar as regras e os currículos e todos os anos é uma lotaria. Boa sorte e beijinhos
ResponderEliminarO problema é esse, é que "eles" arranjam sempre forma de nos tramar sempre com novas medidas. Não se pode contar com nada do que dizem porque não são gente de palavra e de boa fé.
EliminarBoa sorte para ti.
Beijinhos
Desejo que corra tudo pelo melhor. Um beijinho e...muita força, nada de desânimo!
ResponderEliminarObrigada pelas palavras de ânimo e de força.
EliminarBeijinho
É assustador ver cada vez mais relatos como estes. Estou a um semestre de concluir o curso dos meus sonhos. Sempre quis trabalhar com crianças e daqui a meio ano serei mais uma educadora de infância e professora do 1º ciclo sem saber se algum dia vou dar aulas, se algum dia vou trabalhar na área. :(
ResponderEliminarEspero que este ano possa voltar a dar aulas, boa sorte na lotaria.
Beijinhos
Eu não te quero desalentar com o meu testemunho, mas é importante que tenhas consciência que isto está para lá de cinzento...
EliminarBeijinhos, obrigada pelo comentário e muita sorte no futuro próximo.
Já quando fui tirar o curso não estava bom, mas ou era este ou não era nenhum. O que mais me entristece nem é saber que não vou dar aulas, é saber que não vou dar aulas mas que sou precisa porque há falta de professores nas escolas. Só os cromos lá de cima é que não percebem
EliminarSei do que falas, a minha irmã também é professora, nunca ficou desempregada mas já esteve alguns anos numa aldeia sem água nem luz (na altura), no início de carreira. Espero sinceramente que consigas o que tanto anseias. Um forte abraço
ResponderEliminarObrigada pela força e pelas palavras de incentivo.
EliminarBeijinho
Bom dia,
ResponderEliminarSou uma seguidora assidua do teu blog e dou-te os meus parabéns. compreendo perfeitamente o teu dilema, pois sou uma ex-professora de inglês/alemão que há uns anos atrás tive que tomar uma das decisões mais dificeis da minha vida... abandonar o meu sonho, o ensino, em prol de ter alguma estabilidade familiar e constituir familia.
Neste momento sou administrativa num centro hospitalar. Se me perguntares se me sinto realizada, eu respondo NÃO!!! A decisão que tomei não foi fácil e ainda hoje, por vezes, sinto a frustração de não estar a fazer aquilo que realmente gosto.
Tenho 36 anos e se não tivesse abandonado o ensino, neste momento não teria o principe da minha vida, que é o meu filhote de 5 aninhos, e ele compensa todos os sacrificios que tive que fazer.
Profissionalmente não me sinto realizada, mas pessoalmente sim.
Beijinhos e força.
Andreia
Obrigada pelo teu testemunho.
EliminarFazer escolhas dessa natureza é sempre muito díficíl. Tu sentes a frustração de não fazer aquilo que gostas, e eu sinto a frustração de não ter qualquer tipo de estabilidade e de ver que todos os meus esforços acabam por ser em vão...
As escolhas trazem-nos umas coisas e levam-nos outras...
Beijinhos e tudo de bom para ti e para a tua família.
Ai mulher...nem tenho o que te diga, vamos acreditar que seja desta!
ResponderEliminarbjs
O ser desta não significa rigorosamente nada... esse é o grande problema!
EliminarBeijinho e obrigada pelo apoio.
Ser desta que fiques colocada perto de casa e que as coisas mudem e consigas finalmente a ter estabilidade.Eu quero acreditar!
Eliminarbjs minha querida
Ah, ok :) Espero que as tuas palavras se façam realidade.
EliminarBeijinhos grandes
Nunca comentei aqui no teu blog... na verdade tens sido uma verdadeira inspiração para mim.
ResponderEliminarE hoje não podia deixar de comentar, porque este post tocou na minha "ferida". Eu formei-me na área de ensino da matemática e a minha experiência de ensino ficou precisamente pelo ano do estágio... com muita angústia minha que ainda hoje perdura, o sonho de dar aulas que desisti tão facilmente... optei por outra via porque sempre quis ter uma família, filhos e tudo mais, e em prol disso abdiquei do meu sonho
Mas este comentário que vai longo, não é sobre mim.. é sobre ti, vim para te dar uma mensagem de ânimo, coragem e não desistas. Há sempre uma solução na vida, e pelo que leio no teu blog, não és mulher de desistir ao primeiro desafio ! Muita força para ti e a todos os colegas que enfrentam esta triste e dura realidade que é a utopia de ser Professor em Portugal
Muito, muito obrigada pelas tuas palavras que sei que são verdadeiramente sentidas.
EliminarBeijinho e tudo de bom para ti.
Como eu te compreendo. Tiraste-me as palavras da boca e do coração as emoções. Infelizmente muitas de nós estão a passar por este desespero. Sim, é desesperante, principalmente para quem tem filhos, que também são obrigados a ficar longe da família e a andar , também eles de escola em escola, novos professores, novos amigos, nova casa, nova cidade!!
ResponderEliminarBjs.
Não podemos deixar de acreditar!
Sabes Raquel, já acreditei mais do que acredito agora... mas há sempre aquela luzinha a piscar e que não nos deixa desistir.
EliminarDesejo-te toda a sorte que desejo para mim.
Beijinhos
Realmente é uma vida muito triste, n estou nada arrependida de n ter seguido esta via:(
ResponderEliminarboa sorte!
Infelizmente há vidas mais tristes, Patrícia.
EliminarBeijinhos
Olá! Há algum tempo que acompanho o seu blogue mas é a 1ª vez que deixo um comentário. Também sou professora e também eu estou a passar pela mesma ansiedade neste momento! Liguei o computador para ir concorrer, mas ainda estou na fase de ganhar coragem... Na altura em que as outras pessoas podem relaxar um pouco, nós temos que lidar com o stress do concurso, sem contar com todos os outros "stresses" com que temos de lidar ao longo do ano.
ResponderEliminarEnfim, valham-nos os blogs para partilhar coisas/ ideias bem mais interessantes e coragem para esperar dias melhores. Se não for o ensino, pode ser que se abram outras portas à nossa frente! :)
Obrigada por este primeiro comentário. Eu tenho a candidatura pronta, mas ainda não ganhei coragem para a submeter. Tenho vindo a adiar, o que se torna numa tortura.
EliminarValham-nos mesmo os blogs e outras coisas boas, como a esperança de que melhores dias virão :)
Beijinhos e muita sorte na colocação.
Já submeti! Quanto mais esperasse maior era, de facto, a tortura. E agora vou desligar o Pc e relembrar que há vida para além deste suplicio! Beijinhos e boa sorte!
EliminarHoje também vou submeter. Amanhã preciso de respirar ar novo e ganhar novo alento no coração :)
Eliminar:(
ResponderEliminarUm beijinho de força, Luarte!
:)
EliminarObrigada*
Olá Luarte,
ResponderEliminarNunca comentei aqui no teu blog, mas sou uma leitora assídua do mesmo. Porquê só agora comento?! Porque estou a sentir na pele o mesmo que tu...feliz ou infelizmente também sou professora. Também estive, o ano todo, sem colocação ao fim de 11 anos de serviço. Concorrer para longe? Jamais...tenho 2 filhos e eles são a minha prioridade, apesar de AMAR o ensino. Não sei o que irei fazer da minha vida. No ensino não sei quando irei voltar a trabalhar. Noutra área também está difícil, ou porque não tens experiência, ou porque tens 35 anos ou até mesmo porque tens habilitações a mais (já me aconteceu). Chorei ao ler o teu post, chorei ao ler alguns comentários e choro a escrever este post. Não vejo a luz ao fundo do túnel. Mas vamos acreditar que isto vai melhorar!
Olá, Lili
EliminarObrigada por este teu comentário.
Só quem passa por este sufoco todos os anos, só quem vive na pele esta instabilidade, consegue perceber realmente que isto é deveras angustiante.
Para quem tem filhos como tu, a coisa ainda é mais complicada. Eu de alguma forma ainda sinto que posso/devo arriscar... Com o apoio incondicional do meu marido, sinto que os prejuízos para a minha vida pessoal de certo não serão tão dramáticos, como seriam se houvesse filhos. Por isso percebo bem a tua posição.
Às vezes faz bem chorar. Limpa-nos a alma ainda que a incerteza nos inunde o coração.
Desejo-te sinceramente o que desejo para mim, que o futuro nos seja risonho, seja ele qual for.
olá Luarte
ResponderEliminarPassei por aqui, como é habitual, embora não comente , para descomprimir um pouco depois de ter estado horas a olhar para os QZPs e tentar perceber para onde me virar.
Eu estou sem colocação há 2 anos. Sei que nesta altura nem devia pensar muito e mandar-me pelo país inteiro. Não consigo. não consigo deixar a minha filha. Só de pensar é um aperto no coração que só quem passa o que nós passamos é que entende.
que raio de vida é esta????
Boa sorte
Xana
Olá, Xana
EliminarAcabei agora mesmo de submeter a minha candidatura. Durante estes 3 dias, foi só matutar nisto. Ora punha códigos, ora retirava códigos. Não me lembro de alguma vez ter feito um concurso assim, ainda que me sinta angustiada todos os anos nesta fase da manifestação de preferências. Pela primeira vez, desde o tempo dos mini-concursos volto a concorrer a horários temporários (foi à custa de não os ter posto no ano passado que fiquei desempregada). E neste momento voltei atrás no que já tinha decidido em termos profissionais e concorro a quase todos os QZP's deste país (a 7 dos 10). Compreendo bem o que estás a passar e o quanto deves ter o coração apertado. São decisões muitos pessoais e que têm um impacto tremendo na nossa vida pessoal.
Beijinhos e tudo de bom para ti.
nao faço a menor ideia do que voces todas passam pk n sou professora e por acaso ate vim cair de paraquedas a uma area k ate gosto. mas se me permitem deixo um conselho: mesmo k n tenham todos os requisitos dos anuncios, se virem algum k gostem mandem o curriculo na mesma.nunca se sabe.......percebo perfeitamente essa coisa da idade pk c 21 tendo ja casa e contas para pagar n foi facil encontrar trabalho pk achavam k era um pita k so keria era borgas, depois c 30 ia kerer ter filhos por isso n interessava, agora tenho 38 e estou mais k fora de praso mas a verdade é k nunca estive mais de 15 dias sem trabalho por isso boa sorte a todos os professores deste pais e pensamento positivo!!!!!!
ResponderEliminarObrigada pelos conselhos, Beta :)
EliminarOlá Luarte, percebo a tua angústia e a de milhares, nessa e em outras areas. Este país está de rastos e vai continuar até rebentarem com tudo, mas nós deixamos e ficamos a ver toda a corja de políticos que nos vai desgovernando, somos mesmo muito brandos. E aí estão todos em campanha com a maior cara de pau. Desculpa a revolta, nem sei que te diga,mas tenho a sensação que secam tudo á nossa volta. Mas não desistas, vai á luta.
ResponderEliminarBeijinhos
Ana M.
É isso que sinto, que estão a destruir tudo o que foi conquistado a pulso e suor. Enfim, mas há que acreditar que o futuro possa sempre ser melhor que o presente.
EliminarBeijinhos e obrigada.