quinta-feira, 30 de abril de 2015

Pernas de frango com caril de amendoim

Na semana passada numa das minhas idas às compras no Celeiro comprei manteiga de amendoim biológica.

Esta manteiga de amedoim biológica tem como únicos ingredientes 99,4% de amendoins de produção orgânica e 0,6% de sal marinho.


Não existe adição de óleos porque o amendoim, como grande parte dos frutos secos, tem o seu próprio óleo.

Achei que era uma boa compra e trouxe para experimentar.

Já a usei em barritas de cereais de frutos vermelhos, cuja receita precisa de ser afinada e ontem fiz pernas de frango com caril de amendoim

Não usei frango inteiro porque tinha cá em casa 5 perninhas de frango, então optei por fazer caril de pernas de frango. Mas esta receita dá para adaptar como nós quisermos e mais gostarmos.

Suave e aveludado, o molho de caril de amendoim é perfeito. O paladar é tãaaaaaaaaaaaaaao bommmm.

Sei que há quem não goste do sabor do caril mais tradicional. Aconselho-vos a experimentar este. É muito diferente. Eu e o P. amámos

Quanto à receita cá de casa é do mais fácil e simples. Vamos a ela? 

Perna de Frango com caril de amendoim

Ingredientes:

5 pernas de frango
2 tomates médios
uma cebola  média
4 dentes de alho
1 folha de louro
3 colheres de sopa de manteiga de amendoim
coentros picados q.b.
 azeite e sal q.b.

Preparação:

1) Cortar a cebola em meias luas fininhas, picar os alhos e os tomates sem pele (usei congelados) para dentro de um tacho. Colocar a folha de louro e regar com o azeite (um fio pequeno). Tapar o tacho para deixar que o refogado se faça.

2) Passados poucos minutos temos o nosso refogado a ferver na água que o tomate largou. Nessa altura colocar as pernas de frango a cozinha. Se tiver pouca água acrescente mais um pouco.

3) A meio da cozedura do frango tempere com um pouco de sal e adicione a manteiga de amendoim.

4) Deixe cozinhar lentamente no mínimo para apurar sabores. A manteiga rapidamente vai engrossar o molho.

5) Quando as pernas estiverem bem cozidas e mais desligue o lume e polvilhe com coentros picados.

Servi o caril de amendoim com frango com arroz basmati e brócolos cozidos a vapor.

P.S. Como ainda me sobrou algum molho no tacho, já reservei no frigorífico para cozinhar esparguete. Este molho é divinal ;)

Beijinhos e um excelente feriado e fim de semana.

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Já têm um limão no congelador?

Ainda não? Então lavem bem um limão inteiro com casca, armazenem no congelador e vão usando conforme precisam até ao fim.

Como? Ralando a quantidade que desejarem.



O limão tem imensa vitamina C, ajuda a purificar o organismo e confere um sabor fresco aos alimentos.

Além disso o seu aroma e paladar são inconfundíveis.

Tendo um limão congelado nada é desperdiçado. Para quem não sabe a casca do limão tem 5 a 10 vezes mais vitaminas que o próprio sumo.

Dêem um toque especial de frescura e aroma aos vossos sumos, saladas, massas, sobremesas, gelados, bolos, cereais, etc. finalizando com umas raspas de limão.

Sempre que precisarem dar um toque mais cítrico nas vossas bebidas ou cozinhados polvilhem com limão ralado. Tudo nesta fruta é bom, desde a casca, passando pela fibra, polpa e sumo.

A partir de hoje não já não se esquecem de ter sempre um limão congelado, pois não? ;)

terça-feira, 28 de abril de 2015

Organização de sapatos (parte 2)

A propósito do post anterior, agradeço as sugestões e opiniões que me deram tanto aqui, na caixa de comentários do blog, como na página do facebook.

A verdade é que ainda fiquei a pensar se não valeria a pena comprar um móvel para o quarto a fim de arrumar os sapatos, tal como andava a idealizar. 

O espaço disponível era pequeno. Das poucas pesquisas que fiz, encontrei este móvel do IKEA que tinha as medidas certas para colocar ao lado da cómoda do quarto.


Mas depois de muito matutar sobre a mais prática e económica solução para a arrumação e organização do calçado primavera-verão, percebi que o móvel  anterior seria má compra. 

Apenas iria gastar dinheiro e encher o quarto com mais um móvel.

Não duvido que a meia dúzia de sapatos que lá caberiam ficariam muito engraçados em formato exposição, mas o meu problema de arrumação continuaria por solucionar.

Posto isto, decidi arrumar e retirar o material que não necessitava da Billy e coloquei uns quantos pares de sapatos nas prateleiras. Gosto bastante do conceito de ter sapatos dentro de uma vitrina, ainda que seja dentro da Billy juntamente com livros e no meu escritório.

Mas o meu escritório é um espaço cá de casa bastante versátil. E esta solução veio dar uma certa graça ao local. Gostei :)




Mas agora dizem vocês: então e o resto dos sapatos?

Fiz assim, enfiei-os todos dentro de uma caixa de arrumação. Tinha duas caixas grandes. Eu até cheguei a mostrá-las aqui, a propósito da solução que encontrei para organizar as minhas malas.

Dei uma escolha às malas, coloquei as clutches todas juntas numa caixinha dentro do roupeiro e consegui que me sobrasse uma das caixas de folha de palmeira.

E agora dizem vocês: Oh Luarte, mas dentro de uma caixa ficas com os pares de sapatos todos encavalitados e num reboliço. Não ficas na mesma como a lesma?

Claro que pensei nisso, porque esse era o meu problema dentro do móvel-sapateira.

Então vai daí, peguei numa caixa de cartão que estava à espera de ser posta no lixo. E resolvi fazer um organizador, à semelhança do organizador das meias que já tinha mostrado aqui.

  
Como a maior parte do calçado de verão que tenho é raso, flexível e pouco volumoso, couberam imensos pares na caixa. Os sapatos de cunha e de tacão foram para dentro da sapateira. Ficou tudo organizadinho.


Sem gastar um tostão consegui arranjar uma solução que por agora me satisfaz bastante.

Só não digo que me satisfaz totalmente porque o totalmente implicaria um closet só para mim.

Isso é que era! :)

P.S. Peço desculpa pela qualidade das fotos que tenho colocado, mas tenho andado muito preguiçosa em pegar na máquina fotográfica. É que com o telemóvel é tudo muito mais prático e rápido.

Organização de sapatos

Para mim a primavera já chegou, quer faça sol ou faça chuva.

Já arrumei as botas e o calçado de inverno.

Apresento-vos a minha coleção primavera-verão. Nesta imagem não constam os chinelos, os ténis e mais 4 pares de sapatos mais pipis para momentos festivos.


Se eu tivesse uma casa grande com closet eu tinha os meus sapatinhos todos expostos em prateleiras.

 (imagem retirada da internet)

  (imagem retirada da internet)

  (imagem retirada da internet)

Mas não tenho e há que saber lidar com isso. É a vida. Há coisas piores :P

Costumo arrumar, à vez, a coleção primavera-verão e outono-inverno dentro de um móvel de gavetas fundas que adaptei para sapateira. O móvel leva lá dentro muitos sapatos, mas têm de ficar todos encavalitados. Eu gostava era de ter tudo bem à vista, com outra organização do calçado a uso

Por isso é que a ideia das prateleiras não me sai da cabeça.

E se eu arrumasse a carrada de manuais que tenho no escritório, dentro da Billy (uma das gamas de estantes da loja IKEA), no sotão? Neste momento, e porque mudei de área de ensino, não faço uso deste material didáticos.


Deixava uma quantas prateleiras libertas e enfiava lá os meus sapatos.

O P. obviamente que não vai concordar. Vai achar absurda a ideia. Mas cada um tem a sua Billy. Eu posso fazer da minha Billy o que bem entender, certo?

Já vi no site do IKEA que eles vendem prateleiras suplementares, o que dá jeito para aproveitar e rentabilizar bem o espaço.

Acham a minha ideia completamente disparatada, esta de ter os sapatos dentro de uma vitrine no escritório?

Façam lá o favor de me darem as vossas opiniões e sugestões porque eu às vezes entro em delírio. E quando esta cabeça entra em órbita pode ser perigoso.

Obrigada por estarem desse lado.

Beijinhos

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Quiche de espargos, cogumelos e salmão fumado

Foi na semana passada que comprei espargos frescos pela primeira vez.

Cheguei ao Lidl e vi aqueles molhinhos tão frescos e viçosos que pensei: é desta!

Com um boa promoção, havia agora ali um forte motivo para não adiar mais a compra de espargos frescos.

Bendita a hora porque estes espargos verdes são uma verdadeira iguaria. Considerados por muitos como afrodisíacos, os espargos têm imensos nutrientes.

(imagem retirada da internet)

Foi no blog Saudável como um Pêro que me inspirei para aquela que viria a ser a minha primeira receita de espargos verdes.

O salmão fumado também comprei com 30% de desconto, o que se viria a traduzir num preço final muito simpático.

Uma quiche sem massa que ficou fantástica. Uma refeição a repetir mais vezes cá por casa.

Quiche de espargos, cogumelos e salmão fumado


Ingredientes:

1/2 molhinho de espargos
8 a 10 cogumelos frescos
100 gr. de salmão fumado
5 ovos
1 cebola 
3 dentes de alho 
uma mão cheia de coentros
sal e pimenta preta q.b.
azeite q.b

Preparação:

1) Cortar a cebola em meias luas, picar os alhos, fatiar os cogumelos e cortar os espargos em pequenos pedaços.

2) Saltear a cebola e os alhos com os coentros num fio de azeite.

3) Acrescentar os cogumelos e os espargos e deixar cozinhar durante 3 a 5 minutos.


4) Adicionar o salmão desfiado e envolver nos ingredientes anteriores. Temperar com sal e pimenta.

5) Forrar uma forma redonda com papel vegetal e verter no seu interior o preparado.

6) À parte bater os ovos e verter sobre o preparado de legumes e salmão.


7) Levar a forno pré-aquecido a 180ºC durante cerca de 25 minutos ou até a superfície da quiche estar dourada.

A seguir deliciem-se com esta fusão de sabores tão ricos.

Sirvam a quiche com uma salada a gosto ou outro acompanhamento.

Beijinhos e bom início de semana.

sábado, 25 de abril de 2015

Trouxas de legumes e atum

Sexta-feira é daqueles dias que ao estar antes do sábado me deixa com aquela moleza boa e sem vontade de fazer grandes planos.

Estive até às 20h.30min sem saber o que iria ser o jantar.

O P. também ainda não tinha chegado do trabalho. Entretanto liga-me a dizer que ainda estava atrasado. Isso dava-me mais algum tempo extra. 

Em 30 minutos preparei o jantar. Estava eu a tirar tudo do forno quando o P. meteu a chave à porta.

Uma experiência inventada no momento, mas que saiu uma delícia.

Fiz duas trouxas bem grandes de legumes e atum. Aproveitei os legumes que tinha em casa e num instante tinha duas trouxas enroladas. 

Por serem tão grandes só comi metade da minha.

Mas o P. que vinha com uma larica daquelas nao se fez rogado e mrchou com uma trouxa inteira. 

Mas deixemo-nos de conversas e vamos à receita propriamente dita. Sublinho que fiz a olho as trouxas, mas vou tentar dar medidas aproximadas.

Trouxas de legumes com atum


Ingredientes

1 cenoura grande
1 cebola média
3 dentes de alho
1/4 de pimento verde
1/4 de pimento vermelho
200 gr de abóbora
2 latas de atum
azeite q.b.
sal e pimenta q.b.
1 colher de café de cominhos
1 rolo de massa quebrada
1 ovo

Preparação:

1) Cortar tudo grosseiramente para dentro de um processador e picar os ingredientes.

2) Colocar os vegetais todos picados numa frigideira ou tacho e regar com um fio de azeite. Mexer e tapar o tacho.

3) Deixar os legumes transpirarem e soltarem os sucos por cerca de 5 a 7 minutos.

4) Quando os legumes estiverem cozinhados tempere de sal, pimenta e cominhos moídos. Os cominhos darão aqui o toque especial.

5) Adicione o atum e envolva no preparado.


6) Desta vez utilizei massa quebrada de compra mas já aqui partilhei convosco uma receita muito simples desta massa. Estender sobre o papel vegetal e cortar ao meio. Colocar o recheio de vegetais e atum em partes iguais.


7)  Fechar as trouxas. Aproveite os restos de massa para selar ou reforçar cada uma delas. Bata um ovo e pincele toda a superfície das trouxas.


8) Coloque as duas trouxas, com o papel vegetal por baixo, em cima de um tabuleiro e leve a forno pré-aquecido a 180ºC durante cerca de 20 min. ou até as trouxas estarem com um tom bem douradinho.

Como sugestão acompanhei com um arroz basmati simples com ervilhas.

Uma refeição completa que se fez em 30 minutos.

E já agora sabiam que o arroz basmati é um arroz que apresenta menor índice glicémico do que a maior parte do arroz comercializado branco?

Beijinhos e continuação de um ótimo fim de semana.

sexta-feira, 24 de abril de 2015

Hábitos saudáveis dão-nos mais energia e alegria

Quem segue o blog pelo facebook tem-me acompanhando mais de perto nesta minha vontade, cada vez maior e obstinada, de ter um estilo de vida mais saudável. Mais do que o controlo do peso, tenho necessidade de fazer escolhas mais inteligentes na alimentação e nos meus hábitos diários, por uma questão de saúde e bem-estar geral. Naturalmente que estas escolhas têm-se refletido no meu equilíbrio metabólico, na minha energia diária, no meu humor, no meu peso, na minha auto-estima. As alterações têm-se feito notar e para melhor. E isso deixa-me feliz :)

A alimentação tem sido o meu foco. Fazer escolhas alimentares cada vez mais saudáveis, mais amigas de mim própria. Descobrir novos prazeres naquilo que como. Abdicar cada vez mais de alimentos que não acrescentam nada há minha saúde, muito pelo contrário. E sim, abdico sem qualquer tipo de sacrifício de muitas coisas.

Mas atenção, não sou nem pretendo ser fundamentalista. Não me proibo de comer isto ou aquilo porque para mim não há alimentos proibidos. Mas a verdade é que quando aprendemos a comer melhor, é-nos cada vez mais difícil comer pior. É uma nova espécie de moral alimentar que nasce e se enraíza em nós.  O corpo habitua-se a ser bem tratado e reclama quando lhe trocamos as voltas. Às vezes zanga-se tanto que até me caem mal certos alimentos. 

A par da alimentação tenho-me preocupado em reduzir o sedentarismo e estar atenta, muita atenta aos sinais que o corpo vai dando. O nosso corpo fala-nos e diz-nos do que gosta e do que não gosta. Nós é que muitas vezes fazemos ouvidos moucos.

De há um tempo para cá, várias vezes por semana faço exercício físico. Optei por fazer exercícios em casa. Tiro uns minutos e no tapete da sala ponho o meu corpo a mexer, acelero-lhe o ritmo. Até agora tem funcionado. Já passei na avaliação de um mês à experiência para um "contrato de trabalho" ;)

Comprei uma corda e muitas são as vezes que salto à corda em casa, em cima da carpete da sala para não ter chatices com os vizinhos. A corda é daqueles exercícios super completos e baratos. Veja-se aqui os seus benefícios. Tem ainda a vantagem de ser um desporto barato e que se pode levar para qualquer lado. 

Por sugestão da Pandora, do blog Estórias na Caixa de Pandora, instalei no meu smartphone a aplicação 7 minutes workout. Esta aplicação consiste em 7 minutos de treino intensivo. Quem não tem 7 minutos por dia? O facto de ser apenas 7 minutos é altamente motivador. Há estudos que indicam que exercício físico intensivo em poucos minutos e diariamente pode trazer os mesmos ou até mais benefícios que horas no ginásio. Os exercícios são 12 e pretendem trabalhar todo o corpo. Têm a duração de 30 segundos cada e no meio de cada exercício temos 10 segundos de pausa. Se ainda não conhecem, espreitem o seguinte vídeo: 


Estou super fã desta aplicação. 

Nos dias em que não me sinto demasiado cansada, a seguir ainda faço extensores. 

Comprei um kit no LIDL e é fantástico. 

O objetivo é fortalecer e tonificar os músculos do corpo através de elásticos que funcionam como pesos.

O Kit traz sugestões de exercícios, mas na internet o que não faltam são vídeos com inúmeros exercícios específicos para as partes do corpo que pretendemos trabalhar. O próximo vídeo, embora com bandas elásticas, dá-nos um cheirinho do que se pode fazer (os meus elásticos têm pega para um mais fácil manuseamento, mas o funcionamento é o mesmo):


Praticamente não há dia em que não mexa este corpinho. Umas vezes faço mais outras menos, mas faço. Claro que os adeptos do desporto, vão dizer que é pouco. 

Não importa se é pouco. O que importa é que faço alguma coisa. É sempre melhor pouco que nada ;)

E o "pouco" que tenho feito tem-se notado e tem-me motivado a não desistir.

Beijinhos.

terça-feira, 14 de abril de 2015

Iogurte grego caseiro sem iogurteira e outras dicas importantes

Já não sei há quanto tempo andava para experimentar fazer iogurte grego em casa. Este mês finalmente resolvi aventurar-me e estou satisfeitíssima.

Gosto da textura destes iogurtes, mas nunca fui grande consumidora de iogurtes gregos de compra pela simples razão de terem uma elevada percentagem de gordura, amido e espessantes, tudo coisas que o nosso corpo e saúde dispensam. Por isso evitava comprar. 

A mim dá-me cada vez mais que pensar quando existem marcas que chegam a usar até 20 ingredientes para fazer um iogurte simples que leva apenas leite e fermento na receita original. E quem fala em iogurte, fala de outro alimento qualquer.

Durante este tempo vi muitas receitas de iogurte grego caseiro, umas com mais ingredientes do que outras, umas mais simples que outras. Fui aprendendo com o que fui lendo, até que me decidi a fazer iogurte grego caseiro e sem iogurteira.

A vantagem de não se usar a iogurteira é poder fazer-se a quantidade que se quer, sem estarmos condicionados pelo número de frascos (já para não falar na vantagem para quem quer fazer iogurtes caseiros mas não tem iogurteira). Até porque no caso do iogurte grego, convém fazer-se a preparação e a fermentação num único recipiente. Mais à frente vão perceber porquê. Em termos energéticos, sinceramente não faço ideia se ficará mais em conta o método utilizado, pondo de parte a iogurteira. No entanto, penso que mais caro não fica de certeza.

E seguindo a receita original só utilizo leite e fermento (os lactobacilos do iogurte).

Iogurte Grego Caseiro


Ingredientes:

Para cada litro de leite meio gordo, 2 colheres de chá de iogurte.

Preparação:

1) Levar o leite ao lume e assim que começar a formar bolhas de lado desligue. Verta o leite para dentro de um recipiente de vidro ou cerâmica (evite o plástico e o metal) e deixe arrefecer um pouco.

Informação adicional: 
Para preparar o iogurte é importante que o leite esteja bem quente, quase a ferver e depois é necessário deixar arrefecer a uma temperatura de mais ou menos 45º C.

Porquê aquecer se depois é para arrefecer?
Primeiro é necessário matar outras bactérias que podem interferir no processo de fermentação. Depois é necessário encontrar a temperatira ideal do leite para que as bactérias que nos interessam se reproduzam, fazendo a transformação química do leite em iogurte.

2) Retire a nata que se vai formando na supérfície do leite e caso não tenha um termómetro de cozinha, faça como eu e vá introduzindo o dedo indicador no leite. Quando conseguir aguentar até 10 segundos o calor, então o leite está à temperatura ideal para se colocar os lactobacilos.

3) Coloque as duas colheres de iogurte de compra ou caseiro dentro do leite e emulsione com uma vara de arames.

Informação adicional: 
É desnecessário colocar mais do que 2 colheres de chá de lactobacilos por cada litro de leite porque estas bactérias precisam de espaço para se multiplicarem no processo de fermentação.

4) Tape o recipiente com uma tampa ou com um simples prato. 

6) Pré-aqueça o forno a 180º C durante 1 minuto e desligue. Deixe a luz do forno acessa.

7) Embrulhe o recipiente numa pequena manta bem quentinha e coloque dentro do forno.



Informação adicional: 
Com estas condições conseguimos criar uma incubadora, que mais não faz do que manter a temperatura do leite, permitindo que as bactérias se propaguem e façam a fermentação. 

8) Deixe incubar durante 12 horas.

Informação adicional: 
o ideal é fazer o iogurte à noite e deixar fermentar até ao dia seguinte.

9) No fim do tempo de fermentação temos o nosso iogurte feito. 


Coalhada

A fase da coalhada consiste em transformar um iogurte normal num iogurte grego. E deve ser feita da seguinte forma:

1) Sobre um novo recipiente coloque uma peneira ou coador e dentro do coador um pano de cozinha limpo. Verta todo o iogurte para o centro do pano.





2) Tape o iogurte e leve ao frigorífico por cerca de 2 horas. O iogurte irá começar a largar o soro. Quanto mais tempo coalhar mais consistente o nosso iogurte irá ficar.



3) Retire o iogurte coalhado do frigorífico e mexa com uma colher. O iogurte grego está pronto (depois de coalhado ficamos com cerca de metade do iogurte inicial). Guarde num ou em vários pequenos potes de vidro. Utilize por dia, as quantidades que quiser e como quiser, até gastar (não se esqueça de reservar um pouco do seu iogurte para os próximos).

No frigorífico o iogurte mantém-se em perfeitas condições durante 10 dias.




Informação adicional: Quanto ao soro de leite, não deite fora porque este líquido está cheio de proteínas, vitaminas, minerais (muito cálcio) e enzimas. Para quem desconhece, o soro de leite é muito usado como suplemento alimentar de desportistas.

Em casa pode substituir a água que utiliza para a confeção de alguns alimentos por soro de leite. Eu utilizo na confeção do pão. Pode usar em batidos, sumos, sopas, etc... E até pode utilizar para regar as plantas. Elas agradecem :) Procure aqui e encontre mais ideias para utilizar o soro de leite.

Depois de pronto, podemos utilizar o nosso iogurte grego caseiro em molhos, sobremesas, adicionar açúcar, mel, fruta, granola, o que quisermos e como mais gostarmos.

O post já vai extenso, e provavelmente dá a ideia que é trabalhosa a confeção de iogurte grego caseiro. Mas é bastante fácil. A preparação não leva mais do que 10 minutos no total.

E podem ter a certeza que têm um iogurte grego de qualidade, compacto, de textura cremosa e muito mais saudável do que os de compra.

Eu ando completamente viciada nestes iogurtes. De manhã tenho optado por comer com fruta e granola sem qualquer adição de açúcar. Bebo o meu chazinho, como uma fatia do meu artisan bread e estou pronta para enfrentar o dia. 

Mesmo optando por comer este iogurte simples, não é amargo, o que dispensa a adição de açúcar (pelo menos o meu paladar não lhe sente a falta).

Beijinhos e boa semana.

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Arroz de lingueirão e camarão

Ontem ia só comprar uns cogumelos frescos ao Lidl e sai de lá com os cogumelos, 3 qualidades diferentes de fruta, coentros, um Kit de elásticos fitness, uns calções desportivos, salada e uma embalagem de lingueirão.

Andava eu a auscultar a secção dos mariscos a ver da qualidade e preço dos mesmos quando esbarrei com o lingueirão, em muitos locais também conhecido por canivetes ou navalhas.

(imagem retirada da internet)

Ai o que eu gosto de arroz de lingueirão.

Ainda me lembro da primeira vez que comi. Estava no 2º ou 3º ano da faculdade e nas férias do verão fui acampar com umas amigas para a ilha de Tavira. Foi aí, num dos restaurante de praia que provei esta iguaria. Adorei.

Não me recordo de ter voltado a comer até ao ano passado. Estando a viver no Algarve era crime não voltar a provar o arroz de lingueirão. No restaurante o Pedro, em Cabanas de Tavira havia de tirar a barriga de misérias por diversas vezes. Que maravilha!

É verdade que este ano comi risotto de lingueirão já por Lisboa, e embora estivesse muito bom confesso que o lingueirão com aquele arroz malandrinho no prato é que é.

Por isso, assim que bati os olhos na embalagem de lingueirão já cozido, os meus olhinhos reluziram.

Já não precisavam de ser limpos de areia, o que me permitia conseguir fazer o arroz para o jantar.

É que o lingueirão é molusco chatinho de se limpar. Para quem não sabe este bichinho mora bem enterradinho debaixo da areia. Se fica com areia pode arruinar o arroz por mais saboroso que possa estar.

Mas jogando pela certa não haveria de correr demasiados riscos, o que se veio a confirmar. O arroz ficou um espetáculo. O lingueirão estava macio. Fiquei tão orgulhosa de mim mesma :)

Arroz de Lingueirão e camarão
(2 a 3  pessoas)


Ingredientes:

450 gramas de lingueirão cozido (1 embalagem)
9 camarões médios/grandes com casca
1 chávena de arroz carolino
3 chávenas de água
1 cebola 
2 dentes de alho
azeite q.b.
1/4 de um pimento verde 
1 folha de louro
2 tomates pequenos
2 colheres de sopa de molho de tomate
50 ml de vinho branco
coentros picados q.b.
sal q.b.

Preparação:

1) Picar a cebola e os alhos e refogar num tacho em azeite e com a folha de louro;

2) Acrescentar o pimento verde cortado às tirinhas fininhas, os tomates cortados em pedaços pequenos, o molho de tomate e o vinho branco. Cortar cuidadosamente a embalagem do lingueirão e verter toda a água para o tacho (essa água é da cozedura do marisco e que é largada pelo próprio lingueirão).

3) Tapar o tacho e deixar suar os alimentos para que os sabores se fundam. Enquanto isso, aproveite para retirar o lingueirão da concha e corte cada lingueirão ao meio.

4) Assim que o conteúdo do tacho já estiver a fervilhar, adicionar 3 copos de água e deixar voltar a ferver.

5) Deitar o arroz (o carolino é o mais indicado para absorver molhos), mexer, e deixer cozer em lume alto por cerca de 3 minutos com o tacho tapado.

6) Baixar o lume para médio, temperar de sal e deixar cozinhar por mais 6 minutos.

7) Colocar o lingueirão e o camarão e os coentros picados. Mexer e deixar cozinhar por mais 5 minutos. Prove e certifique-se que o arroz não está cru nem, nem está seco (se estiver acrescente um pouqinho de água). Desligar o lume e deixar o tacho tapado por mais 3 minutos. Servir de imediato. 

Deliciem-se e bom apetite!

terça-feira, 7 de abril de 2015

Mini-férias numa autocaravana muito cool :)

Há uns dias na página do Facebook do blog antecipei que estava de partida para umas mini-férias cá dentro.

À medida que a contagem decrescente se fazia, aumentava em mim a coceira do bichinho. Eu estava em pulgas :) 

Até que finalmente chegou a quinta-feira, o dia de levantar a autocaravana. 

A experiência mais aproximada de autocaravanismo que tinhamos tido foi com a C. e o M. (aqui). Foi uma semi-experiência, já que levámos tenda para a nossa pernoita, mas foi uma excelente iniciação para nos aguçar ainda mais o apetite por esta modalidade de férias.

A ideia de passear de casa às costas, viajando em total liberdade e independência numa casa sobre rodas é realmente um sonho, para quem aprecia o conceito. 

O simples facto de se poder conhecer locais diferentes, sem a necessidade de marcar ou procurar hotel; o poder sair-se da estrada para espreitar um miradouro e decidir que é ali, com o mar aos pés ou rodeados por uma paisagem deslumbrante, o sítio perfeito onde queremos almoçar; parar numa praia e dar um mergulho quando não estava programado e seguir viagem; ter sempre tudo à mão e viver ao sabor da vontade, sem horários, a isto chamo pura vida, pura liberdade.

As expetativas, eram por isso, elevadíssimas. Os únicos planos que tinhamos para as nossas mini-férias era partirmos numa de aventura romântica. Escolhermos no momento o ritmo da nossa viagem e onde dormir, se bem perto da costa, a ouvir o mar, se junto a um lago silencioso ou se apenas debaixo das estrelas com o vento a embalar as árvores.

E foram todos estes motivos, e o sonho de um dia termos uma autocaravana, que nos levou à experiência de alugar uma.

A nossa escolha foi  para a West Coast Campers. Cinco estrelas do princípio ao fim. Clientes satisfeitos são o melhor cartão de visita e publicidade aos vindouros :)

Cada uma das autocaravanas desta empresa é única. É personalizada o que torna a experiência ainda mais colorida, divertida e singular. São simples, sem grandes luxos, mas com o essencial para uns dias de total lazer e diversão. Os únicos requisitos para quem viaja e procura uma experiência verdadeiramente inesquecível é relaxar e descomplicar. 

Na estrada a nossa autocaravana não passava despercebida. Uma festa para muitos miúdos e graúdos. 


Desde o primeiro dia que ficou batizada pelo P. como a "Shark" :) 

Quando alugámos a autocaravana não mostrámos preferência por nenhuma em particular. Todas elas eram giras. Por isso também foi uma surpresa a campervan que nos calhou na rifa.

A Shark foi sem dúvida a estrela desta viagem. 

Depois das malas e tarecos arrumados, arrancámos pela estrada nacional rumo ao sul. 

O primeiro ponto de paragem foi no miradouro do castelo de Palmela. Como a fome já apertava decidimos montar a mesa cá fora e almoçarmos enquanto apreciávamos as vistas.



 Ao fundo Setúbal, o rio Sado e a península de Tróia.


Já na zona do Torrão, parámos durante alguns bons minutos para apreciar a albufeira do Vale do Gaio e seguimos caminho em direção a Ferreira do Alentejo. A ideia era conhecer e pernoitar nas margens da Albufeira de Odivelas.


O final de tarde tornou-se irresistível para um passeio ao longo das margens da albufeira. Belíssimo pretexto para passearmos por ali calmamente e tirarmos umas fotos.






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A noite começava a cair quando regressámos à nossa casinha de rodas, estrategicamente estacionada para garantirmos uma vista perfeita sobre este cenário bucólico. 


Entretanto, e porque águas silenciosas, calor e noite normalmente chamam mosquitos, achámos melhor jantar dentro de casa. 


De manhã bem cedo acordei com o chilrear dos pássaros madrugadores. Espreitei pela janela e àquela hora o sol já nascia no meio de um céu nublado. Voltei-me a enrolar nos lençóis e no edredão e deixei-me de novo adormecer.


Quando o P. acordou ainda estivemos uma eternidade embrulhados na roupa de cama a derretermo-nos em preguiça e a purificarmos a alma do urbanismo que tinhamos deixado ficar para trás. Tão bom este dolce fare niente :)






Quando a fome começou a apertar pedi ao P. que começasse a preparar o pequeno almoço.


Assim que a barriguinha voltou a ficar composta voltámos à estrada, saíndo do alentejo interior e rumando para o litoral, para a costa vicentina, desta vez para procurar sítios onde ainda não haviamos estado. De Odeceixe até Sagres havia muito por descobrir.

O mapa que nos foi emprestado já com algumas referências que acabaram por dar bastante jeito

Além do mapa também a nossa Shark vinha com um cd, com uma mescla de músicas ecleticamente escolhidas. Mais uma vez a West Coast Campers a dar cartas! :)

Passear pelas estradas secundárias é outra experiência a juntar ao rol. A paisagem, como uma fita cinematográfica, desenrolava-se diante dos nossos olhos, prendendo-nos a alma e hipnotizando-nos o olhar.




E sem darmos por isso Odeceixe era já ali ao lado. É impressionante a noção de tempo, quando nos desapegamos das horas e dos minutos para simplesmente viver o momento, o aqui e o agora.






Numa dessas nossas incursões juntinho ao litoral, fomos encontrar a praia da Amoreira, ali para os lados de Aljezur, num magnífico final de tarde. Um verdadeiro incêndio celestial refletia-se em cada faixa de nuvem, em cada rocha, em cada grão de areia, em cada poça de água. Por momentos senti-me a flutuar, como se as rochas fossem nuvens e o céu o perfeito espelho desta terra quente. 






À semelhança dos nossos vizinhos autocaravanistas, também nós decidimos jantar e ficar por ali a gozar aquela noite mágica.

Nos restantes dias muitas outras praias receberam a nossa visita. Andar com a casa às costas como o caracol tem as suas vantagens.

Fomos sempre parando por aqui e por ali, totalmente entregues ao ritmo da nossa vontade...






Quando chegámos ao Cabo de S. Vicente, de repente o céu fechou-se e gotas grossas caíram do céu. O cenário junto ao farol ficou tremendo. Fantástico para uma foto e de novo nos fazermos à estrada a fim de encontrarmos o tal lugar aprazível onde ficar.


Algum tempo depois o céu voltou a abrir-se, as nuvens clarearam e ainda trouxeram um final de tarde prazeiroso ali para os lados da praia da Ingrina. Havendo por ali outras AC, o lugar pareceu-nos perfeito para pernoitar.




À noite a vista da janela da nossa casa sobre rodas para a praia da Ingrina era esta:


Na manhã de Páscoa, haveríamos de voltar a ver o mundo com nova luz e nova energia para explorar os caminhos recônditos e sinuosos da Ponta da Piedade.



No regresso fizemos a costa vicentina de sul para norte pela estrada nacional e vias secundárias. Não só trouxemos para casa o coração tatuado de experiências novas, como uma vontade infinita de voltar a viajar e a viver numa casa sobre rodas. Um registo que simplesmente adorámos e recomendamos para quem aprecie este estilo de férias. É simplesmente espetacular!!!!

Beijinhos e boa semana! :)