Estando nas Flores fazia todo o sentido reservar um dia para ir ao Corvo para conhecer a ilha e ficar a conhecer todo o grupo Ocidental das ilhas açorianas.
Antigamente, Corvo e Flores, por serem as mais longínquas ilhas do arquipélago, eram chamadas por muitos como "O Outro Arquipélago".
Antigamente, Corvo e Flores, por serem as mais longínquas ilhas do arquipélago, eram chamadas por muitos como "O Outro Arquipélago".
O Corvo fica a Norte da ilha das Flores, a uma distância de cerca de 40 minutos de barco. É a mais pequena ilha açoriana e a mais isolada da Europa.
Em 2007, juntamente com a ilha Graciosa, passou a fazer parte da Rede Mundial de Reservas da Biosfera da Unesco. Atualmente apenas 3 ilhas açorianas fazem parte desta Rede: Corvo, Graciosa e Flores.
Em 2007, juntamente com a ilha Graciosa, passou a fazer parte da Rede Mundial de Reservas da Biosfera da Unesco. Atualmente apenas 3 ilhas açorianas fazem parte desta Rede: Corvo, Graciosa e Flores.
Visitámo-la num dia. Fomos de Santa Cruz das Flores para a Vila do Corvo pelas 10h e regressámos pelas 17h.
Inicialmente eramos para fazer a viagem no barco Ariel, o barco que faz o transporte de passageiros entre a ilha das Flores e o Corvo.
Mas resolvemos aceitar a sugestão da D. Teresa, a dona da residencial onde ficámos hospedados nas Flores, e fomos com o filho dela, o sr. Cristino, na sua lancha numa excursão por mar à ilha do Corvo, com passagem em torno da Ilha das Flores, para apreciarmos as grutas, cascatas e ilhéus que existem ao largo da ilha.
Com medo de enjoar em alto mar, e porque já tinha tido uma experiência nada agradável nesse sentido, antes da viagem tomámos cada um o seu comprimido de Vomidrine. Viagem santa!
Mas resolvemos aceitar a sugestão da D. Teresa, a dona da residencial onde ficámos hospedados nas Flores, e fomos com o filho dela, o sr. Cristino, na sua lancha numa excursão por mar à ilha do Corvo, com passagem em torno da Ilha das Flores, para apreciarmos as grutas, cascatas e ilhéus que existem ao largo da ilha.
No início do percurso de barco, podemos observar a costa recortada da ilha das Flores, com as suas grutas, cavernas e ilhéus. Mas também muitas quedas de água doce que saltam diretamente para o mar. Visitámos a gruta do Galo, assim chamada porque num rochedo próximo parece estar esculpida a figura de um galo. À sua entrada o sentimento é o de estarmos a entrar numa catedral. Lindo!
Um dos ilhéus
Junto da Gruta do Galo
Na saída da gruta
Já tinhamos sido avisados que embora não existissem quaisquer garantias era possível que durante o percurso conseguissemos ver golfinhos.
E vimos em vários momentos da nossa travessia. Muitos golfinhos, tantos no seu habitat natural, ali tão pertinho a mergulharem em sintonia naquele mar azul tão intenso e cristalino.
Cada vez mais perto da ilha do Corvo
Pormenor da encosta escarpada da ilha do Corvo com o seu manto verde
Ao fim de algum tempo atracámos no porto do Corvo, na parte sul onde foi edificada a única Vila desta ilha, a Vila do Corvo. A razão porque a restante ilha não foi povoada prende-se com o facto de todo o litoral da ilha ser alto e escarpado, com exceção da parte sul, uma fajã lávica onde veio a construir-se a Vila do Corvo. É nesta vila que se concentram todos os corvinos, num total de 430 habitantes. A Vila do Corvo é o único concelho de Portugal que não tem qualquer freguesia.
O branco do casario nas ravinas junto ao mar
Da vila seguimos para o topo da Montanha, Monte Gordo.
Esta ilha teve a sua origem num antigo vulcão extinto, cuja imponente e ampla cratera, aloja a lagoa do Caldeirão. O Grande Caldeirão tem 3,7 km de perímetro e 300 metros de profundidade e é o grande ex-libris desta ilha. No seu interior podem-se observar várias lagoas, turfeiras e pequenas ilhotas.
Por 5 euros, numa viagem por pessoa de ida e volta, apanhámos boleia numa das carrinhas particulares que aparecem junto ao porto de embarque na Vila e lá fomos rumo ao ponto mais alto da Montanha coroado pelo Grande Caldeirão.
Com as condições metereológicas a nosso favor a vista que se tinha era realmente soberba. Fascinados com o que viamos de cima quisemos descer ao interior da cratera e observar de perto as lagoas e as pequenas ilhotas. Afinal não é todos os dias que se tem a oportunidade de estar no interior de um vulcão. Uma hora para descer, uma hora para subir e mais algum tempo para disfrutar lá em baixo.
A subida foi custosa mas valeu pela descida! O Grande Caldeirão é das paisagens mais encantadoras que vi pelos Açores.
Seguindo o trilho
A caminho
Pausa para tirar uma selfie à vaquinha
Ficou jeitosa a rapariga :)
Já no interior do Grande Caldeirão
Um cenário bucólico
Tão bom simplemente sentar, respirar, sentir e disfrutar de tudo isto
No topo das ilhotas
Um facto curioso que nos foi contado pelo nosso motorista corvino. De inverno quando chove e a lagoa enche, as pequenas lagoas dão origem a uma lagoa que se extende para todos os lados da cratera e as ilhotas ficam submersas. Do alto do Monte avistam-se então pequenas ilhas, cuja configuração se assemelha à do arquipélago dos Açores.
Quando chegámos de novo ao topo lá estava o nosso simpático motorista à espera, à hora que tinhamos agendado.
Ainda fez algumas paragens pelo caminho para nos mostrar as bonitas vistas da sua ilha.
Depois do almoço tardio e de regresso às Flores, tivemos uma maravilhosa surpresa. Fomos presenteados por falsas-orcas. Que espetáculo!!!!
Todos os 430 habitantes se concentram aqui, na Vila do Corvo
Praia da Areia
Piscinas naturais
Moinho com vista ao fundo para a ilha das Flores
Depois do almoço tardio e de regresso às Flores, tivemos uma maravilhosa surpresa. Fomos presenteados por falsas-orcas. Que espetáculo!!!!
Esta espécie é por vezes confundida por observadores menos experientes com orcas. Mas o Sr. Cristino confirmou tratarem-se de falsas-orcas já que o seu tamanho é muito inferior e a forma do corpo é bastante distinta.
As falsas-orcas têm um tamanho médio de 5 metros, o corpo é esguio e quase todo preto. A cabeça é alongada e muitas vezes são confundidas com as baleias-piloto, dada a semelhança em termos de tamanho e coloração das duas espécies.
Gostei muito de conhecer o Corvo. Uma ilha muito pequenina, mas muito bonita e hospitaleira.
Informação Adicional (a quem possa interessar):
Barco: A diferença de preço que pagaríamos pelo barco da Ariel (20 euros ida/volta) não compensa os (30 euros ida/volta) que pagámos a viajar no semi-rígido do Sr. Cristino Serpa. Tivemos a oportunidade de ver as grutas e ilhéus das Flores e ainda a vantagem de poder ver de perto os grandes Cetáceos. Assim que dava conta da existência destes animais por perto, o Sr. Cristino abrandava, aproximava-se e desligava os motores. Foi simplesmente espetacular!!!
Informação Adicional (a quem possa interessar):
Barco: A diferença de preço que pagaríamos pelo barco da Ariel (20 euros ida/volta) não compensa os (30 euros ida/volta) que pagámos a viajar no semi-rígido do Sr. Cristino Serpa. Tivemos a oportunidade de ver as grutas e ilhéus das Flores e ainda a vantagem de poder ver de perto os grandes Cetáceos. Assim que dava conta da existência destes animais por perto, o Sr. Cristino abrandava, aproximava-se e desligava os motores. Foi simplesmente espetacular!!!
Adorei as fotos e fiquei com vontade de conhecer o Corvo!
ResponderEliminarBjs
Ver estas fotos maravilhosas faz-em sentir um grande orgulho e uma grande alegria por viver neste paraíso! As ilhas dos Açores são lugares idílicos! Já tive a sorte de fazer uma observação de cetáceos num semi-rígido e é uma experiência inesquecível! Obrigada por partilhares estas fotos! Gosto muito de ver os Açores por outros olhos, que é como quem diz, por outras lentes! beijinhos
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