segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Morangos na varanda

Os morangos são uma fruta abençoada.

São esteticamente bonitos, delicados, super decorativos, saborosos e muito apetecidos.

Já no ano passado eu queria ter plantado morangos. Uma amostra só por graça, para ver se dava alguma coisa.

Têm a vantagem de se darem em qualquer lugar soalheiro, e podem ser facilmente plantados tanto num quintal, como em vasinhos numa varanda.

Quando as flores dos morangueiros dão fruto, e o fruto amadurece, qualquer vaso vira uma obra de arte.

Além disso, os morangos cultivados para consumo próprio não têm nada a ver com os morangos do supermercado, cheios de adubos e pesticidas. Estes são 100% biológicos e distinguem-se muito bem dos outros, quer no tamanho, como no aspecto e, sobretudo, no sabor. A diferença é da noite para o dia.

No ano passado acabei por não plantar morangueiros nenhuns.

Mas este ano, eu e o P. decidimos experimentar e temos alguns morangueiros na nossa varanda.

A ideia não é a de produzir quantidade suficiente para consumo doméstico. Esta é a nossa primeira experiência e estamos na expectativa de ver como corre. Nada de grandes ambições! Mas se conseguirmos provar dos moranguinhos cá de casa, já ficaremos imensamente contentes!

Uns morangueiros já estão mais desenvolvidos que outros, porque são oriundos de sítios diferentes e têm também idades diferentes. Porém, decidimos misturá-los todos.

Como os dias têm estado muito frios, e a nossa varanda é descoberta, temo-los mantido em pequeninas estufas improvisadas.

As estufas têm a vantagem de manter as condições ideais para os morangos se desenvolverem. Nos meses mais rigorosos consegue-se controlar melhor o excesso de frio e evitar o excesso de chuva, ou até mesmo danos provocados pelas geadas. Claro que ao criarmos este sistema, acabamos também por acelerar o processo de desenvolvimento dos morangos.

Como temos poucos morangueiros foi fácil arquitectar a ideia da estufa.

Pegámos em garrafões de plástico, cortámo-los ao meio e aproveitámos a parte de cima de cada um. Como não tinhamos disponíveis o número suficiente de garrafões, aproveitámos também a parte inferior e fizemos uma pequena abertura. Nas outras "estufas" foi só preciso desenroscar a rolha, para deixar os morangueiros respirarem.

Fácil, não é?

Agora é ir cuidando deles diariamente com carinho e esperar que chegue o dia "D". O dia em que faremos a "degustação" ;)

domingo, 30 de janeiro de 2011

À mesa com...

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades e principalmente os gostos.

Coisas que outrora não achava piada nenhuma, chegando mesmo a dizer: "Quando tiver a minha casa não quero nada disso, credo!.", agora encontro nelas um encanto especial.

Coisas que achava demasiado antiquadas, sem graça, agora acho-as super estilosas.

Podia enumerar um sem número delas, mas hoje apetece-me falar das louças ou da faiança do Rafael Bordallo Pinheiro, artista português que se notabilizou na cerâmica, numa vertente naturalista e que ficou sobejamente conhecido pela criação do popular Zé Povinho.

Quem não se lembra de ver na casa dos pais, dos tios, da vizinha, ou dos avós, louça deste famoso artista?

Falo dos pratos, serviços de café, travessas, terrinas-couve-abóboras-tomates, etc...

Na altura achava as peças medonhas (desculpe lá qualquer coisinha, oh sr. Rafael).

Como em tudo, existem em muitas casas imitações das suas peças, mas as autênticas têm o famoso símbolo da rã.

Ora, há uns tempos atrás numa das minhas rotineiras incursões no mundo da blogosfera, dei de caras com esta foto.

Inspiração

Não me recordo onde a achei. Só me lembro que não era de um blog português.

Fixei-me nela durante longos segundos.

Primeiro, porque reconheci o traço das famosas couves do Rafael Bordallo Pinheiro.

Segundo, porque achei linda e diferente a mistura da peça tradicional e artesanal com o prato-base de traços tão contemporâneos.

Olhei os pratos-couve com outros olhos e gostei mesmo muito. Quem diria!

Guardei-a na minha pasta dos favoritos.

Mais tarde, quis o destino que fosse parar ao blog da Babette e viesse a descobrir que ela própria usava imensas peças do Rafael Bordallo Pinheiro nos seus almoços e jantares temáticos.

Acredito que os pratos que a Babette faz devem ser uma delícia, mas os cenários que ela cria à mesa são simplesmente maravilhosos. Um sonho!

Não que tivesse quaisquer pretensões de chegar sequer aos calcanhares da Babette (por mais que me esforçasse, as minhas criações nunca passariam de cópias demasiado roscofes), mas o certo é que depois de ver algumas das suas amostras, fiquei com uma vontade louca de ir às Caldas da Rainha, à Fábrica de Faianças do Rafael Bordallo Pinheiro, e adquirir algumas peças para mim.

Mais tarde, voltei a cruzar-me com estas peças nas delicadas fotos do livro de culinária "Dias com Mafalda", da Mafalda Pinto Leite.

Não havia mais nada a fazer! O bichinho que já tinha ficado cá dentro, por esta altura, rompeu o casulo e transformou-se em borboleta.

O estado de enamoramento foi tal, que cheguei um dia a sonhar que tinha comprado uns quantos pratos-couve, mas desta vez, as couves eram cor-de-rosa.

Cor-de-rosa, brancos, verdes ou noutra cor qualquer, eu queria mesmo era ir à fábrica. Conhecê-la!

E fui, neste sábado :)
Além do "preço de fábrica", ainda aproveitámos a zona das oportunidades, onde os preços não são nenhuma pechincha, mas são bem mais simpáticos.

Eu gostava de ter trazido o açúcareiro, o suporte de vela, a travessa-folha-couve, os pequenos recipientes para as compotas em formato de tomate, morango, abóbora, etc... Todos eles estavam desejosos de vir comigo. Mas não deu. Primeiro porque tinha o "polícia" que não se cansava de me dizer "é giro, mas é caro para caraças!".

Mas com jeitinho, dei a volta ao P. e trouxe algumas para casa.

É sempre bom ter, entre muitas outras razões, mais esta para ir às Caldas :)

Já disse ao P. que da próxima vez que formos às Caldas, temos de voltar à fábrica para trazer as andorinhas. As andorinhas ficariam mesmo giras na varanda, não é P.?

Desta vez, trouxe uma travessa-folha-de-sardinheira com um caracol. Eu nem a tinha visto. O P. é que veio ter comigo com a folhinha a dizer: "Olha só este! É a tua cara!". Eu não podia estar mais de acordo com ele.

No fim, trouxe 10 pratos-couve. Aqueles que estava convencida que não existiam :D


Afinal os sonhos podem-se tornar realidade :)

Vou já ali deitar-me, adormecer, sonhar e já volto. Há que aproveitar as marés de sorte. Não é o que dizem?

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Branco é, galinha o põe

A minha cozinha foi parar a uma capoeira.

Conheceu ilustres galos e alcoviteiras galinhas. Viu ovos e pintainhos. Fez amizades com faisões, codornizes e perdizes e aprendeu a cantar com os maiores cocórococó-tenores do mundo.

Acordei. Era um sonho!

A minha cozinha não foi a lado nenhum. Não se mexeu um milímetro neste prédio onde moro. Não há quaiquer vestígios de penas.

De volta à realidade, sento-me à mesa e ponho-me a tomar o pequeno-almoço.

Enquanto dou uma dentada no pão, e um golo na caneca de leite, olho fixamente para as prateleiras que tenho à frente.

Ao tempo que me chateiam aqueles parafusos assim à mostra.

Não passa d' hoje!

As galinhas voltam-me de novo ao pensamento e lembro-me que tenho umas quantas, pequeninas, em balsa, que comprei por alturas da Páscoa do ano passado.


Decido tapar 4 parafusos dos 8 que preciso esconder.


Já só faltam 4!


Na caixa dos materiais diversos, escolho uma parafernália de coisas.

Faço uns moldes em papel, fixo-os com alfinetes e recorto em feltro. Pego na linha de crochê e começo a dar à agulha e ao dedo.

Mais uns atilhos em crochê...e estão prontinhas as últimas invenções!

No fim tenho uma galinha e um ovo estrelado. Este já não vira pinto de certeza!

Já não há parafusos à vista.

Olho de novo para as prateleiras e sinto-me miúda. Uma criança no meio de coisas fofas e alegres que lhe roubam sorrisos rasgados.

Enfim, nunca mais chego a adulta e ganho juízo :P

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Até os mais cépticos gostam

Um prato leve, muito nutritivo e saboroso é o soufflé de peixe.

Eu cá gosto muito.

Além disso, é uma óptima receita para aproveitar restos de peixe que possam ter sobrado de outras refeições ou então fugir um pouco às receitas mais tradicionais.

Para quem tem crianças que torcem o nariz a comer peixe, este é com certeza um prato que elas vão gostar.

E é muito fácil de fazer.

Podemos variar e inventar que sai sempre bem :)

Quem não gosta de uma receita fofa (no sentido literal)?

Ingredientes (3 a 4 pessoas):

- 200 a 400 gr de peixe cozinhado e desfiado
- 4 colheres de sopa de farinha de trigo
- 4 colheres de sopa de manteiga
- 4 ovos
- 2 colheres de sopa de queijo ralado
- 1 cebola média
- 1 chávena de leite
- pimenta
- sal
- noz moscada
- ervas aromáticas (cebolinho, salsa, coentros... o que mais se gostar)

opcional: poderão adicionar-se camarões, cenoura ralada, espinafres ou outros...

Preparação:

1) Num tacho levamos a manteiga a derreter, adicionamos a cebola picada e deixamos alourar um pouco.

2) Seguidamente, acrescentamos aos poucos a farinha e mexemos para misturar bem.

3) Começamos então a verter a pouco e pouco o leite, mexendo sempre para evitar criar grumos. Deixamos espessar um pouco e desligamos o lume.

4) Adicionamos e misturamos ao preparado anterior o peixe cozinhado e desfiado (desta vez fiz com postas de pescada), as gemas, o queijo e algum legume que queiramos acrescentar, por exemplo cenoura ralada ou espinafres já cozidos (desta vez adicionei só camarões que cozinhei juntamente com a pescada). Por fim, temperamos com sal, pimenta, noz-moscada e ervas a gosto (usei cebolinho picado).

5) Entretanto, pré-aquecemos o forno a 200ºC e batemos as claras em castelo firme.

6) Juntamos as claras ao preparado anterior e envolvemos tudo suavemente sem bater.

7) Untamos uma forma redonda com profundidade e vertemos o preparado.

8) Levamos a cozinhar durante cerca de 30 minutos ou até ficar uniformemente dourado (durante este tempo o soufflé vai crescer).

9) Após desligar, aguardar cerca de 5 minutos antes de retirar do forno, para evitar que o soufflé desça.

10) Servir acompanhado de uma salada verde ou outros legumes a gosto. Eu optei por courgettes fatiadas e grelhadas com um fiozinho de azeite, pimenta e umas pedrinhas de sal. Adoro!

Bom apetite!

domingo, 23 de janeiro de 2011

Ando cansada de estar doente

E eu que me gabava aos sete ventos que não sei o que é uma constipação, que tenho um organismo que não cede a doenças menores, de algibeira, porque quando adoeço é coisa para me atirar logo para uma cama de hospital, que gozava com o P., que semana sim, semana não, anda a espirrar e a fungar, que chegava a ironizar, apelidando-o de "florzinha de estufa", fui apanhada, engolida, passada a ferro...

Já diz o velho ditado que quem ri por último ri melhor. Nem imaginam como o P. tem aproveitado para se desforrar. Vá-se lá perceber tal fenómeno, mas o certo é que ele tem andado fresco e airoso vai para mais de 3 semanas, ao passo que eu...

Não sei que raio de vírus anda para aí, mas o maldito atacou-me pelas costas, sem pré-aviso.

Estou no rescaldo de uma valente gripe, com direito a febre, a arrepios, a dores de uma sova que não apanhei, mas que senti em todos os músculos do corpo.

Não cheguei a ir ao médico, porque tenho fobia a urgências. Não me trazem boas recordações. Fujo delas, como o diabo da cruz. Nestas coisas acho sempre que a sabedoria dos ancestrais é o melhor remédio e, então, enfrasco-me em mezinhas caseiras.

Tenho por isso andado em baixo de forma, sempre a trabalhar ou talvez a arrastar-me, nem sei bem...

Não tenho tido sequer disposição para vir à net. Pontualmente tenho lido emails e respondido conformo posso.

E hoje venho aqui para ver se tudo continua no sítio onde deixei.
Xi, entraram-me em casa e somaram-me uns zeros.
500 seguidores!
Obrigada, muito obrigada.

Quem não gosta de receber miminhos quando está doente?! :)

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Hamburguers e pizzas! Pouco saudáveis?

Há pouco tempo, soube a partir de um programa de televisão, que num hamburguer de compra, apenas comemos 60% de carne e que os restantes 40% são farinhas, gorduras saturadas, intensificadores de sabor, estimulantes do apetite e outros aditivos químicos.

Eu tenho noção que estas coisas não são muito saudáveis, mas não tinha noção destas percentagens.

Já não era muito frequente comprar este género de coisas cá para casa, mas muito de vez em quando lá acontecia.

Mas agora a decisão é definitiva. Não volto a comprar hamburgueres congelados cá para casa, seja de que marca for.

Raios! Então quando comemos um hamburguer só praticamente metade daquilo é carne e tudo o resto são porcarias nocivas à saúde?

Os hamburgueres que se comem cá em casa passaram a ser definitivamente caseiros porque passaram a ser a única opção.

Para porcaria, já basta a quantidade de hormonas que os animais ingerem e que nós depois comemos. Não preciso de mais, obrigada!

Escolho o naco de carne no talho, mando-o picar e condimento a carne à minha maneira.

Tempero a carne picada com:

- pimenta;
- alho picado;
- cebola ralada (intensifica mais o sabor do que picada);
- mistura de ervas (normalmente duas de entre salsa, coentros, cebolinho, tomilho... conforme o que tiver);
- 1 ou 2 ovos inteiros (conforme a quantidade da carne);
- por vezes adiciono legumes ralados (cenoura, courgette...);

Amasso a carne com os ingredientes todos, faço bolinhas de tamanho semelhante e achato-as para lhes dar aquela forma mais cilíndrica. A seguir, coloco os hamburguers dentro de uma caixa hermética, por camadas, tendo o cuidado de separar a camada inferior da superior, com película aderente. E congelador com eles.

Quando apetece comer hamburguers é só ir buscar e grelhar.

Se a intenção é fazer os hamburguers pouco depois dos moldarmos, convém irem ao frigorífico 1 horita antes, para não se desmancharem quando os estivermos a cozinhar. O frio dá-lhes mais consistência. Caso não tenhamos esse tempo disponível, o melhor será adicionar pão ralado para tornar o hamburguer mais compacto (eu evito fazê-lo).

Quando grelho carne, só a tempero com sal na altura de ser cozinhada. Se a carne for temperada com sal muito tempo antes, fica seca porque o sal retira-lhe o suco natural, desidrata-a e eu aprecio uma carninha bem suculenta.

As pizzas que compramos no supermercado são outro exemplo de uma refeição congelada com excesso de sódio e gordura, já para não falar nos restantes aditivos e conservantes.

O alto teor de gordura é libertado quando a pizza vai ao forno. E uma pessoa ingere essa gordura sem se aperceber. Por isso, não raras vezes, e antes mesmo de nos levantarmos da mesa, experimentamos a sensação de estarmos empanturrados, cheios, enfartados depois de comermos pizza. É este excesso de gordura que vai dificultar muito a nossa digestão.

Por isso prefiro a opção de fazer a pizza em casa porque a acho muito mais saborosa e saudável.

É que não tem nada a ver. As fatias são sequinhas, com massa a saber a pão e o sabor inconfundível a alimentos frescos.

Por norma, e como tenho a máquina do pão, costumo fazer a massa aí e não dá trabalho nenhum.

Faço logo a quantidade suficiente para várias bases (3 ou 4 de tamanho familiar).

Para a preparação da massa utilizo, e seguindo esta ordem:

- 2 chávenas grandes de água morna;
- 1 saqueta de fermento de padeiro;
- 1 colher de chá de açúcar (ajuda o processo de fermentação da massa, quando combinado com o fermento);
- 4 chávenas de farinha sem fermento (dobro da quantidade em água);
- 1 pitada de sal.

Quando o programa termina, enfarinho as mãos, divido a massa em 4 bolas de tamanho semelhante e congelo-as em sacos individuais.

Apetece pizza? Descongelo uma das bolas (algumas vezes acelero o processo no programa de descongelação do microondas). Enfarinho a bancada da cozinha, estico a massa com o rolo até ter a espessura desejada e tamanho para ocupar a forma.

Entretanto, ligo o forno a 220ºC.

Pico a massa com um garfo e adiciono os ingredientes ao meu gosto (alguns salteio previamente como é o caso dos cogumelos frescos, bacon e alguns legumes). Antes de meter a pizza no forno, tempero apenas com oregãos e um fiozinho de azeite.

E no sábado à noite foi esta pizza familiar que se comeu cá por casa.


E estava boa, tão boa :)

Por isso, quando se associa pizzas e hamburgueres a comida fast-food e muito pouco saudável, é importante saber de que pizzas e hamburgueres estamos a falar. Não podemos meter tudo no mesmo saco.

domingo, 9 de janeiro de 2011

Corações de Atum

As festas já passaram.

O Natal já lá vai.

O Ano Novo regressa só para o ano.

Mas as datas importantes estão sempre a chegar.

Até porque, se quisermos, podemos assinalar todos os dias do calendário como datas dignas de registo.

Bem vistas as coisas, qualquer momento importante, antes de o ser efectivamente, é primeiro concebido no coração. A duração da "festa" vai desde o segundo em que passa a habitar o nosso pensamento e a mover as nossas energias, até culminar no seu pleno acontecer.

E se estivermos atentos, percebemos, talvez num milésimo de segundo, algures nesse dia... que eternidade e fugacidade se cruzaram.

E é por isso que gostamos de dar presentes. Porque temos a necessidade de amarrar de alguma forma os momentos que queremos felizes.

Os presentes não são senão outra coisa que âncoras para a nossa itinerante memória.

E é assim, perdida nestes pensamentos e devaneios sobre coisa nenhuma, que vou dar a latas de atum e ao título deste post, que nada tem que ver com qualquer música dos Ena Pá 2000.

Eu já conhecia algumas ideias engraçadas a partir da reciclagem de latas de atum, mas confesso que quando dei de caras com esta, achei-a simplesmente brilhante.

Latas de atum transformadas em bonitas e originais caixas-presente. Uhau! Que lindas!

A ideia é muito fácil de concretizar. Vejam aqui.

As latinhas redondas de atum (existem outras sem ser de atum também muito jeitosinhas) são as que têm o formato ideal para este tipo de reciclagem.

Beijinhos e bom início de semana*

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Oh, já acabaram!

Na minha última visita a Mafra, e depois de me ter enfiado em várias pastelarias e alambazado em doçarias, seria muita cara de pau da minha parte se chegasse a casa de mãos a abanar.

Não podendo o P. ir a Mafra, não custava nada trazer um bocadinho de Mafra até ele.

Antes de me pôr a caminho, ainda dei um saltinho à última pastelaria e aviei-me com uma caixinha de um dos mais conhecidos doces conventuais daquela zona - os fradinhos.



Imagem retirada da net

Os fradinhos são pequenos pastéis de amêndoa e feijão que, a acompanhar um cafezinho ou em final de refeição, sabem sempre bem. Oh se sabem! Nem é preciso qualquer tipo de pretexto para uma trinca!

Eu disse-lhe que a caixa de 6 era só para ele, mas com receio que a coisa não corresse bem, só o deixei comer 3.

Podia cair-lhe mal tanto pastel, estão a ver?! E eu lá fiz o sacrifício de comer os outros 3. Não me apetecia nadinha, mesmo nada, mas teve de ser... tudo em prol da sua rica saúde.

E sobrou a caixa...

Por acaso até bem jeitosinha e com sistema de fecho-encaixe quando se baixa a tampa. Esta gente pensa em tudo!

Mas, bem vistas as coisas, para que queria eu uma caixa vazia de fradinhos?

Porém, tinha pena de me desfazer dela. Essa é que é essa!

Nada de precipitações, Luarte!

Se calhar até poderia vir a ser útil para guardar pequeninas coisas no escritório.

Não custava nada tentar transformar a caixinha e dar-lhe um ar mais condizente com a minha cara.

Mede...recorta...corta...cola... e a caixinha ficou forrada de vermelho às pintinhas.

Para a nova indumentária, bastou usar restos de papel-autocolante que tinha por cá.

E antes de terminar o conjunto, decidi fazer um pequeno apontamento e incluir um acessório a marcar a diferença.

Agulha...restos de lã...uns pontinhos de crochê... e em menos de nada surge uma borboleta.

A pregadeira que faltava no vestido :)

E com isto tudo, sabem o que me apetecia a esta hora?

Que ao abrir a caixinha, que está aqui mesmo à minha frente, estivessem lá dentro 6 fradinhos à minha espera :)

Isso é que era!

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Rubrica das Leitoras #12

Vésperas de Natal, abro o e-mail e tenho notícias da Cor de Chá, autora do blog com o mesmo nome.

Além dos desejos de festas felizes, o propósito maior da Cor de Chá foi mostrar uma criação sua, algo que fazia questão que eu visse em primeira mão.

Que sortuda que eu sou! :)

Com o Natal à porta havia inúmeros presentes para embrulhar e entre eles existiam uns chocolates na casa da nossa leitora.

"Vai daí, lembrei-me da ideia dos sacos de presente que tinhas postado no blog e que se faziam com envelopes" - diz-me ela.

Estava na altura de dar outras utilidades aos inúmeros envelopes A4 e A5 que existiam lá por casa. Não havia tempo a perder e levada pelo espírito natalício, a Cor de Chá fez surgir bonitos e docinhos sacos-envelope.

Para adornar os sacos, escolheu um dos mais típicos e importantes símbolos do Natal - as estrelas.

Depois de ter aprendido a técnica de fazer pequeninas estrelinhas em origami, foi tempo de fazer nascer uma mão cheia delas. Daquelas estrelas mágicas, carregadinhas de bons presságios :)

Segundo reza a história cristã, a estrela indica o caminho para os reis-magos e tornou-se o símbolo do que de extraordinário aconteceu na noite de 25 de Dezembro. Além de apontar para o local do nascimento do menino Jesus, aponta também para a plenitude da vida.

E aqui temos um exemplar dos sacos feitos pela nossa leitora.


Eu acho que ficou muito bonito :)

E mais uma vez, a ideia do saco-envelope mostra-nos que o mais interessante destes sacos é que podemos personalizá-los como mais gostarmos. Utilizando os mais variados motivos, aplicações e demais ideias que nos possam surgir, podemos fazer aparecer trabalhos muito engraçados. É tudo uma questão de criatividade :)

E este saquinho é prova de que bom gosto e imaginação não faltaram à nossa leitora.

"Pela primeira vez, executei uma ideia dada por ti. Espero que se sigam muitas mais."

Obrigada C. C. por não te importares de mostrar o teu trabalho, por seres tão gentil no agradecimento que acabas por me fazer e por toda a simplicidade com que vieste "ter comigo".

Sem promessas, espero continuar a dar-te a ti, e a todos aqueles que me lêem, bons motivos para continuarem a gostar de visitar este meu pequeno abrigo de ideias.

Beijinhos e continuação de dias felizes... por aqui... :)

sábado, 1 de janeiro de 2011

Ideias debaixo do telhado em retrospectiva

Não costumo fazer planos para o Ano Novo. Não tenho por hábito estabelecer objectivos a cumprir. Não me obrigo a isto ou àquilo.

Gosto de sentir a minha vida a acontecer, a fazer simplesmente parte dela, contribuindo com o que de melhor sei dar em cada momento.

Mais do que projecções num futuro incerto, gosto de fazer uma retrospectiva do que ficou para trás, do que fiz e do que me aconteceu. Um balanço do que ficou cá dentro, do que vivi, do que partilhei, do que aprendi, do que me fez crescer como pessoa.

E porque este lugar é essencialmente de partilha de ideias, de pedacinhos de mim e do que me vai inspirando, resolvi fazer uma retrospectiva do que fiz debaixo deste telhado durante o velho ano de 2010.

Uma criação ou ideia por cada mês parece-me uma boa ideia :)

Janeiro

Faço o meu primeiro mobile em corações e experimento pela primeira vez o ponto caseado.


Fevereiro

Faço passarinhos para decorar o arbusto que "vive" no hall de entrada cá de casa.


Março


Inicio o projecto da manta de quadradinhos de lã. Contudo, este é um trabalho que se encontra em pausa indefinida...


Abril

Decido personalizar o móvel-escrivaninha, forrando as frentes das gavetas com papel-autocolante.


Maio


Faço pela primeira vez bolinhas de pão caseiras no forno cá de casa.


Junho


Decoro um mini-móvel em madeira. Um presente para a minha irmã guardar os brincos.


Julho


Organizo a pequena gaveta do móvel da casa de banho a partir de uma caixa-de-ovos.


Agosto

Reaproveito frascos, decoro-os, devolvo-lhes utilidade e encontro novas soluções cá em casa.


Setembro

Faço algumas caixinhas presente a partir de rolos de papel higiénico.


Outubro


Faço o meu primeiro terrário.


Novembro


Faço as primeiras pantufinhas em feltro. Presente para a L., a bebé da Isa.


Dezembro


A partir quase exclusivamente de material reciclado, invento a decoração de Natal para a lareira.


E porque este blog só existe, porque desse lado existe quem o leia, quero começar o primeiro dia do ano, agradecendo-vos por gostarem de vir aqui, por me darem a conhecer muitas coisas bonitas, por me mimarem com os vossos comentários, por me incentivarem a continuar este pequeno-enorme hobbie, por me ensinarem tantas coisas, por simplesmente me deixarem assim... feliz.

Obrigada por fazerem parte das coisas boas de 2010.