segunda-feira, 29 de junho de 2015

T-shirt personalizada (DIY)

Há uns quantos dias comprei uma t-shirt na Primark.

Simples, de boa malha e barata, num tom verde pistachio (um dos meus preferidos dentro dos verdes).

Confesso que nem sequer cheguei a experimentar na loja.

Peguei no número que me pareceu mais ajustado ao corpo e comprei.

Já em casa experimentei. O raio da t-shirt era demasiado comprida. Dificilmente assentaria bem sobre umas calças, calções ou saia.

Só usando por dentro. Torci o nariz à coisa.


Fiquei a matutar no assunto e decidi não devolver à loja mas personalizá-la.

Munida de tesoura lancei-me no desafio de transformar a minha t-shirt ainda por estrear.

Na parte inferior cortei-a às tiras. Peguei na tesoura e a olho fui cortando tiras mais ou menos da mesma largura. Não é preciso ficar perfeito porque as tiras ao puxarem-se enrolam sobre si e escondem qualquer imperfeição existente.


A seguir peguei em cada duas tiras e dei um nó para unir cada par.


Numa segunda volta repeti o procedimento para formar losangos.



A seguir cortei as mangas da t-shirt  na vertical abrindo-as em asa. Ao esticarmos o tecido ele enrola sobre si e não há necessidade de fazer bainha.


Para adornar as mangas apliquei em cada banda de manga um pequeno botão.



De forma simples, barata e criativa fiquei com uma t-shirt personalizada :)




Aqui bastou um pouco de criatividade e inspiração para transformar uma t-shirt de forma simples e rápida numa peça única e muito mais interessante. Agora sim, tenho a certeza que irei vesti-la muitas vezes :)

Beijinhos e bom início de semana.

sexta-feira, 26 de junho de 2015

O tabuleiro grelhador

Eu adoro grelhados. Assados na brasa ainda mais. Mas cá em casa não dá esta segunda opção.

Então contento-me com os grelhados.

Mas se há coisa chata de se limpar são os grelhadores. Quer as grelhas, quer as chapas onduladas antiaderentes são umas chatas.

São! E não me venham cá com coisas que metem na máquina, põem o spray xpto, porque é sempre coisa chata de lavar e na máquina não fica bem lavado.

Finalmente e graças a este post da Raiozinho, do blog Por cá quem cozinha é a Raiozinho, tive conhecimento dos tabuleiros maravilhosos de Bioflon.

Assim que tive oportunidade de ir ao Continente arranjei logo um para mim. O meu é o quadrado.

 (imagem retirada da internet)

É um espetáculo!

Não é preciso pôr qualquer tipo de gordura para o peixe não agarrar (eu não o faço de qualquer maneira, mas conheço várias pessoas que o fazem). Mas fazer com que o peixe não agarre não é tarefa fácil. Não é mesmo fácil manter o peixe compostinho com o seu casaco vestido e sem remendos.



E lavar? Passa-se a esponjinha com um pouco de detergente e já está. Já não há cá grelhador de molho. Acabou-se.

Estou fã e por isso só posso obviamente recomendar :)

Beijinhos e bom fim de semana.

sexta-feira, 19 de junho de 2015

Leite condensado caseiro

À última da hora precisa de fazer um doce e um dos ingredientes é leite condensado. Ehhhhhhh, não há nada na despensa. Que chato ter de ir agora ao supermercado!

E que bom que seria poder fazer em casa o próprio leite condensado, com ingredientes e quantidades escolhidos por nós. E sabem como é, o sabor de qualquer produto embalado ou enlatado não tem nada a ver com o mesmo produto fresco, feito em casa, seguindo um modo de confeção artesanal. O leite condensado não é exceção.

Para fazer leite condensado em casa só são precisos 2 ingredientes: leite e açúcar.

Eu prefiro usar o açúcar mascavado, porque é aquele que consumimos cá em casa, mas cada um pode usar o açúcar que mais gostar.


Vamos então às quantidades:

1 litro de leite
250 gr. de açúcar

Preparação:

1) Coloque um pequeno pires no congelador.

2) Depois numa panela funda coloque o leite e o açúcar. Mexa com uma colher para dissolver.

2) Leve a lume alto e vá mexendo. O leite vai ferver e subir (daí a necesidade de uma panela alta para que o leite não derrame). Continue a mexer até o leite começar a engrossar.

3) Quando o leite ganhar uma certa consistência, vá buscar o pires que guardou no congelador e faça o teste de derramar um pingo de leite no pires. Se ao inclinar ligeiramente o pires a gota demorar a escorrer ou se escorrer lentamente, então o leite está pronto.

4) Parece-lhe que ainda está muito líquido, não é? Não se preocupe porque à medida que ele for esfriando vai encorpar cerca de 3 vezes mais. Para ajudar neste processo bata-o durante alguns minutos com a batedeira e depois coloque o leite condensado num frasco de vidro esterilizado e vedado. 

O nosso litro de leite vai dar cerca de 1/2 de leite condensado. Reserve no frigorífico. Conserva-se perfeitamente em excelentes condições por uma semana. Mais não sei, porque nunca experimentei.

Pode guardar no congelador e aí não há problemas de conservação durante muito tempo. Para quem não sabe, o leite condensado não congela, não fica pedra. Razão pela qual é um ingrediente muito utilizado na confeção de gelados. 

Eu tenho uma latinha de leite condensado vazia que me serve de medidor para as receitas.

500 ml de leite condensado dá cerca de 2 latas de leite condensado mal cheias.

Beijinhos e bom fim de semana.

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Branquear os dentes em casa

Sabiam que podemos fazer uma limpeza aos dentes em casa de forma simples, rápida e muito barata?

Eu já tinha visto algumas sugestões e truques pela internet fora. Curiosa como sou fiquei com algumas ideias debaixo de olho para um dia destes experimentar.

E ontem foi o dia.

Só são precisos estes 2 ingredientes:


1 morango maduro;
1 colher de café de bicarbonato de sódio.

O morango tem ácido málico. Esta substância tem um efeito adstringente que permite remover ou atenuar a cor amarelada da superfície dos dentes. 

O bicarbonato de sódio tem um efeito abrasivo leve, capaz de remover com alguma eficácia as manchas nos dentes causadas pelo consumo de refrigerantes, chá, café, tabaco, etc. 

A união destes dois ingredientes intensifica a limpeza das manchas amareladas nos nossos dentes.

Preparação:

1) Com um garfo esmaga-se muito bem o morango e depois mistura-se o bicarbonato de sódio.

2) A seguir com a ajuda do dedo indicador esfregue a mistura em toda a superfície dos dentes;

3) Agora meta o resto da mistura na boca e vá bochechando lentamente durante 5 minutos;

4) No fim do tempo deite fora toda a mistura que tinha na boca e bocheche com água;

5) Por fim lave normalmente os dentes com a sua escova e pasta dentífrica.

Para primiera vez a verdade é que notei que os meus dentes ficaram mais brancos e brilhantes.

Daqui a 1 mês volto a repetir.

Como em qualquer tratamento de branqueamento não convém abusar. Isto porque o ácido málico do morango juntamente com o bicarbonato pode danificar o esmalte dos dentes, tornando-os mais sensíveis  e ainda mais amarelados. Isto acontece porque a dentina, que é naturalmente amarela, fica mais exposta. 

Alguém desse lado curioso em experimentar?

quarta-feira, 3 de junho de 2015

Eu e a minha infertilidade



 
Estudos atuais têm demonstrado que aproximadamente 20% dos casais, ou seja, um em cada cinco casais, apresentam problemas de infertilidade.

Ora na roleta da sorte haveria de me calhar na rifa fazer parte dos tais 20%. Só não acerto no euromilhões porque não jogo ;)

Foi há 2 anos que escrevi e partilhei aqui a minha história com a endometriose.

Nestes 7 anos de diagnóstico a endometriose ensinou-me imenso. Ensinou-me a dar mais valor a umas coisas e a relativizar outras. Ensinou-me a cuidar muito mais da minha saúde e de tudo o que tenho e prezo. Ensinou-me a ter mais coragem do que medo. Ensinou-me a ser mais forte.

Antes mesmo de planear ter filhos, a minha endometriose profunda trouxe-me a experiência da infertilidade na primeira pessoa.
Não sei o que é tentar engravidar e não conseguir. Só conheço a experiência contrária. A de passar a saber que tenho dificuldades reais, que uma gravidez espontânea estaria fora de questão, e a de reunir todos os esforços para conseguir ultrapassar essas barreiras naturais.

E foi assim que entrámos no universo dos tratamentos de infertilidade, antecipando o projeto de sermos pais. A verdade é que ninguém sabe quanto deseja ter um filho até ser confrontado com a impossibilidade de o ter. Nessa altura os meus planos, as conversas, a minha cabeça passaram a girar obsessivamente à volta do mesmo. Ter filhos passou a ser a coisa mais importante, a minha prioridade, o meu foco.  A minha vida ficou suspensa, a flutuar como aquelas bolas gigantes de sabão. 

Agora a uma certa distância desse período da minha vida, já com outra visão sobre os acontecimentos, a sensação que tenho é que foram 4 anos em que perdi o norte, andei à deriva.

Fui prisioneira de sentimentos que me controlaram. Fui cativa de muitas horas e dias de angústia, tristeza e desilusão. Não fui boa pessoa em muitos momentos. Senti-me incompreendida, fui egoísta, egocêntrica. Cheguei a ser dramática. Porquê eu? Como se o universo conspirasse contra mim. Passou a ser difícil sentir alegria genuína e autêntica quando recebia a notícia de mais uma gravidez de uma amiga, familiar, conhecida… havia sempre um misto de frustração à mistura, ainda que desejasse tudo de bom a essa pessoa. Não me identifico com aquela que fui nesses momentos. Foi uma fase difícil, feita de esperanças a cada novo tratamento, de grande desgaste físico e psicológico, de várias derrotas. Foi penoso e violento. Só quem passa por aqui sabe realmente do que falo. Os restantes poderão imaginar...

Para lá de tudo isso, existiam questões de saúde. Depois de tudo o que já me aconteceu, agradeço com genuína alegria a oportunidade do milagre que é estar cá a viver esta experiência absolutamente incrível que é existir. Prezo muito a minha saúde, a minha vida acima de tudo.

A tristeza de não conseguir engravidar foi-se pouco tempo depois de eu e o P. decidirmos não avançar para mais nenhum tratamento de infertilidade, assumindo as consequências evidentes dessa opção. Não voltar aos tratamentos seria fechar qualquer possibilidade de sermos pais biológicos. 

Poderia ficar pendurada na eterna dúvida, então e se tivesse tentado pelo menos mais uma vez, talvez, se calhar... É difícil não nos deixarmos engolir pela espiral de acontecimentos e sentimentos que vivemos na fase em que nos entregamos a isto. Facilmente caímos num ciclo vicioso. Mas não, não vivo nessa dúvida. Não me arrependo dessa escolha que fizemos há 3 anos.

Hoje digo, sem remorsos ou culpas, que esta decisão acabou por ser uma libertação. Um alívio para bem da minha saúde, do meu espírito, da minha sanidade mental. Quero muito ser mãe, mas não quero ser mãe a qualquer preço.

Pegando num excerto de um poema de José Régio sinto que… a minha vida é um vendaval que se soltou/ é uma onda que se alevantou/ é um átomo a mais que se animou… /não sei por onde vou, não sei para onde vou – sei que não vou por aí!

Reconciliei-me essencialmente comigo. Precisava disso, de voltar a mim, de me voltar a sintonizar com a vida e com a pessoa que sou.

Porque sei que sou realmente feliz com a vida que tenho. Gosto da vida que tenho com a infertilidade lá dentro e com tudo a que tenho direito. A minha vida enche-me e preenche-me. Por isso nunca a senti vazia, nunca senti esta casa vazia. Não sei se serei mais feliz tendo um filho, mas sei que a minha felicidade não depende disso. Não me sinto incompleta. Não me sinto beliscada na minha condição de mulher.

A infertilidade não é um drama. As coisas só são aquilo que nós deixamos que elas sejam. Não me destruiu sonhos, apenas me alterou ligeiramente os planos porque a minha vontade de ter filhos, de ser mãe não desapareceu. Não desisti. Não desistimos. Mas hoje, mais madura e auto-consciente das minhas escolhas, sinto-me tranquila, serena e sem pressas, como sempre imaginei que tudo isto deveria ser.

Hoje sei que nada é por acaso. Nada. Nada do que nos acontece, acontece sem motivo. Por isso, gosto de pensar que os planos que a vida tem para mim são maiores do que os meus sonhos.

Não sei se alguma vez sentiria o desejo maior de adotar se a infertilidade não me tivesse batido à porta. Não sei responder...

Mas hoje sei que quero muito ser mãe de coração. Adotar não é a minha segunda opção, é a minha opção. A opção que escolhi, aquela que tantas vezes me faz esquecer do motivo que me trouxe até aqui.

A minha barriga há muito que mora no meu coração em perpétuo batimento. 

Tum tum, tum tum, tum tum. É a voz, é o som, é a música do amor.

Porque é amor, tudo quanto tenho para dar a esse filho que um dia há de chegar.