sábado, 30 de janeiro de 2016

Cachecol-poncho

Tenho cá em casa um cachecol largo de lã muito quentinho que me ofereceram já não sei precisar há quanto tempo.

Mas raramente o uso, porque como cachecol é grande e para fazer de xaile é curto.


Esta manhã lembrei-me de o transformar num cachecol poncho e adorei o resultado. Fica muito giro por cima de uma camisola ou mesmo de um casaco.

Uma ideia que poderá servir de inspiração aí em casa.

E o que é preciso fazer?

Muito pouco.

Quanto tempo leva a fazer?

Menos de nada.

Não temos de cortar rigorosamente nada.

Só temos de dobrar o nosso cachecol ao meio, pegar numa agulha, em linha, e coser as laterais do cachecol, partindo 4 a 6 dedos atrás do meio do cachecol (dobrado) até um palmo antes de acabar. A ideia é ficar um orifício largo para enfiar a cabeça (mas não demasiado largo para o poncho se manter direitinho no nosso tronco, sem escorregar).



A costura não é preciso ficar perfeita porque vamos virar o nosso cachecol do avesso e a mesma ficará para dentro.

Por fim é só enfiar a cabeça no orifício que ficou e posicionar a nova costura do nosso cachecol-poncho em cima do ombro.

Podemos sempre adornar com uma pregadeira, assim numa de dar um toque de chique-elegante :)




Beijinhos e um fim de semana cheio de sol para vocês :)

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Bolo de caneca de chocolate e óleo de coco

Penso que toda a gente conhece o bolo de caneca. O bolo que se faz em pouquíssimos minutos no micro-ondas, sempre que apetece um bolinho naquela exato momento em que a vontade aperta. Ou sempre que recebemos visitas inesperadas e queremos ter um bolo para oferecer e não há tempo para nada de mais elaborado.

O tempo de cozedura é de 3 minutos, mas se quisermos um bolinho mais molhado é só reduzir o tempo entre os  2 e os 2,30 minutos, tudo depende da potência do nosso micro-ondas.

É num piscar de olhos que se faz um bolinho destes para acompanhar um gelado ou para servir com um chazinho num lanche.

A caneca a usar deve ser das grandes. A que uso tem a capacidade para 700 ml e dá perfeitamente para 3 pessoas.

Claro que a imaginação nos pode levar a fazer as variações que quisermos deste bolo. 

Bolo de Caneca de Chocolate e Óleo de Côco



Ingredientes:

1 ovo
1 colher de sopa de óleo de côco (preferencialmente 100% orgânico)
3 colheres de sopa de farinha
3 colheres de sopa de chocolate em pó
3 colheres de sopa de açúcar mascavado
1 colher de chá de fermento para bolos

Preparação:

1) Levar a colher de sopa de óleo de coco a derreter por alguns segundos.

2) Juntar todos os ingredientes na caneca e misturar bem com um garfo.

3) Deixar cozer de acordo com o tempo recomendado.

Bom apetite!

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Banqueta/Sapateira

Os sapatos. Sempre os sapatos fora do lugar. 
Parece que germinam.

Aborrece-me. A sério que me aborrece ver aqueles pares fora da sapateira.

E contra mim falo. Sento-me tiro os sapatos e deixo-os ali ao canto, para depois arrumar. Mas depois não são arrumados. E ao lado daqueles já nascem outros como ervas daninhas que alastram em fila.

Já andava a matutar numa forma de resolver o assunto e no último sábado ao entrar na loja Espaço Casa dei de caras com uma banqueta super mimosa e com 50% de desconto. Não era bem aquilo que procurava. Eu queria uma banqueta mas com arrumação. E esta era apenas uma banqueta. Mas como resistir a uma banqueta tão catita? Não resisti e trouxe-a comigo.


A ideia de ter uma banqueta funcional, uma banqueta que não servisse apenas para sentar o rabo confortavelmente para calçar e descalçar não desapareceu. Eu precisava desse lado prático da arrumação.

E como é que eu iria resolver o assunto de forma simples?
Com duas caixas de organização que encaixassem perfeitamente por baixo da banqueta, lado a lado.

Ainda na loja aproveitei e trouxe duas caixas e ao passar pela secção de cozinha vi uns individuais de serapilheira que de imediato fizeram plim nesta cabecinha. Trouxe dois.

Cereja a inspecionar uma das caixas com um dos individuais

Ocorreu-me a ideia de forrar as frentes das caixas com a serapilheira.

Ficaria com um aspeto mais rústico.

E se eu bordasse na serapilheira? Boa ideia.

Com as letras em papel em tamanho grande, recortei-as com um x-ato.




Passei um marcador preto para ficarem perfeitamente desenhadas na serapilheira e a seguir com lã vermelha bordar de forma simples por cima, tapando o risco da caneta.







Escritas para ambas as caixas a palavra Shoes (sapatos, em inglês), as placas de serapilheira foram cortadas à medida e fixadas com cola nas laterais das caixas. E assim fiquei com as caixas personalizadas por baixo da minha banqueta.






Agora é sentar, calçar ou descalçar, tirar ou arrumar os sapatos que se estão a utilizar diariamente de forma mais prárica e funcional.

Beijinhos e bom fim de semana.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Bolo rei em 5 minutos

No dia dos Reis o típico é comer Bolo Rei.

Até hoje sempre achei que fazer bolo rei em casa devia ser complicadíssimo.  Nunca me atrevi. Até ver, poucos dias antes do Natal, a receita do Bolo Rei da Rita, do blog e canal de youtube La Dolce Rita.

Não fiz por essa altura, mas resolvi pegar nessa receita hoje, não em casa mas na escola para comemorar com os meus alunos este dia do calendário.

E foi na Sala onde trabalho diariamente, uma Sala onde fazemos muitas atividades da vida diária, que este bolinho foi feito, no âmbito do ateliê de culinária, com ligeiras alterações relativamente à receita original.

As principais foi substituir a fruta cristalizada por desidratada e elevar ligeiramente a quantidade de açúcar.

Acreditem que tendo todos os ingredientes à mão, preparar a massa e decorar o bolo não leva mais do que 5 minutos. Depois é o tempo de cozedura de cerca de meia hora.

Vale a pena experimentar este bolo porque é muito saboroso e extremamente aromático.

Comido ainda morninho é assim uma delícia.

Os miúdos adoraram e as professoras tiveram de se contentar com as migalhas. Está visto que não era um bolo mas dois que deveriam ter sido feitos.

Segue então a maravilhosa receita da Rita com as devidas alterações.

Bolo Rei em 5 minutos
Ingredientes

- 350 gr de farinha (sem fermento, tipo 55)
- 50 gr de açúcar

- 1 pitada de sal grosso
- 1 colher de sopa cheia de fermento em pó para bolos 
- 2 iogurtes naturais (250 gr no total)
- 80 gr de manteiga derretida (com ou sem sal)
- 1 laranja (raspas)
- 1 limão (raspas)
- 1 colher de chá cheia de canela
- 1 colher de sopa de vinho do Porto
- 200g de frutos secos (utilizei passas, amêndoas laminadas e nozes) e fruta desidratada aos cubos
- 1 gema batida
- açúcar em pó e frutas secas e desidratadas para decorar


Preparação:

1) Numa tigela grande, misturar a farinha com o açúcar, o sal, o fermento, o iogurte natural, a manteiga previamente derretida, a raspa de laranja e limão, a canela e o vinho do Porto. 

2) Misturar tudo muito bem primeiro com uma colher de pau, depois com as mãos até obter uma massa que se descola das paredes da tigela (se a massa estiver muito colante adicionar um bocadinho de farinha);

3) Acrescentar depois as frutas secas e as frutas desidratadas aos cubinhos e amassar tudo até estarem bem incorporadas;

3) Forrar um tabuleiro com papel vegetal e dispor a massa formando uma coroa - a forma do bolo rei;

4) Pincelar o bolo com a gema batida e decorar com as frutas desidratadas, frutos secos (utilizei algumas das frutas aos cubinhos, banana e figos secos) e montinhos de açúcar em pó;

5) Levar o bolo a forno pré-aquecido a 180º C durante 30/35 minutos ou até estar bem dourado (aconselha-se o teste do palito).

6) Ao fim desse tempo retirar do forno e deixar arrefecer. Só cortar quando estiver morno para não se desmanchar.

Não deixem de experimentar esta receita. É realmente fantástica e super, super fácil de fazer.

Beijinhos

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Naquele monte alentejano

Nos últimos anos entre o Natal e o Ano Novo temos aproveitado para dar uma escapadinha dentro de Portugal.

Dois ou três dias longe das rotinas, fora do mesmo ram-ram do dia-a-dia, dão logo outra energia e ânimo. E se for fora da cidade funciona como uma espécie de expurgo para a alma.

Por isso optamos quase sempre por fazer turismo rural. Desta vez não foi exceção.

Agora que a Cereja está connosco, achámos que poderia ser uma boa ocasião para fazermos férias a três.

Nas minhas pesquisas cedo me dei conta que não é assim tanta a oferta de alojamento onde animais de estimação sejam bem-vindos, o que limita à partida as nossas escolhas.

A Cereja levou-me a descobrir a HomeAway, uma plataforma de imóveis para alugar com uma vasta escolha em termos de casas no nosso país e a preços muito interessantes.

Foi aqui que descobri um dos lugares mais fantásticos onde já estive. Um verdadeiro paraíso.

Uma casa isolada num monte alentejano, dentro de uma propriedade de 40 hectares de sobreiros, na zona de Cercal do Alentejo.

Três noites e quatro dias de puro sossego, com uma paisagem linda, de cortar a respiração. Um lugar mágico.

Ideal para a Cereja correr e explorar o mundo em total liberdade,  sem horas marcadas para ir à rua ou sujeita à disponibilidade dos donos.

Lugar perfeito para uma estadia de puro lazer e descanso onde não sentimos qualquer necessidade de sair da propriedade, da nossa casinha com aquela varanda maravilhosa que nos oferecia o melhor camarote para assistir ao nascer do sol e as vistas mais bonitas para as refeições do pequeno-almoço, almoço e lanche. 

À noite, apenas o luar e as estrelas iluminavam aquele nosso pequeno pedaço de céu. Lá longe, muito ao longe minúsculos pontos de luz lembravam-nos existir algures no tempo e no espaço civilização.

Durante a nossa estadia, aproveitámos e fizemos pequenos trilhos dentro da propriedade. Tudo o que precisávamos estava ali, reduzido àquele micromundo onde nada falta para sermos felizes.

Valeu ouro este retiro, longe de tudo o que é dispensável.

As únicas vezes que nos ausentámos foi precisamente para ir ao Cercal buscar pão, vinho, chouriço e mais umas pequenas coisas que nos faziam falta para as refeições. Tudo o resto levámos já de Lisboa.

Fizemos todas as refeições em casa. Soube pela vida comer e beber apenas a ouvir os sons da natureza. Não ver mais do que verde e azul diante dos nossos olhos. Não cheirar nada mais que o aroma da comida, da terra e das plantas. Durante aqueles quatro dias, por ali não vimos mais ninguém, não houve espaço para mais ninguém, a não sermos nós e a nossa cadelinha.

Além de ser um dos lugares mais fantásticos onde já estive em turimo rural, foi dos mais económicos (40 euros/noite), sem qualquer pagamento extra por levarmos animal de estimação.

Já para não falar na hospitalidade do nosso anfitrião que foi de uma simpatia exímia e de um acolhimento ímpar. O nosso muito obrigado pelo vinho e pelo pão (alentejano como eu tanto gosto) que nos ofereceu (até isto me pareceu de uma grande simplicidade e simbolismo).

O dono desta propriedade, o sr. António Raposo, tinha mesmo razão quando me disse na correspondência que trocámos que nós iriamos adorar a nossa estadia e que o seu cantinho era mesmo um lugar mágico para namorar e ser feliz.

Vim de coração cheio e com muitas saudades. Trouxe a certeza que a Cereja foi sem dúvida extraordinariamente feliz neste lugar que em tudo superou as expetativas iniciais.

Lugares assim como este não há muitos.

Termino este post com algumas fotos no nosso Monte do Sobreiro:


A Casa



A lateral e a varanda de madeira




                                                          Entrada para o interior da casa


A varanda

As vistas da varanda

A Cereja a apreciar também a paisagem

A cozinha

A sala

O quarto

Uma das nossas refeições

Os muitos sobreiros vistos da nossa varanda

Aqui o olhar perde-se na beleza deste lugar



Quando a humidade da noite cai

E o luar se põe à espreita 


O amanhecer...

 ... visto da nossa varanda


Nem a Cereja quis perder pitada destes momentos fantásticos do dia

A luz entra e cobre de cor a parede do nosso quarto


À espreita

 
A apanhar salsa fresquinha para a omolete

O pequeno-almoço

 Lanche ao cair da noite

No aconchego do lume 


 Nos trilhos da propriedade

No miradouro

 A Cereja também quis subir ao miradouro para apreciar as vistas

 Na preguiça

 
 Nesta varanda que não cansa

 No lago




  Na hora da despedida com um maravilhoso pôr-do-sol

E assim se passaram poucos mas muito bons dias de descanso num lugar de verdadeira inspiração.

P.S.: Se tiverem boas referências de outros locais para férias com animais, agradeço desde já a vossa partilha :)

Beijinhos e continuação de semana feliz :)