sexta-feira, 28 de maio de 2010

Colocar quadros sem erros

Na semana a seguir ao Natal comprei umas molduras em madeira.

Assim que lhes pus o olho em cima apaixonei-me por elas. Rendi-me completamente àquele toque de velho-rústico-shabby.

Imaginei-as logo por cima da cabeceira da cama.

Como são de fabrico artesanal nenhuma é igual entre si.

Comprei três.

Só há coisa de 1 mês e tal atrás é que foram colocadas.

Eu precisava do P. para essa missão. Queria que ficassem pregadas na parede e sem riscos de algum dia puderem vir a cair. Oh se dá jeito ter um homem habilidoso em casa!

Para não errarmos em nadinha, seguimos o truque dos cartões, que podem ser substituídos por folhas de jornal.

Desenhámos os moldes das nossas molduras com as medidas exactas. Fizemos todas as medidas necessárias com fita métrica na nossa parede. Como queriamos os quadros lado a lado, tivemos de ter em atenção que os quadros teriam de ficar centrados, a uma determinada altura da cabeceira e a uma determinada distância entre si. Uma série de factores a ter em conta, portanto.

Feitas as medidas, colocámos os moldes na parede com a ajuda de fita-cola.

Os moldes são uma grande ajuda para conseguirmos visualizar previamente o resultado final. Podermos fazer o número de mudanças necessárias até acertar naquela que mais nos agrada. Acima de tudo, ajudam a não errar, a evitar ponta de engano. Nestas coisas dá sempre jeito, convenhamos! Garanto-vos que no fim ficou tudo certinho, ao milímetro.

Cada uma das minhas molduras tinha braço-apoio. Tinham a opção de serem colocadas em cima de um móvel. Tive de os arrancar para que as molduras ficassem juntinhas à parede.

A meu ver, a grande vantagem das molduras, é que se pode alterar o conteúdo quando muito bem quisermos e assim temos sempre quadros novos.

Mais uma vez socorri-me da net e procurei padrões. Tinha preferência por imagens simples, sem grandes pormenores, de cores suaves e que fizessem referência a elementos da natureza.

Escolhidas que estavam as imagens, com a ajuda do Photoshop redimensionei para o tamanho que quis, ajustei a cor e dei-lhes textura. Nas fotos não dá para ver muito bem, mas à primeira vista as imagens dão a sensação de se tratarem de tecido, ou então papel de parede. Por fim, imprimi em papel de fotografia.

Apresento-vos as minhas molduras.




Mais um mimo que foi oferecido ao nosso quartinho :)

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Tic-Tac

O tempo pergunta ao tempo
Quanto tempo o tempo tem.
O tempo responde ao tempo
Que o tempo tem tanto tempo
Quanto tempo o tempo tem.

(lengalenga do tempo)

Sempre gostei dos relógios de design clássico de ponteiros.

Mesmo quando falamos de relógios-despertadores continuo a preferir os de ponteiros, apesar de durante largos anos só ter conhecido o relógio analógico de números vermelhos, que morava ao lado do meu travesseiro em casa dos meus pais.

Mais tarde, já na era do telemóvel, o relógio analógico estava lá, mas na condição de relógio-reformado. O telemóvel tornou-o inactivo na sua principal função.

Saí da casa dos pais e o telemóvel continuou a fazer as vezes do tradicional despertador.

O certo é que sempre adorei aqueles antigos relógios de campainha ou também conhecidos por relógios de campânulas. O som do despertador é de fugir. Aquilo levanta um morto, tal é o ruído ensurdecedor quando desata a martelar à hora marcada.

Antigamente estes relógios eram de corda e muitos mostradores exibiam uma bonita numeração romana. Mais tarde, a corda deu lugar às pilhas, e a numeração romana deu lugar à numeração árabe. Por isso, hoje em dia ter um desses primeiros relógios é um achado.

Recordo-me, em tempos idos da minha adolescência, de ter oferecido um de pilhas à minha irmã, num aniversário. Para mim nunca comprei nenhum. Nem ninguém me ofereceu nenhum. Não aconteceu... Mas talvez porque desejasse inconscientemente ter um, dei um à minha irmã.

Agora que me ponho a pensar nisso, existem muitas outras coisas que sempre gostei, que poderia muito facilmente ter tido, mas por algum desencontro na órbita da vida não aconteceram...

O meu primeiro e único relógio de modelo clássico de campânulas tem cerca de 4 mesitos.

Não é nenhuma relíquia-herança de família, nem veio de nenhuma feira ou loja de velharias ou antiguidades. Foi comprado novinho, a estrear. Aconteceu...

Comprei-o não para servir de despertador, mas tão só para ver as horas num relógio bonito. Se acordasse ao som da sua campainha era motivo mais do que suficiente para me tornar numa "serial killer". O mau humor com que acordaria todas as manhãs de certeza que não pouparia aqueles que se cruzassem no meu caminho e se lembrassem de me dirigir palavra . Por isso, continuo a preferir acordar ao som da musiquinha do telemóvel (sei que não deveria tê-lo em cima da mesa-de-cabeceira, mas nós somos animais de hábitos e este ficou e enraizou-se até às entranhas).

O P. também tem um na sua mesinha-de-cabeceira. Aliás, ele foi o primeiro a ter o seu. Queria um e recebeu-o de presente dos cunhados.

É verdade que eu podia muito bem ver as horas pelo dele. Mas como sempre desejei ter um relógio desses, um meu, só meu, decidi desta vez oferecer um a mim própria :)

O P. riu-se quando um dia chegou a casa e viu a nova aquisição na minha mesinha-de-cabeceira e o meu entusiasmo estampado no rosto.

"És mesmo miúda!" - exclamou ele num sorriso rasgado e num abraço apertado.

Ainda fui a tempo...


Um é meu, o outro é dele. Qual?

terça-feira, 25 de maio de 2010

Mais uma receita super rápida

Na semana passada a Orquídea, autora do blog Criatividade em Movimento, partilhou a receita da Tarte de Queijadinha. Este é daqueles doces que faz desde criança, e que em idade adulta continua a gostar de repetir.

Eu raramente faço doces, mas este chamou-me a atenção pela rapidez e pela facilidade.

Basta misturar todos os ingredientes e já está? Ah, então a conversa muda logo de figura!

É só meter tudo na liquidificadora? Ui, é mesmo disso que eu gosto - ver a poupança de tempo, a facilidade e resultados gulosos de mãos dadas. Isso é ouro sobre azul :)

De certeza que muitas de vocês pensam o mesmo.

Segui a receita à risquinha.

Ingredientes:

0,5 l de leite
2 ovos
300 g de açúcar
100 g de farinha
50 g de manteiga

Preparação:

A receita dizia para colocar o preparado numa forma untada com manteiga ou então em forminhas individuais.

Eu decidi colocar numa tarteira de cerâmica e usei do truque que me é mais rápido: deito um fiozinho de óleo vegetal na base da forma e com um guardanapo espalho por todas as superfíceis interiores. É num abrir e fechar de olhos que fico com a forma untada.

Levei ao forno primeiro à temperatura de 200º, quando começou a ganhar cor reduzi para 180º.

Quando a tarte começou a ficar com uma cor douradinha, segui o conselho da Orquídea e usei do truque do palito.

Pessoalmente gosto dela fria, saídinha do frigorífico. Além disso, tornou-se até mais fácil de cortar à fatia. Provei-a antes de a levar ao frio, mas como a tarte é húmida e a tarteira ondulada o exercício "anti-escangalho" foi logo posto à prova (foi por um triz que a fatia não se desconjuntou).

A tarte ficou muito boa, mas sendo eu muito sensível ao açúcar, achei que se tivesse levado menos um bocadinho teria ficado uma delícia. Para mim ficou ali na tangente do enjoativo. Da próxima vez que a fizer vou reduzir 100 gr. no açúcar.

A Orquídea pediu que mostrasse e eu como menina bem mandada que sou partilho convosco as fotos deste docinho que fiz no fim-de-semana.

Orquídea, muito obrigada pela receita. Está totalmente aprovada :)

Na entrada para o forno

Acabadinha de sair do forno

Alguém é servido das últimas talhadas?

Conhecem mais receitas de bater-tudo-na-liquidificadora-e-já-está?

Já aqui tinha postado a receita da mousse de limão, mas mais receitas destas são sempre muito bem-vindas.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Bolinhas na varanda

Este post surge em resposta ao último comentário que a Josefina me deixou :)

No último post que colocou no seu blog, mostrou a mesinha e as cadeiras do seu "restaurante pessoal". Assim que vi as fotos tornou-se inevitável dizer-lhe que tenho exactamente uma mesa e umas cadeiras iguais na minha varanda da sala.

Entretanto, falei-lhe nos coxins às bolinhas que comprei. A Josefina ficou toda entusiasmada.

Eu adoro bolinhas. Acho-as uma fofura. Mas isto também já vocês estão carecas de saber.

Como sei que a Josefina ficou com vontade de ver os coxins, seria uma maldade não lhos mostrar. E já que os mostro a ela, mostro-vos também a vocês e assim ficam todos(as) a conhecê-los.

Sou querida, não sou? :P


E nestes dias de sol e calor que bem que me tem sabido comer, beber, teclar, ler, e relaxar aqui neste lugarzinho da minha casa.

domingo, 23 de maio de 2010

Novos dias

É verdade, esta semana não tenho andado muito participativa. Mas a culpa não é minha é mesmo do tempo.

O Inverno foi rigoroso e a Primavera tem andado muito desenxabida, muito mortiça. Com todo este clima e atmosfera opacos, acabei por "hibernar".


Mas o bom tempo chegou no início desta semana. Apareceu assim bem despido para se fazer notar.

Ávida que estava de sol, acordei deste sono profundo. Espreguicei-me longa e vagarosamente de ponta a ponta.

Que bem que soube este novo amanhecer!

No meu caso pessoal, fico logo cheia de vontade de fazer tudo aquilo que fica adiado durante muitos meses a fio.

Esta semana apanhei uma barrigada de luz, praia, sol, bebidas frescas, gelados, caracóis, roupa leve, boa disposição...

De manhã, bem cedo, já não pegava apenas nas coisas de sempre para mais um dia de trabalho. Nesta semana a outra mão passou a agarrar outros pertences bem mais descontraídos. Que bem que me soube sair de casa, enfiar o saco no porta-bagagens e despedir-me dele até ao meio da tarde. Nessa altura, trocava de roupa e o desfecho do dia passava a ser outro.

Depois de baterias carregadas, tudo o que se venha a fazer a seguir é vivido e sentido com outro ânimo e vontade.

Gosto deste dias alegres, coloridos, inventados.

São estes os motivos do meu precário desaparecimento.

Tinha fome e sede de tudo isto. Precisava mesmo de me saciar.

Quando voltarei a ser uma blogueira assídua? Não sei, é difícil saber. Posso voltar já amanhã a escrever quase todos os dias, como o tenho feito até aqui. Mas não garanto nada...

Para dias e horas marcadas já basta os compromissos que comandam grande parte do ritmo da nossa vida. Por isso, não se preocupem se andar assim um tanto ou quanto mais esquiva na escrita.

Mas parece que os dias de muito sol têm os próprios "dias" contados.

Que importa?!. Eu sabia que não iam durar sempre. Mas estes que passaram, já ninguém mos tira :)

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Quando nos pomos a inventar

Tanto eu como o P. apreciamos muito grelhados, desde carne a peixe, como vegetais.

Apesar de vivermos num apartamento e estarmos condicionados, não deixamos de comer aquilo que gostamos em casa. O ideal seria podermos grelhar com carvão, mas não tendo cão, caça-se com gato. Por isso, temos um grelhador na cozinha que faz as vezes.

Nem as frigideiras anti-aderentes escapam à festa do grelhado cá em casa. Seguramente já grelharam mais do que fritaram, porque fritos é coisa muito rara de se fazer cá em casa. Só mesmo quando o rei faz anos.

O chato dos grelhados é mesmo o cheiro, sobretudo quando falamos de peixe. É impossível não se dar conta do perfume de peixe. É inigualável. O peixe é daquelas coisas que se adivinha a quilómetros de distância. Sabe-se logo se é carapau ou sardinha :P

Por isso quando falamos de grelhados em casa, a preocupação com os odores aumenta (o cheiro a fritos também não é melhor, com a agravante da gordura se entranhar por tudo quanto é sítio).

Daí que, para tentar reduzir mais o cheiro, comprei há tempos um queimador de essências líquidas para a cozinha. Comprei-o com o propósito de o usar quando faço grelhados.

O tiro saiu-me pela culatra porque já experimentei várias essências e o cheiro enjoa-me. Fica demasiado intenso, não sei... Se calhar fiz as escolhas erradas. Tive azar! O certo é que desisti. Não me apetece deitar dinheiro ao lixo com mais experiências a tentar acertar em alguma essência que me satisfaça.

Ontem fiz lulas grelhadas e mais uma vez voltou à baila a questão do cheiro...

Em casa costumo ter areias perfumadas. Como gosto do cheiro de alfazema, normalmente é esse cheiro que invariavelmente compro. Costumo comprar em frascos na loja "Casa" que duram imenso tempo. Ponho um bocadinho em tacinhas ou num outro qualquer recipiente e coloco em pontos estratégicos pela casa.

Normalmente coloco em sítios de passagem, porque assim não há habituação ao cheiro. Quando passamos pelo local o nosso olfacto não consegue ficar indiferente a um ligeiro e discreto cheirinho a alfazema :)

Mas voltando ao cheiro dos grelhados e às lulas...

Ontem resolvi colocar um bocadinho das areias no queimador e acender a tealigth, enquanto o grelhador aquecia.

Entretanto, deitei as lulas na grelha e fiquei com um olho nas lulas e outro no queimador.

Estava apreensiva...

Será que as areias vão aquecer?

Será que vão mudar de cor?

Será que vão ficar carbonizadas?

Será que os grãos vão começar a dilatar e me vão explodir na cara?

Será que vão derreter?

O que será que vai acontecer?

Parti para esta experiência completamente às escuras. E enquanto a luz da vela reluzia, cheguei a perguntar-me o que me tinha passado pela cabeça para colocar ali areia a queimar. De qualquer forma, teimosa como sou, não estava disposta a desistir, fosse qual fosse o resultado.

Durante o primeiro minuto não aconteceu nada...

Bá, mais uma experiência gorada!

Mas depois o meu nariz começou a sentir um ligeiro aroma de alfazema que foi aumentando, se manteve e se espalhou por toda a cozinha.

Que cheirinho bom!

E nada aconteceu às areias. Não se metamorfosearam em horríveis Fantasmas que metem medo ao susto. Apenas mudaram ligeiramente de cor. Começaram a ficar azuladas.

Gostei mesmo da experiência e do cheirinho com que a minha cozinha foi ficando, reduzindo em muito o impacto de cheiro a lula.

No fim, apaguei a velinha e deixei ficar as areias, que se mantiveram soltinhas.

Uma experiência aprovada e para repetir mais vezes.

E vocês, que experiências levadas da breca já inventaram com resultados aprovados?

Quero saber os vossos segredos :)

domingo, 16 de maio de 2010

Janelas

Sabem, aquelas janelas antigas aos quadradinhos com moldura em madeira, lindas e charmosas? Uma raridade hoje em dia.

Na cidade já quase não se vêem.

A pouco e pouco começaram a ser substituídas pelas janelas de alumínio com isolamento térmico, acústico, preparadas para todas as condições atmosféricas. Resistentes ao choque, com caixas de ar e vidros duplos e triplos, estas janelas prometiam mudar as nossas vidas.

E mudaram mesmo...

Muito de mansinho, começaram a ganhar terreno e a transformarem-se em donas e senhoras das fachadas das nossas casas. E mais do que isso, transformaram-se em autênticas máquinas de guerra, com enormes e mortíferas mandíbulas de alumínio. Umas exterminadoras implacáveis que não se compadecem com a simplicidade, a fragilidade e a beleza das antigas e velhas janelas.

A luta tornou-se desigual. Continua a traduzir-se em demolição, dizimação daquelas que outrora emolduravam delicadas cortinas e mimosos vasinhos de flores. Como eram orgulhosas e vaidosas as fachadas das nossas casas!

Mas ainda há quem lhes prometa vida e protecção. Só a imaginação as pode salvar da sua triste sina.

As imagens que vos mostro são alguns exemplos simples e criativos do que a imaginação é capaz de fazer. Está nas nossas mãos dar a estas velhas janelas uma nova condição. Uma condição que não lhes roube definitivamente a alma e o coração.

Vamos mudar-lhes o destino! Vamos salvá-las do lixo!


Um convite para entrar


Antes era assim


Depois transformou-se numa linda moldura
(aqui o passo-a-passo)


Num escritório...


Uma janela de espelhos no hall


Uma inspiração apaixonada


Uma mesa que guarda lembranças


Um outro estilo de moldura


Uma delicada cabeceira


Um novo antes...


... que resultou num romântico quadro

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Rubrica das Leitoras #4

E a vossa rubrica está de volta!

Desta vez foi a Luar, do blog L'amour c'est toi, L'amour c'est moi a querer dar o seu contributo especial para mais uma nova edição. Como já sabem, esta rubrica não tem dia, nem hora marcada, anda completamente ao sabor das vossas vontades e inspirações :)

A Luar contou-me que esteve há pouco tempo em casa de uma amiga que tinha bambus em vasinhos opacos. Esta querida leitora gostou tanto das canas que resolveu arranjar iguais.

Mas do que se lembrou ela? Exacto, lembrou-se das ideias que aqui tinha lido e, ao mesmo tempo, dos cubos que tinha guardadinhos lá por casa.

Na antiga casa tinha dois cubos que chegaram a ter flores secas, mas desde que mudou para a casa nova, estes não voltaram a ter uso. Simplesmente ficaram guardados, entregues à sorte e sem novo destino traçado.

Acesa que estava a lâmpada inspiradora, a Luar apressou-se a resgatar os dois irmãos gémeos da escuridão dos seus dias e resolveu transformá-los na nova casinha-abrigo destas plantinhas, também conhecidas por canas da felicidade ou da sorte.

Bastou encher cada um com água e pedrinhas, colocar as caninhas, et voilá...

E já que se fala nesta plantinha partilho convosco algumas curiosidades:

- é a planta mais utilizada em Feng Shui;
- diz-se que dão mais sorte se forem oferecidas;
- convém que sejam em número ímpar;
- a única coisa que se pode cortar no bambu são as raízes;
- devem ter espirais para as energias fluirem melhor;
- devem receber luz mas não directa;
- exigem poucos cuidados (a água deve cobrir apenas as raízes e o ideal é ser trocada semanalmente);

Muitas outras curiosidades de carácter espiritual e esotérico estão ligadas a esta planta...

Esta nossa amiga ficou muito satisfeita com o resultado e eu não posso deixar de concordar que ficaram muito bonitos neste tipo de recipientes. A simplicidade dos arranjos fica bem nos locais que ela escolheu, mas também em qualquer outro local que ela podesse vir a escolher.

Dada a sua versatilidade, adaptam-se e combinam com qualquer tipo de decoração.

Luar, muito obrigada por teres respondido ao desafio. Tenho a certeza que as tuas plantinhas estão super felizes na nova casinha de vidro. C'est très chic! :)

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Quando esse dia chega...

Um dia entramos em casa e surge aquele desconforto. Começa a incomodar-nos a decoração do nosso quarto, da sala ou da cozinha.

Fartámo-nos! Olhamos à nossa volta e parece que tudo perdeu aquele encanto inicial. A monotonia instalou-se e o brilho desvaneceu-se.

Quando esse dia chega é sinal que está na altura de fazermos mudanças.

Afinal a nossa casa tem de ser aquele sítio especial, aquele lugar único que chamamos de nosso, onde nos sentimos confortáveis e felizes por aquilo que nos rodeia.

Mas mudar não tem de ser sinónimo de obras e ter muito dinheiro para gastar. Pode-se mudar sem ter de virar a casa de pernas para o ar, sem ter de gastar fortunas e, sobretudo, sem ter de desperdiçar o que se tem, deitando dinheiro ao lixo.

Basta redecorar. É isso mesmo, voltar a dar uma nova carinha às nossas coisas, ao nosso lar.

E como podemos conseguir isso?

Deixo-vos então algumas ideias.

1) Mudar as cores dos acessórios. Esta é uma das formas mais simples de mudar a decoração de uma casa. Ter paredes em branco, bege, pêssego ou cores pastel é uma grande vantagem. Estas cores são intemporais e, por isso, dificilmente cansam porque dão com tudo. Então toca a mudar o recheio. Porém, se se quer dar um pouco mais de design e cor às paredes, sem ter muito trabalho e sem gastar muito dinheiro, os autocolantes e stencils podem ser uma excelente opção.


2) Voltar a reorganizar o espaço. Por vezes as divisões precisam é de organização ou de uma disposição completamente diferente. Que tal experimentar trocar o lugar dos móveis, o lugar dos objectos decorativos?

3) Trocar de mobiliário dentro de casa. Não é porque comprámos outrora aquele cadeirão para o quarto, porque o idealizámos ali, que ele passou a fazer parte da divisão. E se o trouxessemos para a sala misturando-o com a mobília que lá temos? A mistura de peças resulta quase sempre e torna mais descontraído e interessante o ambiente. Podemos dar novas funcionalidades às velhas peças, bastando trocá-las de lugar. Há lá forma mais barata de decorar? Basta aproveitar o que se tem :)

4) Mudar os tecidos. Se mudarmos a colcha, as almofadas, os cortinados, os tapetes, a diferença será espantosa. Ou então misturar peças novas com as velhas que temos. E não, não é preciso gastar muito dinheiro. A oferta é vastíssima para todas as carteiras.

5) Trocar os puxadores dos móveis. As grandes mudanças passam pelos pequenos detalhes. E se em vez de mudarmos toda a mobília mudarmos apenas os puxadores para uns mais criativos, com um design mais apelativo, mais ao nosso gosto? Conseguimos encontrar dos mais diversos feitios em lojas como o IKEA, Zara Home, Leroy Merlin, Izi, etc... Constatem com os vossos próprios olhos, a mobília irá parecer outra.


6) Escolher peças que marquem a diferença lá em casa é uma excelente solução. O velho é sempre uma fonte inesgotável de inspiração. Se têm peças de família não as menosprezem, elas podem ficar lindas quando misturadas com a nossa mobília moderna. A Feira da Ladra ou outras feiras do género, bem como lojas que recebem móveis em segunda-mão, são excelentes lugares para se encontrar peças "velhas" que outros não querem e a preços mais acessíveis, do que as famosas lojas de antiguidades.


7) Não descurar o lixo. As pessoas atiram para o lixo a "tralha" que já não querem. Aquilo que para elas não tem valor algum pode ser um verdadeiro achado para nós. É que existem peças únicas que já não se fazem. As suas réplicas passaram a ser vendidas a preços exorbitantes, só porque se mudou o rótulo de "piroso" para "retro". Porém, a qualidade dos acabamentos e dos materiais é quase sempre inferior ao modelo original e, sobretudo, estas peças não têm o mesmo charme das antigas. As modas são sempre cíclicas, não se esqueçam.

8) A palavra de ordem é reciclar. Antes de se pensar mudar ou substituir a mobília, há que avaliar primeiro se não dá para transformar. Porque não pintar ou forrar aquele velho móvel? O tampo da mesa está velho? Porque não colocar um tampo de vidro em cima da superfície com uma estampa por baixo que é sempre possível de se alterar? Porque não forrar a cabeceira da nossa cama conferindo-lhe um ar mais romântico e mais moderno? Existem infinitas ideias que se podem pôr em prática. Pesquisem em revistas e na internet que encontrarão uma parafernália delas.




9) Recuperar o velho sofá com novas capas. Se o sofá está velho e gasto porque não colocar umas capas bonitas ou uma bonita colcha a cobri-lo? Ficará como novo :)


10) Ousar combinar elementos. As diferentes texturas tornam a decoração mais aconchegante e quebram a monotonia. Por isso usem e abusem das misturas como o metal e a madeira, metal e couro, madeira e acrílico, vidro e madeira, etc...

11) Dar alegria às paredes. A arte é aquilo que quisermos e, nesse sentido, não precisamos de gastar muito dinheiro para dar um pouco mais de inspiração às nossas paredes. Podemos pintar de novo as molduras dos nossos quadros. Podemos encontrar em feiras de velharias quadros mais antigos e aproveitar as molduras, ou mesmo a imagem. Substituir o interior da moldura antiga por uma imagem bonita que se viu numa revista (um estampado delicado de flores, cidades do mundo, um mapa, etc...). Podemos escolher imagens na internet, redimensioná-las para o tamanho que queremos e mandar imprimir. Podemos usar fotos ou ilustrações nossas. Podemos usar restos de papel de parede, tecidos e outros materiais e fazer composições únicas. Tudo pode ser emoldurado e pendurado.


12) Mudar os abatjours dos candeeiros. Uma solução simples é trocar por outros, noutro tom, noutro formato ou então reciclar os que temos forrando com tecido, com restos de papel ou colocando aplicações que os tornem visualmente mais interessantes.


E assim me despeço, desejando-vos boas mudanças aí em casa :)

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Rubrica das Leitoras #3

No dia 25 de Fevereiro, a propósito de um post que coloquei sobre crochê, a Sara, do blog Coffee e Flea, deixava-me o seguinte comentário:

"Quando era mais pequenita também fazia umas coisitas de crochê e fiz tantos quadradinhos com restos de lãs, para treinar, que a minha mãe pegou neles e fez-me uma surpresa: coseu-os todos e fez uma manta colorida, que ficou durante anos na minha cama! Que bom foi reviver esses momentos. Ficava tardes a fazê-los. Adorava mesmo!
Beijocas e bom trabalho".


Nesta segunda-feira que passou, dia 10 de Maio, a Sara escreveu-me um email, desta vez a mostrar a sua linda manta e a participar na Rubrica das Leitoras

Há anos que esta mantinha passou a habitar uma gaveta do imenso sotão dos seus pais. Tinha deixado de estar a uso, depois de muito tempo ter coberto a sua cama. Talvez porque tenha caído em desuso este tipo de mantinhas (oh pra mim já a especular).

Certo é que a Sara, depois de se falar aqui em crochê, se lembrou de voltar a resgatar a sua velha manta. Que brilhante ideia!

A mantinha, segundo esta querida leitora, já tem quase 20 anos. É já uma relíquia! Por isso merece toda a estima e todo o reconhecimento, não é verdade?

A Sara fez todos estes quadradinhos tinha ela 12 anos. 12 anos! Quem é a pré-adolescente que hoje em dia teria tanta paciência e tanta vontade de fazer tão grande número de quadradinhos? Até os adultos têm dificuldade, quanto mais uma criança. Por isso, admiro profundamente este trabalho que a Sara fez e que agora partilha comigo e convosco.

Merece uma salva de palmas de pé (clap, clap, clap, clap, clap!)

A manta da Sara é fantástica! Uma manta cheia de história e linda. Felizmente continua inteirinha, apesar de umas malhinhas terem caído. Mas a mamã da Sara já conseguiu carinhosamente repará-las.

A Sara já tem tudo pensado e partilhou que o passo seguinte será lavá-la, para ficar bem cheirosa e, desta vez, colocá-la no seu sofá. Da minha parte está aprovadíssima esta ideia :)

Vá Sara, agora tens de nos prometer que ela não volta nunca mais para as masmorras do sotão? Ela merece um destino feliz até aos resto dos seus dias, não concordam?

Sara, obrigada pela tua participação e muitos parabéns pelo espectacular trabalho que nos mostraste.