quarta-feira, 31 de julho de 2013

O músculo do tchauzinho

Eu sei que não tarda e o verão está a acabar, e depois começamos a usar as manguinhas compridas, os casaquinhos, fica tudo camuflado e ninguém vê :P 

Mas o meu lema é que mais vale começar tarde do que nunca começar.

imagem retirada da internet

Falo dos meus braços, da gordurinha mole que já se acumula ali no tricep, o conhecido músculo do "tchauzinho".

Eu sei que dificilmente vou para o ginásio. Eu conheço-me... mas gostava de conseguir ter uns braços mais rijinhos e tonificados.

Posso até fazer pouco por isso, mas fazer alguma coisa é melhor que não fazer nada.

Cuidarmos de nós é mimar a auto-estima. E uma auto-estima mimada é uma auto-estima reforçada, uma auto-estima que está lá em cima. Enquanto nós cá em baixo, nos sentimos lindas e poderosas :P

E foi este pensamento que me levou a pesquisar pequenas séries de exercícios em casa para trabalhar os bíceps e tríceps.

Percebi que não é fundamental ter equipamento específico, como pesos e halteres. Tudo isso pode ser facilmente substituído por enlatados, garrafas cheias de água ou areia, pacotes de arroz, etc... 

Comecei os meus treinos há 3 dias e comecei por medir o diâmetro do meu braço. Quero perceber se consigo ou não eliminar massa gorda. Sim, também gostava que ficassem um bocadinho com menos chicha.

Os exercícios que estou a fazer diariamente são estes três:





Três séries para cada exercício, com 15 repetições cada uma, para cada braço (exercício 1 e 2). Entre séries, descanso entre 8 a 10 segundos.

No fim dos exercícios faço a seguinte automassagem, mas com óleo que pode ser de amêndoas doces, Johnson, ou outro...


A ideia da automassagem é ajudar a eliminar a gordura a mais nos braços, a partir da estimulação da circulação sanguínea. Funciona como uma drenagem linfática. A aplicação do óleo ajuda a que o calor aumente com a fricção e se consigam melhores resultados.

Como ainda levo pouco tempo de exercício, o que tenho a dizer é que no final do treino e da massagem estou com os braços cansados e partidos.

Espero daqui a umas semanas conseguir mais do que apenas cansaço. Vamos ver... Fica combinado, daqui a 1 mês trago notícias ;)

E por aí, como andam os vossos músculos do tchauzinho? Alguém alinha comigo ou está tudo em forma?

Beijinhos 

terça-feira, 30 de julho de 2013

Dos saldos

Nestes saldos de verão só comprei um par de sandálias.

Aliás a minha perceção é que estes saldos estão para lá de fraquinhos, estão enfadonhos. 

Como a maior parte das lojas andou com promoções a preços de saldo durante toda a estação, quando abriu a época oficial já estava tudo mais que escolhido, visto e revisto.

Vai daí que tivesse jurado a mim mesma que só compraria alguma peça se visse por aí uma pechincha irresístivel.

E foi isso que aconteceu com estas sandálias verde oliva da Promod que de 39,95€ passaram para 10€. Não só gostei da versatilidade do modelo e da cor, como adorei o preço :)




Já as calcei e são bem confortáveis como se quer.

Ou muito me engano ou as minhas compras em saldos terminaram por aqui. 

Olho para as coisas e não me dá vontade de comprar nadinha. Já nem sequer de lhes mexer. O que é giro mantém-se caro, o que é barato não tem gracinha nenhuma ou não vale um caracol.

Que venham as novas coleções que estes saldos já só me conseguem arrancar bocejos.

Beijinhos

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Sai um verniz fresquinho!

Há umas 3 semanas que ando a pôr vernizes no frigorífico e agora até já faço questão de manter uma pequena bolsinha plástica com alguns dos meus preferidos para esta altura do ano.


Se há certos vernizes que nunca dão problemas, como os de acabamento metalizado, outros há, como os cremosos, que nos podem deixar de cabelos em pé.  

É possível que os vernizes caros não deem chatices, mas eu não sou menina para dar muito dinheiro por vernizes. As minhas compras vão invariavelmente para as marcas mais acessíveis às comuns mortais.

Mas um verniz fresquinho fresquinho tem tudo de bom.

Acabou-se o drama de começar a pintar as unhas de uma mão com um verniz fluído e acabar as unhas da outra com um verniz grosso, ainda que seja o mesmo, por sinal.

Um verniz fresquinho desliza e pinta que é uma maravilha, fazendo de qualquer leiga uma verdadeira artista da unha :P

Acabou-se o problema dos borrões, da unha que já ficou mal pintada. Do tirar e voltar a pôr verniz e já nada correr bem a partir dali. 

Ora porra para o verniz! Fico mas é com as unhas ao natural e passo um verniz transparente. Já tenho a paciência esgotada e estou quase a espumar...

A descoberta dos vernizes fresquinhos deu-me a conhecer um maravilhoso mundo novo, em que se pinta as unhas impecavelmente em 5 minutos, fazendo o minimo ou mesmo nenhum borrão fora da zona a colorir.

Um verniz fresquinho fresquinho também seca muito mais rapidamente.

No verão, naqueles dias de muito calor, adeus verniz com bolhinhas.

Então ter e aplicar um verniz sempre fresquinho tem ou não tem tudo de bom?

Beijinhos e uma excelente semana para vocês :)

terça-feira, 23 de julho de 2013

Tratar e cortar o cabelo em casa

Já não me lembro de ter o cabelo tão comprido como o tenho agora. A última vez que tive o cabelo com este comprimento, abaixo da linha dos ombros, foi há mais de uma década.


Quase sempre usei o cabelo acima da linha dos ombros e até mesmo curto, curto.

Nunca fui grande fã do meu cabelo por não ser nem carne, nem peixe. Nem liso, nem detentor de um ondulado definido e pior... sempre fui dona de um cabelo armado, cheio de taras e manias, um cabelo altamente esquisito... só vos digo! Até que tudo mudou para melhor vai fazer 1 ano.

Aprendi finalmente a tratar o meu cabelo e a gostar do que via ao espelho. Partilhei aqui o post da revolução.

Desde aí que trato o cabelo sempre da mesma maneira, usando o mínimo de produtos. Champô, amaciador (ambos sem sulfatos e parabenos), às vezes água de rosas (ver aqui) e sérum para as pontas (a vaselina é excelente para esse fim). As espumas e sprays modeladores que tanto usava, pus completamente de parte e desfiz-me de todas as embalagens que andavam cá por casa. Além de poupar dinheiro e espaço, consegui resultados nunca antes alcançados, num cabelo que julgava já não ter solução.


O meu cabelo ganhou naturalmente outra textura. Passei a ter caracóis definidos e adoro. Outra coisa boa foi ter deixado o secador e outros aparelhos modeladores para conseguir sair à rua. Utilizo o secador no frio, apenas para retirar o excesso de humidade depois do banho. Os aparelhos modeladores uso pontualmente para uma festa, uma ou outra saída. Só! E quando o faço, nunca deixo de aplicar protetor térmico. O meu cabelo tem agradecido imenso o mimo que lhe tenho dado e eu já estou de pazes feitas com ele. Nada de rancores entre os dois.

Talvez por tudo isto, não me apeteça neste momento cortar o cabelo em comprimento.

Há de chegar o dia em que vou querer dar um valente corte, mudar de visual, ver-me de outra maneira porque já não posso com esta :P. Mas enquanto essa fase não chega, vou aproveitar bem este agora em que me sinto "in love". Prender o cabelo quando quero, sem limitações de tamanho. Inventar inúmeros penteados porque já tenho cabelo para isso. Solto ou apanhado, uma coisa é certa, cortar esta minha melena é que está fora de questão. Pelo menos por enquanto... 

Seco ao natural

Com isto não quero dizer que não corte as pontas. Corto. Ainda na sexta feira cortei. E faço mesmo questão de cortar, para que não fiquem fracas e quebradiças e o cabelo mantenha sempre um aspeto saudável. Mas passei a cortá-las em casa, mais ou menos de 2 em 2 meses. 

Esta ideia de cortar o cabelo a mim própria surgiu em janeiro, depois de ler este post da Especialmente Gaspas, do blog Acuadoiro. Fiquei em pulgas para experimentar, ainda que tivesse receio que a coisa corresse menos bem. Não tendo eu todo aquele cabelo, e sendo o meu cheio de jeitos e ondas, não havia grande espaço para remendos ou correções. Mas quem não arrisca não petisca e eu decidi petiscar. Arrisquei, ainda que de forma cautelosa. Cortei cerca 1,5 cm logo no dia seguinte e gostei :) E como gostei, voltei a repetir mais vezes.

Acabado de cortar e já seco ao natural

A técnica é simples e corre sempre bem. Não há como falhar.

Partilho convosco um vídeo de uma blogger brasileira, que penso estar muito bem explicado, porque a técnica que uso é mesmo esta.


Sem complicações e de forma simples, rápida e sem gastar um tostão, corto as pontas e mantenho o corte degradé e por camadas no meu cabelo. Não só poupo em dinheiro, como poupo tempo. Sinceramente já não me lembro da última vez que pus os pés no cabeleireiro. A verdade é que não tenho sentido saudades e muito menos necessidade.

E vocês também costumam cortar o vosso próprio cabelo? Arriscariam fazê-lo?

segunda-feira, 22 de julho de 2013

A maravilhosa máscara de azeite

Com o verão e com tanto sol, praia, água salgada, alguma piscina e o aumento do número de lavagens fico com o cabelo muito mais seco, áspero e baço. A própria textura altera-se e ganho num piscar de olhos uma incrível, surpreendente e indescritível "touca" espanadora-palha d'aço-esfregona. Tudo isto num só cabelo! :P

Quando percebo que o meu cabelo está à beira do abismo, faço marcha atrás com a máscara caseira mais super hidratante que conheço: a máscara de azeite. 

imagem retirada da internet

No mesmo piscar de olhos revitalizo e nutro o cabelo e volto a tê-lo novamente saudável, suave e brilhante.

Uso esta máscara desde a adolescência. Sobejamente conhecida por muitos, não me canso de recomendá-la e de a eleger como a super-máscara para cabelos que de vivinhos da silva passaram a zombies.

No verão, procuro fazer esta máscara de 15 em 15 dias, 3 semanas no máximo. 

A receita é ultra fácil. Para cabelos médios/longos é necessário:

1 chávena de café cheia ou 1/2 chávena de chá de azeite.

Preparação:

1) Aquecer o azeite no micro-ondas por 10/20 segundos;

2) Aplicar o azeite morno em todo o cabelo seco (eu aplico com o pincel com que pinto o cabelo e a respetiva tacinha);

3) Espalhar bem o azeite por todo o cabelo desde a raiz até às pontas, sem receio de o deixar bem ensopado;

4) Enrolar uma toalha à volta da cabeça, colocar uma touca ou película aderente/alumínio;

5) Deixar repousar por 1 hora (se conseguirem deixar mais tempo melhor);

6) Lavar a cabeça normalmente com o champô. Depois de enxaguar com água, repetir a operação mais uma vez para retirar os restos de gordura que possam ainda existir;

7) Tratar o cabelo a seguir como de costume.

Nada de cheiros, nada de gordura.

Fácil não é?

Há muitas variações da receita da máscara capilar de azeite, mas até agora sempre usei a mais simples de todas e gosto muito.

De qualquer maneira deixo aqui um link de receitas caseiras para cabelos secos e danificados que encontrei e que achei bem interessante. Um dia destes hei de experimentar algumas.

E vocês, costumam recorrer a máscaras caseiras para tratar os cabelos? Quais e para que efeitos?

Beijinhos e boa semana :)

sexta-feira, 19 de julho de 2013

A crise afeta tudo e todos... até os banhos!


Já não bastava a crise económica, agora é a crise na praia, a crise nos banhos, a crise no verão!

Tenho cá para mim a teoria que esta história da irritação cutânea nas águas das nossas praias não tem nada a ver com problemas na água e muito menos com as tais microalgas que sempre existiram. 

Não será um problema relacionado com o protetor solar que os queixosos usaram? Não se pode dar o caso da origem da problemática estar num lote de protetores estragado, da marca X, que em contato com a água provoca os tais efeitos secundários Y? 

Ou mais simples que isso, não serão os queixosos alérgicos à água? Se há gente alérgica ao sol, deve haver alérgicos à àgua salgada. 

Por fim, não se percebe nada destas medidas preventivas. Num dia as praias estão próprias para banhos, no outro já não estão e depois já voltam a estar, enquanto mais umas tantas continuam perdidas, sem saber onde ficam no meio desta história toda... como se estivessemos a falar das águas estanques de uma qualquer banheira enchida de véspera.

Enquanto não surgir uma explicação ajuizada, vou mas é a banhos antes que chova. É que quase que aposto que assim que começarem as chuvas e o frio as águas voltam a estar boas de novo ;) 

Ou muito me engano ou também há uma entidade qualquer empenhada em estragar-nos/boicotar-nos o verão por terras lusas. 

Ai há, há...

Beijinhos e bom fim de semana ;)

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Anjinho da guarda



A vida leva-nos e traz-nos pessoas.

Mas a vida é tão surpreendente que consegue melhor que isso. Consegue devolver-nos pessoas, quando as achávamos perdidas. Devolvê-las, como aquela onda grande e forte que nos apanha pelo caminho, nos enrola e nos faz rebentar com ela na areia. Em terra firme, sabemos que naquele intervalo tudo poderia ter acontecido. E aconteceu... o que tinha de acontecer.

Tenho de volta a M. e o meu entusiasmo é tão grande e tão forte como essa onda. 

No intervalo do nosso desencontro a M. multiplicou-se numa outra M.

Mais pequenina, mas igualzinha à maior :)

E como desejo tudo de bom às duas, fiz um anjinho para levar e assinalar o nosso (re)encontro.

Diz-se que é bom oferecer anjinhos. São guias protetores que afastam as energias negativas e atraem a luz e a boa sorte. Como aquela onda que nos apanhou e nos devolveu a terra firme :)

Beijinhos e o resto de uma boa semana*

sábado, 13 de julho de 2013

Porque o que importa é refrescar

Ainda bem que chegou o fresco, porque eu estava a ver que ia desta para melhor com tanto calor.

É que o calor em excesso suga-me as energias, deixa-me prostrada e com pouca vontade de me mexer, de pensar, de fazer seja o que for... só me dá vontade de vegetar e consumir coisas frescas. Muito frescas.

E como o que é pequenino é sempre girinho e o que é doce nunca amargou, nestes dias os picolés invadiram o meu congelador e foi um ver se te avias :P


E o melhor é que dá para inventar picolés de todas as maneiras e feitios porque o que importa é refrescar.

Os meus últimos foram de iogurte de morango.


Alguns morangos de um lado, um iogurte do outro, e uma liquidificadora para os juntar.



Tudo bem batido em segundos e umas horas no frio para solidificar.

A seguir é saborear sem remorsos. Um de cada vez, ou todos de uma vez, depende apenas da vontade do freguês ;)

Beijinhos

segunda-feira, 8 de julho de 2013

O colar


E o colar amareluxo deste post chegou, no exato dia em que cheguei de férias.

Ao abrir a caixa de correio lá estava o aviso para levantar na estação dos CTT.

É mais pequeno do que imaginei. Verifiquei a posteriori que encomendei a versão mini bubbles :P

Para a próxima convém não fazer encomendas a dormir :P

De qualquer forma, não podia estar mais a condizer com o sol tão amarelo que se tem visto e sentido nos últimos dias :P

Beijinhos e uma semana fresca para vocês :)

sexta-feira, 5 de julho de 2013

No país da bota#Veneza

E de Florença apanhámos novamente o comboio rápido que nos levaria ao nosso último destino em Itália: Veneza.

Considerada a Rainha do Mar Adriático, e conhecida por muitos como a Sereníssima, esta cidade é composta por 120 ilhas, servida por 177 canais e 400 pontes. A sua principal via de comunicação é o Grande Canal com cerca de 3 km de extensão.

Vista como uma das mais belas cidades do mundo, é inequívoca a riqueza e beleza da sua arquitetura e dos seus canais. 

Não há cá a Veneza do Norte, a Veneza do Sul, Aveiro como a Veneza de Portugal. Veneza é Veneza!

Aqui não há carros, nem motas. Porque aqui não há estradas. Todos estes veículos ficam estacionados à entrada da cidade. Aqui só há canais e muitos, muitos barcos (vaporettos, alilagunas, barcos-taxi, gôndolas, etc...). Mas nem por isso deixa de haver trânsito :P

Veneza tem o seu lugar na história por ter sido uma das maiores potências mundiais da Europa, graças ao intercâmbio comercial entre este continente e o Oriente. O seu domínio de outrora está simbolicamente representado no leão dourado, símbolo da cidade.

Em termos de atividades culturais, Veneza é mundialmente conhecida pelos seus passeios românticos nas gôndolas, pelo Festival de Cinema, pela Bienal de Artes e pelo Carnaval.

É uma cidade altamente turística. Mesmo! Classificada como Património da Humanidade pela Unesco, o turismo representa a base da sua economia.

Nos locais mais turísticos da cidade as ruas estreitas são ainda mais estreitas. Sofrem de grande congestionamento, tal o número de turistas que por ali anda.

Por isso o melhor, para quem quer apreciar a cidade com alguma tranquilidade, é afastar-se e descobrir Veneza para lá da Praça de S. Marcos e da Ponte de Rialto. Aqui a confusão é brutal.

Mas é preciso não esquecer que Veneza é um autêntico labirinto de ruas e becos. Sem mapa qualquer turista se perde por aqui. E como não podia deixar de ser, no segundo dia, com mapa esquecido no quarto, foi complicado retornar ao hotel :P

Sobre Veneza já tinha ouvido opiniões muito díspares.

Desde ser uma cidade linda. A ser uma cidade mal cheirosa. A ser muito muito cara. A ser a mais romântica das cidades. Etc...

A minha opinião é que é linda sim. Durante a minha estadia nunca senti mau cheiro nos canais. É altamente turística e muito muito cara no que toca à restauração e hotelaria.

Se é uma cidade romântica, depende da perspetiva... pessoalmente, em Itália, achei Florença muito mais. 

Em Veneza há uma exploração turistica até ao tutano de todo esse romantismo que a cidade promete a quem a visita.

Por exemplo os passeios de gôndola.

Faz parte da tradição todo o turista andar de gôndola. Há quem diga que ir a Veneza e não andar de gôndola é o equivalente a ir a Roma e não ver o Papa.

Para quem ainda não conhece, pode desde já imaginar o corropio e o frenesim de gente a querer fazer o passeio pelos canais na embarcação mais típica de Veneza.

E como a procura é muita convém puxar pelos cordões à bolsa. Atualmente existem mais de 400 gondoleiros e um simples passeio de 20 minutos anda entre os 50 a 80 euros, dependendo da altura do dia.

Com as suas camisas listradas e chapéus típícos, os gondoleiros são figuras conhecidas no mundo inteiro. É suposto cantarem para os turistas e tornarem a viagem o mais atrativa possível, contando factos históricos, verdadeiros ou fictícios, mas o que interessa é encantar os viajantes. Fazê-los a eles levar as melhores recordações de Veneza e trazer-lhes a si a melhor reputação de gondoleiros.

Nos dias em que estive na cidade só vi dois gondoleiros (mais velhos por sinal ou da velha-guarda) a cantarem as alegres e conhecidas músicas italianas que fazem o passeio ser muito mais bonito. De resto, e do que me apercebi, a maior parte limita-se a fazer o seu percurso específico sem mais demoras e diversões. É aviar o serviço que o tempo urge. 

Da minha parte ficam então a saber que eu "não estive" em Veneza, nem em Roma. Não andei de gôndola, nem vi o Papa :P

Mas andei de cacilheiro no Grande Canal! Sim, e foi lindo e muito mais original e romântico do que eu poderia imaginar :D

Calhou mesmo bem a nossa ida a Veneza com a representação de Portugal na grande Bienal.

Se à memória que guardarei para sempre de Veneza, é este episódio. Andar num lindo e típico barco português na Laguna de Veneza, graças à nossa grande e ilustre artista Joana Vasconcelos.

Nesta cidade apanhámos um tempo mais tropical. Calor, alguns chuviscos, trovoada e em determinadas alturas alguma brisa mais fresca.

Posso dizer que o boletim metereológico foi muito, muito simpático connosco. Graças a ele pudemos ver uma cidade sob uma luz e atmosfera diferentes ao longo do dia. O céu mais espetacular que alguma vez poderia imaginar encontrei-o por aqui.

Cheguei a interrogar-me e a pensar mesmo se Deus não andará a ter aulas de Photoshop :P

Mas passemos às imagens que a descrição já vai longa e eu quando solto os dedos, perco-me no teclado :P

 Quando as estradas são canais

 Os gondoleiros

Vista do Grande Canal para o Campanille à esquerda, 
o cais de S. Marcos ao meio e o Palácio dos Doges à direita

 Em todos os canais há sempre uma gôndola à espreita

Em hora de ponta é assim...

Praça de S. Marcos

É uma praça em forma de L rodeada pela Basílica de S. Marcos, a Torre do Relógio, o Palácio dos Doges e o Campanille. As principais atrações concentram-se aqui.

A praça e as suas ilustres pombas

As esplanadas na praça de São Marcos

 A fotografia possível de um dos melhores exemplares 
da arquitetura bizantina, a Basílica de S. Marcos

Infelizmente fomos encontrar partes da Basílica em obras. É uma pena os tapumes não deixarem captar na íntegra a beleza desta catedral, considerada a mais exótica das catedrais da Europa.

 Lateral da Basílica

 O famoso leão aladado numa das fachadas 
da Basílica de São Marcos

Símbolo da cidade e do apogueu de Veneza, o leão alado atesta o orgulho veneziano na época em que este lugar exercia o seu domínio sobre os mares e o comércio.

Pormenor da fachada da Basílica


A fachada da Basílica exibe uma surpreendente coleção de mosaicos que ilustram a chegada do corpo de São Marcos a este lugar.

 Pormenor do Palácio dos Doges

 O Palácio dos Doges

Num estilo gótico veneziano o Palácio dos Doges (governadores) ou Ducal é um palácio fortificado que ocupou uma posição estratégica no controlo do comério do mediterrâneo oriental.

Praça de S. Marcos vista a partir da Basílica

 Torre do Relógio

Pormenor da Torre do Relógio

A Torre do Relógio além de dar horas exibe as fases da lua e os signos do zodíaco. No topo voltamos a encontrar a figura do leão alado.

No centro da Praça de São Marcos fomos 
encontrar o mítico Café Florian

A orquestra do Florian

É o mais antigo café da Europa e ainda mantém os painéis originais de madeira de 1720, bem como as mesas com tampos de mármore e espelhos com molduras douradas. 

Aqui se pedirmos um cafezinho na esplanada a ouvir a orquestra, levados pela música podemos ter uma das visões mais bonitas da praça de São Marcos. Tudo isto pela módica quantia de cerca de 30 euros por pessoa :P

Campanille

Vale a pena subir ao topo desta torre e ter uma visão panorâmica de Veneza. No penúltimo dia, e já ao fim da tarde, fomos lá acima apreciar as vistas.

Vistas para a Praça de São Marcos com o cais e as gôndolas

Vistas para a Punta della Dogana

Vistas para as pequenas ilhotas

Vistas para a Praça de São Marcos

Vistas sobre a Basílica de São Marcos

Um arco-irís em Veneza

Eu nas margens do Grande Canal (Punta della Dogana)

Aqui todas as ruas são exclusivamente pedonais

A vista a partir da Ponte de l'Accademia

Em Veneza, dada a quantidade de pontes, 
não há como travar os infratores do amor :P

Fugindo dos pontos turisticos conseguimos em certos locais 
um encontro só nosso com Veneza

Por aqui também há barcos de papel :)

É muito comum assistirmos a sessões fotográficas com noivos nesta cidade

O encontro com o nosso Trafaria Praia :)

Como é de conhecimento geral, a nossa artista plástica Joana Vasconcelos participou na Bienal de Veneza 2013 com este cacilheiro. O certame teve início a 1 de Junho e irá terminar a 24 de Novembro.

No dia em que chegámos a Veneza, fomos encontrar o nosso cacilheiro nas margens do Grande Canal, perto da estação de vaporetto de Gardini. 

Como era segunda feira estava encerrado. Só foi possível apreciar o painel de azulejos que reveste  o exterior e que mostra ao mundo uma visão contemporânea e panorâmica de Lisboa, desde a torre do Bugio até à torre Vasco da Gama.

Sem mais informações quanto a preços e locais onde se vendiam os bilhetes, no dia seguinte fomos de novo encontrarmo-nos com o cacilheiro, o único pavilhão flutuante desta bienal.

Afinal a entrada é gratuita. Oh que chatice! :P

No convés do cacilheiro "Trafaria Praia"


Toda esta área está forrada com têxteis em tons de azul e com pequeninas luzes parece uma viagem ao fundo do mar. Mas como a própria artista explicou: "É uma sala-cega, será como entrar dentro de um ser vivo, sentindo a sua respiração que será dada pela oscilação das luzes".

A cereja no topo do bolo foi saber que o Trafaria Praia está de novo no ativo. Faz duas viagens por dia durante a semana e três ao fim de semana, na Laguna de Veneza. Tudo isto completamente grátis! :D

No piso superior encontramos todo o chão, bancos e 
algumas mesas forrados com um elemento
bem português: a cortiça

O que posso dizer da viagem? Foi surpreendentemente linda. Apreciar Veneza num cacilheiro português a ouvir fado foi qualquer coisa de absolutamente comovente.





A dedicatória

Há cruzeiros que chegam a Veneza quase maiores 
que a própria cidade :P

A ponte de Rialto, lugar de mercado e de muitas compras

 A cada esquina há máscaras de todas as formas, cores, tamanhos, 
para todos os gostos e para todos os bolsos.

Dois exemplares das famosas máscaras venezianas

Os trajes carnavalescos

O Carnaval de Veneza é o mais famoso da Europa e considerado o mais enigmático e elegante carnaval do mundo. 

A tradição tem vários séculos de existência mas o uso da máscara como disfarce remonta ao séc. XVII. 

Era usada pela nobreza que se disfarçava para sair à rua e assim poder misturar-se com o povo, rompendo com as regras socialmente estabelecidas. Nesses dias de festividade as máscaras permitiam que pobres e ricos, nobreza e povo se misturassem numa alegria ébria e colorida. 


As tradicionais máscaras venezianas são feitas em papel machê. E pela cidade temos a oportunidade de visitar vários ateliers ou lojas especializadas no fabrico e venda, onde os ""machereri" (artesãos) constróiem e personalizam as máscaras.

Porém, muitas das máscaras que vemos à venda são feitas noutros materiais, como o plástico, e recorrendo a técnicas muito mais económicas. Existem até máscaras importadas da China e à venda em Veneza :P

A ponte mais famosa do Grande Canal (Ponte de Rialto)


Junto do Palácio dos Doges e ao Cais de São Marcos encontram-se duas colunas que constituem a entrada oficial de Veneza. A da esquerda tem no topo o leão alado de São Marcos e a da direita S. Teodoro de Amasea em pé sobre um crocodilo sagrado do rio Nilo.

 Num final de tarde, junto ao cais

 As famosas gôndolas no Cais de São Marcos

Com um céu tão dramático os turistas começaram a dispersar-se.

E a viagem por Itália chegou ao fim e com ela o regresso a casa. Por estes dias ainda me estou a sintonizar de novo com a realidade e a voltar às rotinas. Esta parte é bem difícil. É o lado mau das férias.

Beijinhos e bom fim de semana :)