quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Não consigo...

(inspiração)

Não consigo, não tenho conseguido, ter tempo.

Tempo para mim, tempo para as minhas coisas, tempo para os outros... ter um pedaço de tempo que seja realmente "visível".

Essa é a razão porque não tenho tempo para o blog, para ler e acompanhar os cantinhos que gosto. Ando desaparecida, mas continuo com a esperança que esta seja apenas uma fase que decidiu fazer-me uma partida - esconder-me o tempo todo. Esconder-me aquele tempo que eu tanto gosto, e que anda a fazer-me tanta falta...

Beijinhos meus e do tempo, onde quer que ele esteja...

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Vai chover dentro do Terrário! # parte 2

Aproveitando as comemorações do centenário da República Portuguesa, fui na terça-feira, com o P. e a minha mami, dar uma voltinha à Serra da Malveira/Sintra.

Além de querer voltar ao espectacular trilho das pontes (perto da Barragem da Mula), respirar os novos aromas de Outono, esticar bem as pernas e revigorar os pulmões, decidi levar comigo dois saquinhos de plástico e uma espátula.

Sim, ia com ela fisgava :)

E foi à conta dessas minhas segundas intenções que voltámos com musgo, com 2 pinheirinhos (do tamanho do meu dedo indicador), com pauzinhos, pedrinhas, 2 plantinhas com raiz, mas de muito tenra idade, ainda duas mudas de trepadeiras, e mais umas quantas coisinhas...

Sim, com alguns destes presentes da Mãe Natureza, queria fazer o meu terrário. Os restantes serviriam para tratar de alguns vasinhos cá de casa :)

Ainda no final do dia de terça-feira, e seguindo a explicação que vos deixei na 1ª parte deste post, escolhi o recipiente que me pareceu reunir as condições ideais.

Que me perdoem as bolachas caseirinhas, com pepitas de chocolate, mas tinha chegado a hora de se mudarem de casa. Sem dó, nem piedade, dei-lhes ordem de despejo! :P

Com a casa "sem inquilinos", procedi em dois tempos a uma limpeza profunda e, de seguida, passei à criação do terrário propriamente dito, tal como mostram as seguintes imagens:

Coloquei alguma gravilha no fundo do recipiente.

Depois uma camada de carvão vegetal, partido aos pedaços.

E, por último, uma camada de terra. Aqui coloquei-a de forma irregular para tentar criar um ambiente o mais natural possível.

A seguir, fiz 2 buraquinhos na terra e enterrei a raiz das minhas duas plantinhas (cá está a mão do P. para se perceber bem o tamanho). Com um borrifador humedeci a terra.

Para criar um ambiente paisagístico mais interessante, adornei o espaço à volta com musgo, uma pedrinha e um pauzinho. Voltei de novo a borrifar com água o musgo.

E aqui está o resultado final.

Já dentro de casa, e sob as luzes, o ambiente era este.

E agora não me canso de andar sempre a cuscar o meu terrário para observar as pequenas mudanças.

Estou mesmo feliz, porque ontem, passado 1 dia, a plantinha da esquerda que estava toda encolhidinha, já estava toda esticada, a mostrar o bonito recorte da sua folhagem :)

P.S. Isa, se chegares a ler este post, gostava muito de saber o que é feito do teu terrário e como se portou ele, passados todos estes meses :)

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Vai chover dentro do Terrário! # parte 1

O que há de fascinante nestas imagens?




(inspirações)

Para a maioria de nós, é perceber como é que as plantas conseguem manter-se vivas nestes ambientes fechados, também designados por terrários.

Mas afinal o que é um terrário?

Trata-se de um recipiente aberto ou fechado, onde cultivamos algumas espécies de plantas, simulando o seu ambiente natural!

Um terrário fechado apresenta, a uma micro-escala, o nosso meio ambiente, constituído por solo, água, ar, luz e seres vivos. Surge como um mini-planeta :)

Por isso, fazer um terrário é uma experiência muito interessante e divertida.

Além disso, permite-nos observar fenómenos da natureza, como o ciclo da água (só possível de ser observado em terrários fechados).

Como se dá o ciclo da água num terrário fechado?

Quando a temperatura aumenta, a água que foi colocada uma única vez no terrário, juntamente com a água proveniente da transpiração das plantas, evapora-se e dá origem a uma enorme concentração de vapor.

A atmosfera, criada pelo terrário fechado, não consegue absorver todo o vapor e quando este encosta na parede do recipiente, que está a uma temperatura mais baixa, condensa (transforma-se em gotículas que se depositam no tecto e nas paredes do terrário).

E o que acontece quando a humidade atinge um elevado estado de saturação?

Chove no terrário!

As gotículas precipitam-se para o solo, molhando de novo a terra. E reinicia-se o ciclo da água.

Um terrário também nos ajuda a perceber melhor, e de uma forma fácil, como funciona a camada de ozono. Essa tarefa é desempenhada pela tampa do recipiente. Sem ela, o vapor perder-se-ia no espaço. Não haveria o fenónemo das "chuvas" e nem existiria o ciclo da água.

Como fazer um terrário?

Primeiro temos de arranjar um recipiente transparente e prepará-lo para receber as espécies. A seguir deve-se:

• Lavar o recipiente com água e detergente, para eliminar todos os resíduos.

• Desinfectá-lo bem com álcool, para evitar que nasçam fungos ou bactérias, que possam alterar o equilíbrio do ambiente interno.

Logo que o nosso recipiente esteja bem limpo e seco:

1. Colocamos uma primeira camada de pedrinhas no fundo.

2. Depois uma segunda camada de carvão vegetal, areia ou casca de pinheiro.

3. Por fim, uma terceira camada de terra (as três camadas representam, de maneira simplificada, as condições ideais do solo - a terra serve para nutrir, o carvão vegetal para absorver os gases libertados, e as pedrinhas para drenar a água).

4. Fazemos um pequeno buraco na terra e colocamos a planta, tendo o cuidado de escolher espécies que gostem de água. A planta deve ser pequena para poder desenvolver-se (o ideal é escolherem-se pequenas mudas de plantas já com raiz).

5. Repomos a terra retirada ao redor da planta.

6. Regamos o terrário cuidadosamente e tapamo-lo.

7. Colocamos o nosso terrário num local que tenha claridade média (nunca directamente à luz do sol).


Algumas dicas úteis:

• Devem usar-se plantas numa medida proporcional ao tamanho do terrário. É necessário encontrar um ponto de equilíbrio ecológico.

• Se uma espécie vegetal começar a murchar, é sinal de que não está a adaptar-se ao microssistema. Nestas circunstâncias, deve ser devolvida ao seu meio natural.

• A vida útil do terrário pode chegar a um ano ou mais. Porém, há um cuidado básico a ter em conta: ele deve ser aberto a cada uma ou duas semanas (por um período mais ou menos de 2 horas) para que as plantas recebam alguma brisa.

• Uma vez regado o terrário, o ciclo da água inicia-se. Se o recipiente estiver muito encharcado (o vidro pode ficar muito embaciado). Devemos abri-lo por algumas horas para secar e depois fechá-lo novamente. Se a transpiração não estiver a ocorrer (sem gotículas no vidro), devemos regá-lo com um pouquinho de água! Mas atenção, é só um pouquinho!

• Já que as plantas num terrário não têm muito espaço para crescer, não é necessário adubá-las. Conforme as plantas forem crescendo, terão de ser podadas cuidadosamente, utilizando para tal uma tesoura pequena.

• Na criação do nosso terrário, nada nos impede de dar asas à nossa imaginação. Podemos decorá-lo com pedras, conchas, musgo, paus, etc... O nosso terrário não só ficará mais bonito, como espelhará, a uma micro-escala, a Mãe Natureza.

Beijinhos e boas jardinagens :)

terça-feira, 5 de outubro de 2010

No congelador

Hoje em dia há a opção de comprarmos muitas ervas aromáticas desidratadas. Mas eu sou da velha guarda e acho que o sabor de uma salsa e de uns coentros frescos não tem mesmo nada a ver.

Se tenho a opção de usar ervas frescas então é essa que escolho.

Mas em relação às ervas frescas, nem sempre consumo na totalidade um molhinho inteiro.

Então opto por congelar o resto.

Quando voltarmos de novo a usar as ervas nos nossos cozinhados, é certo que o sabor já não será bem igual. Mas continuo a achá-lo preferível a qualquer outra opção.

Quando falo de molhinhos de ervas aromáticas, falo das ervas que se compram frescas no supermercado.

Aquelas que plantamos em casa, no quintal ou em vasinhos na varanda ou no terraço, essas podemos gerir de forma um pouco diferente. Só apanhamos a quantidade que precisamos para o nosso prato. De resto é tentar mantê-las frescas e viçosas.

Desde a salsa, aos coentros, hortelã, manjericão, etc... vai tudo para o congelador quando sobra.

Lavo, retiro os pezinhos e meto em pequenas caixinhas.

Depois, com uma caneta de acetato, escrevo as iniciais das minhas ervas na lateral das caixas. Não há margem para enganos! Estando bem identificadas tudo se torna mais fácil, quer para mim, quer para o P.

Neste momento tenho 1 caixa com coentros, 2 com salsa,
3 com hortelã e 1 com manjericão.

Quando as minhas caixinhas ficam vazias, lavo-as e guardo-as até serem de novo necessárias.

Se a erva que voltar a colocar for diferente, pego num pedacinho de algodão embebido em álcool, apago o que tinha escrito anteriormente, e reescrevo as novas iniciais.

Esta é a estratégia que utilizo e que até agora se tem revelado muito prática e funcional :)

domingo, 3 de outubro de 2010

Para ganchos e elásticos

Ando mesmo empenhada em domesticar a desorganizada que há em mim.


Confesso-me desorganizada, mas sei que tenho feito muitas conquistas neste terreno de areias movediças :P


E essas pequenas conquistas deixam-me sempre muito mais feliz, porque não é apenas de organização exterior que falo. Enquanto organizamos espaços, pequenos nadas em casa, vamo-nos organizando por dentro.

E eu sou daquelas pessoas que tenho de andar sempre muito atenta aos meus passinhos cá em casa. É que em mim existem ainda muitos restícios de uma anterior encarnação. Sim, não tenho dúvidas que algures, numa outra vida, tenha sido um caracol.


E porque é que eu digo isto? Porque muitas são as vezes que, por onde passo, deixo rasto. Vou deixando as minhas coisinhas, os meus pertences. E não há dúvidas que fui eu que passei por ali, e não qualquer outra pessoa ou animal.


E esta situação é muito mais fácil de acontecer, quando não existe o "sítio certo".

Se definir um sítio certo, tudo se torna mais fácil. Torna-se mais fácil domesticar os maus hábitos. É que passa-me a moer a consciência quando sei que o sítio certo existe, mas, por preguiça e/ou descuido, ignorei-0. A consciência é coisa tramada de se lidar!


E com os ganchos e elásticos acabava sempre por largá-los em sítios diferentes, porque afinal de contas também não havia nenhum sítio certo só para eles. E isso também me chateava na hora de me pôr a adivinhar o seu paradeiro.

Mas, o que tem de ser tem muita força. E quis a força das circunstâncias que viesse a encontrar esta imagem pela net.

(inspiração)

Como é que eu não tinha pensado nisto? Cabecinha pensadora a de quem discorreu esta ideia tão espectacularmente simples e funcional.

Mais uma vez, lá fui eu buscar um rolinho de papel higiénico e fiz o meu suporte e expositor de ganchos e elásticos.

Os rolos de papel higiénico estão mesmo em alta :)

Como tinha ainda restos de papel-autocolante, de outras intervenções domésticas, foi só cortar à medida e colar. E fiz o mesmo no interior do rolo para fazer deslizar melhor os ganchos, tornar o rolo mais resistente e esteticamente mais bonitinho.


Podia guardar o rolinho dentro de uma gaveta, mas prefiro que fique na casa-de-banho bem à vista, para que nunca me esqueça que o lugar dos ganchos e elásticos é ali.

E pronto, mais uma pequena conquista no campo da organização :)