A tia L. fez anos.
Não perdi muito tempo a pensar no presente. Queria dar-lhe algo muito simples. Um miminho que traduzisse todo o nosso carinho pela pessoa que é e que lhe fosse útil.
Como sei que ela gosta de nozes, resolvi, pela primeira vez, aventurar-me a fazer Doce de Abóbora com noz e canela.
Na sexta-feira, e assim que fiquei com o pézinho no fim-de-semana, fui à procura de frasquinhos.
Tenho vários guardados em casa, mas nenhum tinha as medidas que eu queria.
Entrei em duas lojas, vi várias frascos mas nada me convenceu.
Não quis perder mais tempo. No fundo, eu sabia onde podia encontrar todos os modelos, tamanhos e feitios de frascos, e a um óptimo preço.
Onde? No supermercado!
E assim foi. Num instantinho encontrei o frasco com as medidas ideais, por 74 cêntimos e ainda com o recheio que muito facilmente irei utilizar nos meus cozinhados.
Já em casa, esvaziei o conteúdo do primeiro frasco para dentro de um segundo e guardei no frigorífico.
De seguida, lavei e desinfectei o futuro frasquinho de doce e passei à receita.
A receita é simples e resultou da adaptação que fiz de algumas que encontrei aqui pela internet.
Partilho-a com as quantidades que utilizei.
Ingredientes:
- abóbora descascada (850 gr.)
- açúcar mascavado e branco em quantidades iguais (650 gr.)
- 2 paus de canela
- 1 cálice cheio de vinho do Porto
- nozes q.b.
Preparação:
1) cortar para dentro de um tacho a abóbora em pedaços laminados pequenos;
2) colocar por cima o açúcar, o vinho do Porto e os 2 paus de canela;
3) levar o tacho a lume brando durante sensivelmente 1 hora, até o preparado ficar com uma cor acastanhada e a abóbora bem cozida;
4) Ao fim desse tempo, retirar os paus de canela, e com a ajuda da varinha-mágica, e sem tocar no fundo do tacho, reduzir a puré a abóbora. Para quem gostar de sentir os pedaços da abóbora, não precisa de utilizar a varinha;
5) Voltar a colocar os paus de canela no tacho e iniciar a segunda fase de cozedura;
4) Ao fim desse tempo, retirar os paus de canela, e com a ajuda da varinha-mágica, e sem tocar no fundo do tacho, reduzir a puré a abóbora. Para quem gostar de sentir os pedaços da abóbora, não precisa de utilizar a varinha;
5) Voltar a colocar os paus de canela no tacho e iniciar a segunda fase de cozedura;
6) De vez em quando mexer com uma colher-de-pau;
7) Ao fim de algum tempo, o doce começa, a pouco e pouco, a ganhar consistência. Estará no ponto quando pingar da colher-de-pau uma gota mais encorpada;
8) Por fim, retirar os paus de canela e envolver no preparado as nozes partidas em pedaços (utilizei pouco mais de metade de uma chávena de chá);
9) Depois de esterilizados, verter de imadiato o doce para dentro dos frascos. Colocar uma folhinha de papel vegetal por cima do bocal e enroscar a tampa.
9) Depois de esterilizados, verter de imadiato o doce para dentro dos frascos. Colocar uma folhinha de papel vegetal por cima do bocal e enroscar a tampa.
Notas:
a) Para as quantidades que utilizei, enchi o frasco pequeno de 260 gr. e um frasco grande de 500 gr.
b) Como o doce não leva conservantes, é o açúcar que fará as vezes deste. Para que o doce dure muito tempo o ideal é usar a mesma quantidade de fruta em açúcar. Porém, se gostarmos de menos doce, podemos reduzir o açúcar a um máximo de 1/3 para a quantidade de fruta que temos.
b) Como o doce não leva conservantes, é o açúcar que fará as vezes deste. Para que o doce dure muito tempo o ideal é usar a mesma quantidade de fruta em açúcar. Porém, se gostarmos de menos doce, podemos reduzir o açúcar a um máximo de 1/3 para a quantidade de fruta que temos.
d) Ter sempre em atenção que o doce ganha ainda um pouco mais de consistência durante o processo de arrefecimento.
c) Depois de lavados e secos os frascos, pode-se fazer a sua esterelização no microondas, numa potência máxima, durante 30 segundos. A tampa metálica não está incluída :P (eu desinfectei a minha com álcool).
d) Como o doce é vertido para dentro dos frascos muito quente, deve colocar-se uma protecção por baixo. O contacto do vidro quente com superfícies frias poderá provocar acidentes indesejáveis.
d) Como o doce é vertido para dentro dos frascos muito quente, deve colocar-se uma protecção por baixo. O contacto do vidro quente com superfícies frias poderá provocar acidentes indesejáveis.
e) Para o doce durar muito tempo fora do frigorífico (largos meses), há quem recomende que se vedem os frascos e se virem de pernas para o ar. Durante o processo de arrefecimento os frascos criarão vácuo. E é nesta posição que devem ser guardados até ao momento de serem consumidos. Eu não fiz isto com o frasco da tia L., por razões óbvias. Com o outro frasco também não fiz porque no sábado o doce fez logo parte do meu pequeno- almoço ;)
Esta é a segunda vez na minha vida que faço doce. A primeira já aqui partilhei.
Das duas vezes não me saí nada mal. Os doces ficaram muito bons :)
A consistência é que ficou um bocadinho para lá do ponto (gosto deles um pouco mais fluídos). Mas há terceira será de vez ;) Sim, porque não tenho dúvidas que muitas outras vezes se seguirão.
Decoração do frasco
Depois do doce feito, havia que decorar o frasquinho para o tornar mais catita.
Então, fiz estas duas etiquetas.
Feitas as etiquetas, lembrei-me do rolo de papel laranja. Papel reciclado de embrulho que já cá tinha em casa. Cortei um quadrado a olho e com um pedaço de fio de cozinha fiz um chapelinho para a tampa :)Com a ajuda de uma tesoura com motivos, recortei a toda a volta o excesso.
No fim, imprimi em papel-autocolante as etiquetas. Forrei por cima com papel-autocolante transparente, recortei e colei no frasco.
Et voilá, o presente da tia L. :)
3) Voltamos a dar um pouco da forma original ao nosso cartão, apertando ligeiramente pela zona dos vincos. A seguir, e com a ajuda dos dois polegares, começamos a empurrar para dentro uma das laterais. O cartão rapidamente começará a ceder e formará uma pequena aba.
