sexta-feira, 29 de abril de 2011

O banquinho do Sr. Vasco

Durante o tempo em que estivemos em Oliveiras, à noite a salamandra foi a nossa grande companhia. E que bem que soube descansar do dia e gozar o silêncio nocturno, num ambiente morno, acolhedor e envolto em cheiros da terra.

Na casa em que ficámos existiama dois banquinhos antigos. Um no primeiro andar e outro na zona inferior, na área comum.

Por ser baixinho, o banquinho que estava no rés-do-chão revelou-se uma preciosa ajuda. Tinha o tamanho ideal para se estar à altura da salamandra. De uma forma mais confortável, permitia colocar os toros de madeira, as pinhas, os pauzinhos etc...

O P. sentado no banquinho da casa do Pereiro,enquanto acendia a salamandra

No dia seguinte ao da nossa chegada, conversa puxa conversa com o Sr. Vasco, ficámos a saber que os banquinhos que estavam lá em casa tinham saído das suas mãos. Sem mais demoras encomedamos-lhe um. Um banquinho destes dar-nos-ia muito jeito, desta vez em nossa casa.

(Já neste post vos tinha falado do sr. Vasco e mostrado o banquinho de madeira que nos fez).

Mas bem vistas as coisas um banquinho destes é tão versátil que dá imenso jeito para diversos fins.

Pode ser usado por miúdos e graúdos como um assento suplementar, quer dentro como fora de casa. Pode transformar-se numa mesinha de apoio em qualquer cantinho lá de casa. Pode servir de degrau para aceder a lugares mais altos, onde nem em pontas dos pés chegamos...

O banquinho foi-nos entregue nesse mesmo dia, bem à noitinha. Originalmente em madeira de pinho cru.

Mas porque eu queria dar-lhe um aspecto mais fresco e mais a condizer com o ambiente da nossa sala, pintei-o.

Lixei. Dei uma demão. Deixei secar. Voltei a lixar. Dei a segunda demão. Deixei secar.

O banco ficou todo branquinho.

Mas ainda não estava bem-bem ao meu gosto. Faltava ali qualquer coisa que quebrasse a cor e lhe desse um aspecto um tanto ou quanto mais rústico.

Peguei numa esponja, pincelei-a com betume judaico e passei em todo o tampo superior do banco.

Com um bocado de "boneca de algodão", esfreguei e retirei o excesso até ficar como eu queria.

E ficou! :)

E agora é um daqueles elementos volantes da minha sala :)


O nosso banquinho junto à lareira cá de casa

Noutro lugar da sala...


...com um pequeno arranjo de rosas em papel (comprei-as após ter visto as da Carla, no seu blog "Arte e Manha")

Beijinhos e bom fim-de-semana :)

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Fiz e gostei muito :)

Se há coisa que não cozinho cá em casa são batatas fritas.

É um tipo de acompanhamento que tanto o P. quanto eu dispensamos bem.

Óptimo porque assim ninguém se chateia.

Aliás, uma das coisas que não tenho, nem me senti ainda tentada a comprar, é uma fritadeira.

Não é que não gostemos de batatas fritas, mas acho que chegam perfeitamente as vezes em que as comemos fora de casa.

Como estão longe de ser um alimento saudável, há que não abusar.

Eu muito raramente faço fritos e, agora que penso nisso, dou-me conta que desde que moro nesta casa, vai para 1 ano e 8 meses, ainda só comprei uma garrafa de 1 litro de óleo.

Talvez por isso, quando vi a receita das "Batatas à Mrs. Anna", não descansei enquanto não a experimentei.

Não estou a falar de batatas fritas, nem nada que se pareça. Contudo, trata-se de uma receita de batatas muito saborosa, prática, rápida de se fazer, económica e bem mais saudável.


Acreditem que estas batatas são um óptimo acompanhamento para diferentes pratos de peixe ou de carne (sobretudo grelhados).

A receita original é do blog "Mesa para 4", mas foi no blog "Festa da Babette" que a vi pela primeira vez.

Como sou um bocadinho batoteira, alterei ligeiramente as quantidades, mas o resultado ficou muito bom :)

Ingredientes:

- 4 batatas médias (usar as de fritar ou roxas)
- 2 colheres de sopa de água
- 1 colher de sopa de azeite
- sal e pimenta q.b.
- salsa picada

Preparação:

1) Descascar e cortar as batatas em palitos grossos.

2) Colocar as batatas numa frigideira anti-aderente.

4) Deitar por cima a água e o azeite.

5) Temperar com sal e pimenta.

6) Deixar cozinhar com tampa e em lume brando.

7) Mexer de vez em quando.

8) Assim que as batatas estiverem prontas (mais ou menos 20 minutos) adicione salsa picada, mexa e sirva-as quentinhas :)

As batatas cozinhadas assim vão cozendo e corando simultaneamente.

Para a próxima em vez da salsa, hei-de experimentar temperá-las no fim com Ervas de Provence.

Bom apetite e o resto de um bom feriado :)

domingo, 24 de abril de 2011

Um regresso às origens

Foram três maravilhosos dias para os lados de Proença-a-Nova.

Três fantásticos dias numa aldeia de xisto tão pequena e ao mesmo tempo tão grande no acolhimento que nos fez.

Sem expectativas do que nos esperava, mas ansiando por mudar de ares, de rotinas, marcámos encontro com a Aldeia Oliveiras.

A Aldeia Oliveiras, assim como mais algumas outras aldeias, está ao abrigo de um projecto que partiu de uma ideia simples: dinamizar o turismo na Região Centro através do aproveitamento dos recursos naturais e humanos existentes nas Aldeias de Xisto.

Uma aldeia de doze habitantes, onde as casinhas se aconchegam umas nas outras ao longo de pequenas e estreitas ruelas. Uma aldeia onde ainda continuam a funcionar dois fornos comunitários e duas oficinas de artesanato. A oficina do Sr. António, o cesteiro, e a oficina do Sr. Vasco, artesão que se dedica de alma e coração às suas casinhas de xisto e outras pequenas peças em madeira.

Sem dúvida, que o Sr. Vasco marcou indelevelmente a nossa estadia. Foi tão fácil perdermo-nos nas suas tão castiças conversas e histórias de vida. Jamais esqueceremos a sua simpatia e os copinhos de ginginha, para o menino, e jeropiga, para a menina :).

Ficámos alojados na casa do Pereiro, uma típica e modesta casinha que ainda mantém as paredes grossas de pedra, uma entrada que nos obriga a baixar a cabeça e outros traços arquitectónicos bem típicos das primeiras casas beirãs e que foram preservados.

Chegados da azáfama e do reboliço lisboeta entregámo-nos ao sossego, à tranquilidade e à paz que Oliveiras tinha para nos oferecer (ver aqui Aldeia Oliveiras)

Apesar da chuva e das descidas de temperaturas não nos terem permitido usufruir da piscina, nem dar uns bons mergulhos na linda praia fluvial de Fróia (que fica a 5 minutinhos a pé da "nossa aldeia"), os três dias foram largamente preenchidos de passeios pedestres, de vistas lindas, de muitos cheiros e paladares.

Pela primeira vez descobrimos uma cache ao lado de casa :)

Para quem não sabe do que falo, vale a pena consultar o post onde menciono este jogo de verdadeira caça ao tesouro (aqui).

Depois de nos certificarmos do sítio certo, à noitinha, e munidos de muito espírito de aventura, lá fomos nós em busca da nossa "caixinha". E foi mesmo em casa que esta dupla de geocachers assinou o logbook. Depois da fotografia da praxe voltámos pé-ante-pé a colocar a cache de Oliveiras no seu esconderijo.

Das lembranças, trouxemos quilos de pedras de xisto na mala (o P. meteu na cabeça que há-de sair das suas próprias mãos uma casa-miniatura) e ainda um banquinho de madeira, encomendado durante a nossa estadia e que no fim teve direito a assinatura de artista, o Sr. Vasco Dominguez.

Mas as lembranças mais importantes ficaram cá dentro...

Ficou a promessa de voltar a esta modesta e tão catita aldeia.

Sim, havemos de voltar. Da próxima vez os grifos e as lontrinhas hão-de vir connosco na máquina fotográfica.

Havemos de contemplar Oliveiras coberta de milhares de pintinhas vermelhas. As cerejeiras à beira da estrada já são promessa de óptimas colheitas. E nós provaremos dessas deliciosas cerejas, enquanto damos uns valentes mergulhos na piscina e nas lindas praias das redondezas.

Havemos de ter mais tempo para visitar a oficina de cestaria do Sr. António.

Havemos de fazer tantas coisas que ficaram por fazer.

Havemos de voltar sozinhos ou acompanhados porque vale a pena, muita a pena, sair de casa, para voltar a "casa".

Votos de uma Páscoa Feliz :)


Dentro de Oliveiras a caminho de casa

Na nossa rua

À entrada da nossa casa

O forno comunitário mais pequeno

Na Praia de Fróia

A paisagem esteve sempre marcada de estevas...

... e muito rosmaninho

Pormenor do nosso caminho pedestre (Vale do Almourão) onde tivemos a oportunidade única de ver grifos

Já na Praia do Malhadal pudemos ver lontras :)

Na última noite em Oliveiras...

... fomos buscar a nossa cache :)

Pormenor da Casa do Vasco

O nosso banquinho à porta da oficina do seu artista

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Empadas de galinha com cogumelos

Salvo raríssimas excepções, as empadas que se comem nos cafés, e se vendem em outros estabelecimentos comerciais, mais parecem uma construção de alvenaria, uma mistura de betão e argamassa. Feitas de massa grossa, massuda, com um nico de recheio seco e desenxabido, a exigência passa por ter uma bebida qualquer ao lado para desembuchar.

Por isso nunca fui grande apreciadora. E não fossem as empadas da minha mãe e umas outras tantas experiências em casa desta ou aquela pessoa amiga/familiar, e eu há muito que já teria colocado as empadas na categoria de salgado que até se pode comer, mas não se aprecia.

Felizmente já comi muitas empadas caseiras boas, mas com um recheio tão saboroso e aveludado, ainda só meti o dente nas minhas. Modéstia à parte, que eu não sou rapariga para me andar a auto-elogiar por dá cá aquela palha :P

O P. até revira os olhos com elas.

São um regalo! E se uma pessoa não se põe a pau é uma, depois outra e mais outra, num piscar de olhos.

A receita é deliciosa e garanto-vos que compensa cada minuto que passarem na cozinha.

Ingredientes (para 12 empadas)

Recheio:
- 2 peitos de frango (ou sobras de frango em quantidade correspondente)
- 1 cebola média
- 2 dentes de alho picados
- 2 colheres de sopa de azeite
- 50 gr. de margarina
- 1 folha de louro
- 1 chávena de chá com cenoura aos quadradinhos
- 100/150 gr. de cogumelos picados grosseiramente
- meia chávena de chá de vinho branco
- água q.b.
- 1 caldo de galinha
- 1 chávena de café de polpa de tomate.
- pimenta q.b.
- salsa picada q.b.

Massa:
- 300 gr. de farinha
- 100 gr. de margarina
- leite q.b.
- 1 ovo

Preparação Recheio:

1) Num tacho médio leve a refogar a cebola, os dentes de alho e os cubos de cenoura com a margarina, o azeite, a folha de louro e o caldo de galinha.

2) Quando o refogado estiver louro junte a polpa de tomate, os cogumelos e os peitos de frango. Tempere com pimenta (não há necessidade de se adicionar sal porque o caldo de galinha já tem).

3) Coloque água de modo a cobrir parte dos peitos de frango e adicione o vinho. Tape e deixe cozinhar em lume brando. Vire os peitos caso seja necessário.

4) Depois do frango cozido retire-o do tacho e deite fora a folha de louro. Desfie o frango.

5) Adicione um pacote de natas de culinária ao preparado e volte a colocar o frango desfiado. Envolva tudo e deixe cozinhar mais um pouco para engrossar.

6) Tempere no fim com salsa picada e envolva.



Preparação Massa:

1) Numa tigela funda coloque a farinha e abra um buraco ao centro. No meio coloque a manteiga amolecida e o ovo. Envolva e amasse. Forme uma pasta compacta e vá adicionando colheres de leite aos poucos até sentir a massa a descolar das paredes da tigela (o processo é mais fácil usando as mãos).

2) Polvilhe a bancada da cozinha com farinha e vá esticando pedaços de massa com o rolo.

3) Com a ajuda de um copo ou caneca corte 12 círculos na massa com tamanho suficiente para cobrir totalmente as forminhas (a massa deve bater ou mesmo passar ligeiramente o rebordo)

4) Coloque recheio em todas as forminhas.


5) Corte 12 círculos mais pequenos com tamanho suficiente para tapar as forminhas.

6) Una bem os dois círculos, dobrando o círculo maior sobre o mais pequeno.


7) Bata a gema de 1 ovo e com o dedo indicador molhe no ovo e besunte cada um dos topos das empadas.

8) Leve ao forno pré-aquecido a 180º C durante cerca de 20 minutos.

9) Deixe arrefecer e desenforme, passando a ponta de uma faca à volta de cada uma das empadas. Vire-as ao contrário que elas sairão facilmente.


Sugestão: Quem não quiser fazer a massa pode usar a massa quebrada fresca que se vende nos supermercados. Cada embalagem dá para 6 empadas.

Experimentem e depois digam se gostaram :)

Beijinhos amendoados.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Assunto resolvido :)

O meu enorme agradecimento às leitoras que me deixaram tantas e tão boas ideias alternativas aos discos faciais de algodão.

Leram? Algodão! Xi, este já é o quarto post :P

Graças a vocês já tenho solução para o meu problema.

Aliás, acho que até foi a solução que acabou por vir ao meu encontro, porque eu estava com outra ideia em mente. Algo bem mais caseiro.

Mas pronto! Acabei por comprar a solução.


Um disco desmaquilhante para os olhos em látex por 1,30 euros.

Limpa que é uma maravilha. Numa só passagem remove praticamente toda a maquilhagem. Excelente! Depois de usado fica impecável com um pouco de água e sabonete. Como é de latex, espremo-o para retirar o excesso de água e fica seco num instante.

Para a limpeza facial comprei por 4 euros uma toalhita com textura de seda.

Além de muito macia e suave tem um enorme poder de arraste. O material também é em látex. A manutenção é semelhante: água e sabonete. A seguir, deixo-a a secar ao ar. Logo que seque fica dura. Para novo uso basta humedecê-la que ela volta a recuperar a suavidade.

As grandes vantagens do material em látex são, por um lado, ser suave e macio; por outro, ser anti-bacteriano, evitando a proliferação de micróbios e fungos que se alimentam na humidade e, por fim, ser um material altamente ventilado, daí a secagem ser rápida.

É verdade que com os 5,30 euros que gastei compraria algumas centenas de discos de algodão. Mas acho que este valor acaba por ser um bom investimento a médio prazo e tenho a certeza que a natureza agradece.

Solução encontrada, vida mais amiga do ambiente e feliz para todos.

Um grande obrigada a vocês :)

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Flor de algodão

Este é o terceiro post de Abril em que, por uma ou outra razão, falo do algodão.

O algodão anda a perseguir-me :P

Porque será?

É verdade que muita gente desconhece como é o algodão no seu estado natural.

Então muitas vezes o único conhecimento que têm desta fibra acaba por se resumir ao algodão branco, que se vende em pacotes de plástico na farmácia, ou no supermercado, para usos medicinais e outras aplicações.

Mas antes de tudo, o algodão deriva de um arbusto chamado algodoeiro que dá as flores mais macias e fofas :)

O algodão não é mais do que a própria flor desse arbusto. E a flor de algodão é tão, mas tão linda...


inspiração

Há algum tempo que queria ter uma rama de flor de algodão, mas ainda não tinha acontecido. Não me tinha cruzado com nenhuma a jeito.

Mas porque o algodão decidiu perseguir-me este mês, hoje quando fui ao supermercado, e passei pela zona das plantas e flores, o que é eu que eu vi um pouco escondidas?

Ramas de flor de algodão :)

Trouxe uma. Não para uso medicinal ou outras aplicações, mas simplesmente para decorar o w.c. das visitas.

Peguei numa jarra cílindrica de vidro transparente.

Tenho duas iguais e são os objectos mais úteis e versáteis que tenho cá em casa para efeitos decorativos. Utilizo-as de mil e uma maneiras para criar ambientes diferentes. Seja com flores, com frutos, com pedras, com água e velas, com o que a imaginação ditar na altura...

Mas antes que me perca em divagações, estava eu a dizer que peguei numa jarra e enchia-a de pedrinhas, que apanhei na praia o ano passado. Espetei a rama seca de flor de algodão e, para finalizar, adornei também a superfície com algodão.




Uma decoração simples e muito natural. Uma decoração que me inspira beleza e harmonia.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

No congelador #2

Em Outubro escrevia este post sobre a forma como congelo as ervas aromáticas.

E porque no partilhar também se aprende, só agora, volvidos 6 meses, decidi pôr em prática a ideia que a Teresa me deixou num dos comentários.

Dizia-me ela que tinha sempre uma lista dos congelados no frigorífico. Adorei essa ideia e nunca mais me esqueci dela. Tinha de a colocar em prática cá em casa. Mas só agora a concretizei passado todo este tempo.

É certo que nos sacos da carne e do peixe fresco eu já colocava a data da congelação. Primeiro porque gosto de controlar a estadia desses produtos cá por casa. Segundo, porque não gosto de consumir produtos há demasiado tempo no frio e, por isso, as datas tornam-se indispensáveis.

Mas ter um inventário dos produtos que tenho no congelador é que ainda não me tinha ocorrido. Obrigada, Teresa! :)

Com uma lista tudo se torna muito mais fácil. Assim sei sempre o que tenho no congelador, sem ter de estar a revolver as gavetas e controlo muito melhor as coisas que tenho e as coisas que me fazem falta.

Esta semaninha pus mãos à obra e fiz uma lista simples para ter sempre coladinha ao frigorífico.

Uma grelha que fosse ao encontro das minhas necessidades.


Nesta lista criei 5 secções:

- Refeições/Outros (aqui coloco comida já feita, pão, pizzas, massa para pizzas, etc...)

- Frutas e Vegetais

- Sobremesas

- Carne

- Peixe

Depois criei um item das datas onde posso colocar o dia em que o produto foi para o congelador ou então a data de validade, se tiver retirado o artigo da sua embalagem original.

Por fim, criei o item das quantidades, onde registo o número de produtos que tenho iguais.

Como não queria estar sempre a trocar de lista e a imprimi-la vezes sem conta, resolvi imprimi-la uma única vez numa folha de papel A4, tipo cartolina e plastifiquei-a com papel-autocolante transparente.

Desta forma, posso fazer todos os meus registos com caneta de acetato.


Lista vazia


Lista praticamente preenchida

Para evitar andar sempre a apagar registos, adoptei as seguintes estratégias:

1) No item das quantidades coloco logo a quantidade do produto que tenho (ex: se tenho 6 hamburguers faço uma cruzinha no número 6). Conforme vou gastando, coloco uma nova cruz no número inferior (ex: gastei 2 hamburguers, volto a colocar nova cruz no número 4). E a quantidade de produtos que tenho é contada a partir da cruz mais interior ou mais à esquerda.

2) Em relação aos produtos, só introduzo os novos e retiro apenas aqueles que muito pontualmente tenho congelados.

Quando preciso de apagar, molho um bocadinho de algodão em álcool e limpo o que não quero. Esse algodão é guardado para outras vezes e só quando já não serve é deitado fora.

Infelizmente, há dias andei no escritório a deitar tudo quanto era marcador e canetas que já não escreviam fora. E agora bem que me fazia falta um daqueles marcadores de tinta fluorescente. A ideia seria abrir um desses marcadores já secos e enchê-lo de álcool, passando a ser o meu marcador-apagador. Não sei se efectivamente resulta, mas foi esta a ideia que tive. Quando puder pô-la em prática logo vejo se é viável :P


Na lateral do frigorífico

Entretanto, a minha maninha veio cá a casa e eu já lhe ofereci uma listinha. Também ela gostou da ideia :)

domingo, 10 de abril de 2011

Vai um picolé? :)

Em criança lembro-me de no Verão a minha mãe fazer muitas vezes geladinhos de refresco para mim e para a minha mana. Que saudades! Como eu gostava daquilo :)

Entretanto fomos crescendo e a minha mãe foi fazendo cada vez menos.

Mas há aquelas coisas que não se esquecem e que ficam para sempre guardadas na nossa mémoria. Naquela gaveta das coisas boas e doces :)

No ano passado ainda resisti à compra de umas forminhas que vi no supermercado. Mas fiquei com a ideia fixa nelas.

Há coisa de poucas semanas, dei de caras com umas forminhas tão engraçadas de picolé que não lhes resisti.

Quando cheguei à caixa registadora, o preço que outrora era de 1,99 euros, passou para menos de 1 euro (como eu adoro os 50% de desconto). E lá vim para casa toda feliz da vida com as minhas forminhas de feitios e cores diferentes.
Agora menina-adulta, a minha intenção é fazer mais do que meros geladinhos de refresco.

Mantendo o mesmo espírito divertido que estes geladinhos proporcionam, o intuito é fazer geladinhos de polpa de fruta, de leite, de iogurte, e muitos outros ingredientes...
Quantas e quantas vezes a fruta cá em casa bola e rebola em cima da fruteira?

Liquidificadora com ela. Bruummmmm. Verter nos copinhos e congelador.


E de uma forma bem divertida e saudável, vai um picolé a qualquer hora do dia...

... Enquanto se lê um livro, revista ou jornal.

... Enquanto se vê televisão.

... Enquanto se trabalha ao pc ou se lê blogs e e-mails.

Um momento picolé cai sempre bem :)

E como cada picolé é pequenino, não cansa!

Os primeiros picolés cá de casa foram feitos com calda de morango que tinha no frigorífico. A receita podem-na ver aqui.

Mesmo quem não tem forminhas próprias não tem desculpa :P

Basta usar copinhos de plástico que tenham em casa e aproveitar, por exemplo, pauzinhos de gelado ou então usar mesmo colheres pequeninas de café.

Se quiserem que os pauzinhos fiquem direitinhos, fazem o seguinte: colocam os copinhos sem pauzinho no congelador e umas horas depois (talvez duas, três... antes do gelado solidificar), espetam o pau direitinho. Se, pauzinho direito ou pauzinho torto, é coisa que não vos incomoda, esqueçam a dica anterior.

Outra ideia gira é fazer picolés com sabores e cores diferentes.

Aí é só colocar nas forminhas um preparado até meio. Leva-se ao congelador e deixa-se solidificar. Depois é só encher o resto com outro sabor a gosto.

Para desenformar já sabem. Friccionam com as palmas das mãos a forma durante uns segundos ou então molham-na em água fria.

Fácil, não é?


Vai um picolé? ;)

sexta-feira, 8 de abril de 2011

As manhas do pão


Quando escrevi este post, algumas de vocês, que partilham ou partilhavam das mesmas agruras, escreveram-me a perguntar que receita era essa em que utilizo a farinha pré-preparada do LIDL, cozo o pão na própria mfp e este fica bastante jeitoso.

Peço desculpa pelo atraso na resposta, mas, como entretanto, fui fazendo outros pães no forno a coisa veio sendo adiada.

A receita não tem nadinha que saber e comigo resulta muito bem.

Ainda só fiz esta receita com a farinha para pão branco, a Ciabatta.

Antes de comprar a farinha pré-preparada do LIDL tinha noção, pelos diversos comentários que encontrei pela net fora, que as farinhas que eles comercializam têm bastante sal.

Como reciei que o pão me saísse mais salgado que o desejável, resolvi misturar farinhas e ainda fiz assim...

Ingredientes

(para um pão de 750 gr e pela mesma ordem de colocação na cuba)

- 350 ml de água morna;

- 1 colher de sopa de azeite;

- 1 colher de sobremesa de açúcar;

- 350 gr de farinha Ciabatta;

- 150 gr de farinha sem fermento tipo 65.

Preparação:

1) Depois de se colocar todos os ingredientes na mfp, seleccionar o programa que na vossa máquina corresponda ao pão básico.

O uso do azeite permite que o pão fique mais fofo.

O açúcar nestas quantidades não adociça o pão. O açúcar ajuda apenas, em contacto com o fermento, que o pão levede melhor.

Há quem faça diversas vezes, e com sucesso nos resultados obtidos, a mistura de farinhas (com fermento e sem fermento), na proporção 50/50.

Eu cheguei a experimentar por 2 ou 3 vezes, mas com outras farinhas pré-preparadas sem serem do LIDL.

Mas porque os meus resultados não foram nada famosos, e já estava escaldada, resolvi fazer estas quantidades.

É verdade que a cuba tem uma pá misturadora, mas eu acho preferível misturar as duas qualidades de farinha cá fora com uma colher dentro de uma tigela, e só depois colocar na máquina, ao invés de sobrepôr as farinhas na cuba.

E porquê a farinha tipo 65 sem fermento?

Porque depois de fazer por duas vezes seguidas pão, aplicando esta receita, fiz uma terceira e uma quarta com farinha tipo 55. E o resultado esteve longe de ser o mesmo!

Os dois últimos pães foram direitinhos para o lixo.

Assim que terminou a cozedura, dei imediatamente conta que os pães eram mais pequenos. Adivinhei logo que o pão estaria denso, massudo, tipo queijo. E não me enganei!

Pesquisei sobre os dois tipos de farinha mais encontrados e vendidos nas superfícies comerciais.

Um tipo é mais refinado do que o outro. A T55 é super-fina e a T65 é fina.

A T55 é mais branca e é a mais utilizada nas preparações culinárias caseiras e a mais indicada para a confecção de bolos.

A T65 é mais indicada para a panificação e confecção de pão branco, podendo, no entanto, ser usada para bolos.

E eu a pensar que uma pequena alteração na farinha não faria diferença alguma... Mas o certo é que faz e muita! Porque nesta receita a de tipo 55 estragou-me o pão. Ou então deveria ter adicionado fermento extra, não sei...

Isto de se querer ser padeira/o tem muito que se lhe diga :P

Se alguém experimentar esta receita, assim em jeito de último reduto para contrariar as más experiências na mfp, diga depois qualquer coisinha, sim?

Beijinhos e um óptimo fim-de-semana cheio de calorzinho bom :)

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Apelo às amigas ecologistas

Estou com um problema que me anda a moer e que me anda a pesar a consciência. E este problema assola-me sobretudo à noite, antes de me ir deitar. Aí por alturas da limpeza facial e desmaquilhagem. Por que será?


imagem retirada da net

Para resolver este problema já procurei pela net fora, mas não encontrei nada. E agora venho aqui, esperançada em vocês, pois tenho quase a certeza que terão boas ideias para partilhar comigo, e com quem as queira aproveitar para si.

Preciso de uns pozinhos de perlimpimpim, que me salvem destes atentados que há muito ando a cometer contra a mãe-natureza. Notem como estou disposta a mudar a minha conduta :)

Passo a explicar melhor, para que possam entender perfeitamente o meu problema.

No dia-a-dia uso discos-faciais de algodão para a limpeza do rosto e desmaquilhagem dos olhos.

Como sou poupadinha e gosto de fazer pouca lixeirada uso bem os dois lados do disco.

Em média, diariamente uso 2 discos. Mas mesmo assim isto é imenso lixo ao fim de uma semana.

Ao fim de alguns anos isto traduz quilos e quilos de discos usados por mim.

Penso nisto e sinto vergonha. Sei que não me ando a portar bem :(


imagem retirada da net

Gostava de arranjar uma solução prática, macia, reutilizável e eficaz, que me fizesse reduzir o uso destes discos. Uma solução mais amiga do ambiente, compreenda-se.

Tenho a certeza que desse lado existirão mulheres que já mudaram os seus hábitos em relação a esta situação, encontrando alternativas muito mais sustentáveis.

E eu só gostava que me dessem os vossos testemunhos para ser mais fácil eu poder mudar os meus.

Obrigada a todas :)

domingo, 3 de abril de 2011

Experiências gastronómicas

O mês de Março ficou para trás. Agora só para o ano. Março é um mês especial. Já o tinha dito. Mês dos meus aniversários. Mês das surpresas.

Nestes 8 anos de enamoramento com o P., recordo-me de poucas vezes me ter oferecido os chamados "presentes femininos", quer no meu aniversário, ou noutras datas a jeito.

Assim, é fácil lembrar todos eles: 2 pares de brincos, um fio, um pijama do Principezinho, um par de sapatos e flores. Apesar disso, é certo e sabido que todos os anos me pergunta o que gostaria de receber.

E eu, que nunca fui muito pedinchona, regra geral respondo: "Oferece-me o que quiseres :)". Gosto muito mais de ser surpreendida do que escolher presentes! Mas quase que adivinho que o presente será para ser gozado a dois. Gosto disso! :)

Nos anos anteriores assim tem sido... Passando por bilhetes para concertos, teatro, e outros espectáculos... por uma máquina fotográfica, livros, um fim de semana fora, uma ida a um restaurante novo e especial, etc... estes são os presentes que o P. acaba por me oferecer. E estes são os presentes que também lhe ofereço. Porque estes são os presentes que gostamos mais de dar um ao outro :)

E este ano não me enganei, mesmo não sabendo o que vinha por aí... .

No dia dos meus anos, o P. levou-nos a um restaurante gourmet em pleno centro do coração de Lisboa, no Chiado.


Sacramento



O sítio em si é muito bonito. Destaco a parte histórica e arquitectónica do edifício. A magnífica decoração e ambiente em tons de vermelho, que criam uma atmosfera quente e intimista. O serviço profissional, simpático e atento, sem aqueles exageros de etiqueta e protocolo que nos põem pouco à vontade, e que eu gosto muito pouco. A comida, excelente! O vinho um regalo para o nosso paladar. Tudo muito, muito bom mesmo!

Mas o meu presente não tinha ficado por aqui. Em casa, a poucos minutos de sairmos para o restaurante, recebo um pacotinho com um... deixem-me adivinhar, antes de abrir... um livro. Abro o pacote e puxo o presente para fora.

Um livro de culinária. Um caderno ilustrado de apontamentos de receitas. Um diário. Ele sabia que eu ia gostar disto. Conhece-me bem! :)


O design e o grafismo são espectaculares e, por isso, não admira que o "2780 Taberna - Cozinha Experimental" tenha sido premiado pelo 'Gourmand World Cookbook Awards' como o melhor livro do género editado em Portugal!

As receitas são tudo experiências gastronómicas já servidas no restaurante com o mesmo nome.

Fui lendo mais sobre o conceito em torno do qual funciona este restaurante e a vontade de lá ir foi crescendo.

Sei que só em sonhos terei a oportunidade de uma experiência gastronónima ímpar, naquele que foi considerado, por quatro anos consecutivos, o melhor restaurante do mundo, o "El Bulli". Mas fiquei com a sensação que indo à Taberna 2780, seria possível ter uma experiência, não digo igual, mas quase, quase similar. Desta vez ali para os lados de Oeiras :P

Como havia mais um aniversário para comemorar. O nosso. Tinhamos o pretexto ideal.

Felizmente as marcações para reserva conseguem-se em muito menos tempo do que no famoso restaurante catalão (segundo sei, em média 1 ano de antecedência), mas o conceito de cozinha é semelhante - cozinha experimental.

Tanto num restaurante como noutro, os comensais não escolhem ementas. Em gíria bem portuguesa isto tem um nome. É o típico "come e cala!" :) A ementa está feita com 5 pratos que mudam a cada 15 dias. Um menú único! E única foi de facto a experiência que tive neste lugar! Uma verdadeira experiência estética. Uma experiência sensorial de outra ordem.

Os pratos vão desfilando, uns a seguir aos outros, como se fossemos convidados a assistir, mas também a participar, num espectáculo de sabores, cores, texturas, odores, formas, composições... Todos os pratos são-nos simpática e cuidadosamente apresentados antes da sua degustação. Pelo sim, pelo não, é interessante saber o nome de alguns ingredientes e conseguir adivinhar outros tão nossos conhecidos.

Não convém grandes distracções, apesar do ambiente descontraído do lugar. A comida é ali o grande foco de interesse. Não se sai de lá cheio, mas também não se sai de lá com fome. O ponto certo difícil de encontrar, ali encontra-se. Tudo cuidadosamente pensado, sem darmos por isso.

Mas apesar da comida ser aqui tudo quanto importa, quem aqui vem, não vem para comer. Desengane-se aquele que pensa o contrário. E a grande surpresa deste restaurante é essa. Aqui mais do que comida encontrei criatividade, felicidade, beleza, poesia, complexidade no meio de simplicidades, magia, humor e provocação. Aqui descobri e redescobri sensações e prazeres ao mesmo tempo efémeros e duradouros :)

E é assim... Apeteceu-me fazer um brinde a algumas coisas boas da vida e que marcaram o meu mês de Março! :)