segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Resiliência




"Uma pérola é o resultado da reação da ostra 
à agressão de um grão de areia". 
Boris Cyrulnik

Assim também é a resiliência...

Ser resiliente é ser capaz de lidar com problemas, de superar obstáculos, de resistir à pressão de situações adversas através da flexibilidade mental, emocional e comportamental.

Depois de toda a tempestade que tem sido este mês, estou na fase em que procuro manter-me à tona no meio deste mar revolto.

Resistir e não desistir!

Não vou desistir, ainda que muitas vezes a vontade possa ser contrária quando olho para as "pequenas" contrariedades que tenho em mãos...

1) Um horário bastante incompleto a 300 e muitos quilómetros de casa e um salário que mal dá para cobrir as despesas de alojamento, viagens, alimentação e despesas pessoais. Ao contrário do que muitos pensam, os professores não têm quaisquer ajudas de custo quando vão para longe da sua área de residência. Atualmente eu e muitos trabalhamos unicamente para o tempo de serviço e por amor à profissão.

2) Alunos complicadíssimos, cheios de problemas disciplinares e de formação. 

3) Demasiadas horas em viagens todas as semanas para ir a casa e voltar. Malas vazias, malas cheias. Sempre as malas para a frente e para trás.

4) Uma correria desenfreada e um esforço enorme para conciliar a nova vida com um recente projeto académico, iniciado ainda antes de ter sido colocada. Mais uma carrada de horas em formação todas as sextas e sábados. Se os fins de semana já eram curtos...

5) Fins de semana que passam por mim à velocidade da luz. O tempo para estar com os meus é cronometrado ao minuto e ao segundo sem o mínimo de exagero à mistura.

6) As saudades que crescem no peito, apertam o coração e nos enchem os olhos de maresia. 

E como é que se lida com tudo isto? 

Primeiro, tenho a sorte de ter pessoas ao meu lado que me amam e apoiam incondicionalmente as minhas decisões. É incrivelmente mais fácil encher-me de força e ser corajosa.

Segundo, pensando de forma otimista e tentanto dominar as minhas emoções, ao invés de deixar que elas me dominem a mim. Pensar que isto é só uma fase, mais uma experiência a somar ao meu currículo de experiências.

Terceiro, controlando os impulsos negativos e combatendo ideias pessimistas como desistir ou achar que não serei capaz.

Quarto, transformando as minhas fraquezas em motivações e acreditando que todo o meu esforço valerá a pena.

Quinto, focando-me em objetivos muito claros e concretos.

Sexto, gostando de mim, da pessoa que sou e cuidando do meu bem-estar físico e emocional.

Desde há uma semana que me tenho dedicado de alma e coração a estes exercícios na procura do meu equilíbrio interior.

E assim como a ostra tem a capacidade de transformar um áspero grão de areia em algo de valioso, também eu procuro nesta fase encher-me de força e transformar as adversidades em vitórias pessoais.

Obrigada pelo carinho e força que me têm dado.

Vocês são incríveis! :)

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

A vida...

imagem retirada da internet

Tenho saudades deste lugar que de um momento para o outro ficou ao abandono e coberto por um silêncio total.

Isto não está a ser fácil, para não dizer que está a ser para lá de difícil.

Mal tenho tido tempo para respirar e as saudades de casa e dos meus são mais que muitas.

Ao fim de 5 anos nunca imaginei que custasse tanto voltar a viver uma vida a prazo. Desabituei-me!

De repente a minha vida já não é nada do que era... 

Em menos de duas semanas perdi mais peso do que o desejável. Não por efeito de dietas, exercícios ou planos alimentares... O stress e outras coisinhas mais têm feito mais do que o desejável. 

Neste momento só me apetece que o tempo voe e que tudo isto acabe rápido.

Peço desculpa, por ainda não ter conseguido responder-vos.

Preciso de entrar na rotina dos dias, naqueles mais tranquilos e sem grandes agitações e balanços.

Preciso de me encontrar e voltar ao epicentro de mim mesma.

Preciso de gostar um bocadinho disto, destas novas experiências...

Nada disto está a ser fácil, mas quem disse que viver é fácil...

Obrigada pelas palavras amigas que me têm deixado e enviado. Não imaginam o quão preciosas têm sido.

Beijinhos carregados de saudades.


sábado, 5 de outubro de 2013

A vida é sempre tão cheia de mudanças...

imagem retirada da internet

Nesta última quarta-feira soube que vou voltar ao ensino. Vou voltar a dar aulas. Voltar a ter salas cheias de alunos. 

Em 48 horas a minha vida deu uma volta e girou vezes sem conta.

Esta segunda começo a dar aulas a 335 km de casa e a viver num Algarve já com cheirinho a Espanha.

P.S. Logo que tenha tempo, e entre numa certa rotina, responderei às vossas questões e e-mails. 

Obrigada pela vossa compreensão.

Beijinhos e continuação de um excelente fim de semana.

quarta-feira, 2 de outubro de 2013

Proibida de entrar na Zara Kids

Proibi-me a mim mesma de entrar na Zara Kids nos próximos tempos.

Que desgraça que está esta nova coleção! 

Entro lá e não consigo vir de mãos a abanar. 

Se os pré-adolescentes fogem deste lugar, como o diabo da cruz (não vá dar-se o caso de serem confundidos com os miúdos)...porque hei de eu, mulher feita e trintona, andar a bisbilhotar a roupa de criança?

Toma juízo, Luarte! (oh pra mim a tentar dissuadir os meus ímpetos!)

Depois das camisolas já vieram as botas e o casaco. 

A culpa não é bem minha... (e eu outra vez a dar-lhe...)

As botas foi a Maria João que me atiçou quando mostrou as dela (aqui)... 

Umas botas de borracha pretas, simples e discretas, a dar com calças, com vestidos, com tudo e mais um "par de botas" :) Se nas fotos já lhes tinha achado graça, quando as vi ao vivo fiquei pelo beicinho. Eram os acabamentos, o corte do cano, o detalhe da fivela e o preço tão simpático.. não havia como resistir. E para este tempo invernoso de chuva e vento não há melhor calçado. Foi por um triz que não as perdi. Nas lojas onde fui já não consegui encontrar o meu número. Valeu-me a Zara Online para me fazer contente :) 




O casaco... é o meu primeiro casaco de pêlo. Com um corte clássico, intemporal e muito vintage. Numa cor crua a dar com tudo. Quentinho e fofinho e ainda com aquele toque glamouroso. Podia lá eu perder a oportunidade de trazer uma pecinha tão catita e que tão bem ficaria com gangas ou aquelas roupas mais janotas. Não me ia perdoar se o deixasse ficar para trás.




Tanto as botas como o casaco são bem mais giros ao vivo. E o problema é mesmo esse, é ter-lhes metido os olhos em cima, ao vivo e a cores, e ter ficado a modos que e a aguar. No fundo, no fundo o problema é ser gaja e gostar de compras. Esse é que é o real problema!

Bem, vou entrar em jejum. Vou entrar na fase do Ramadão do Vestuário e Calçado. Tenho dito!

terça-feira, 1 de outubro de 2013

A minha endometriose e os chás

Sou cada vez mais adepta do uso de produtos naturais em prol da saúde e do bem estar.

Ainda no ano passado, acredito que foi à conta da toma de chás que me livrei de uma cirurgia à minha muito estimada endometriose.

O alvo eram dois endometriomas bilaterais que tenho nos ovários. Para quem não sabe, endometriomas são quistos de sangue, também conhecidos por quistos de chocolate, devido ao seu aspeto castanho escuro. 

Assim que os resultados confirmaram que os endometriomas tinham aumentado de tamanho, perguntei à minha médica se não havia nenhum medicamento que os pudesse reduzir, evitando partir já para cirurgia.

Sugeriu-me então uma medicação intramuscular e apanhei com 3 injeções, com a duração de 1 mês cada.

Ao fim deste tempo, e com novos exames prontos, os resultados não foram animadores. Os teimosos dos endometriomas não reduziram praticamente nada.

Já não havia muito a fazer e a conversa da cirurgia voltou à discussão.

Entretanto fiz os exames pré-operatórios e já só faltava ir à consulta para agendar a data e combinar todos os restantes pormenores com a médica.

Nesse espaço de tempo pesquisei e li muito sobre plantas medicinais que me pudessem ajudar na endometriose e encontrei informação acerca de umas ervinhas com efeitos muito benéficos para a endometriose e outras doenças ginecológicas, como miomas, ovários poliquísticos, etc... 

Fiquei tentada a experimentar, mas não sei antes falar com a médica. Tinha receio de partir para a toma de outras coisas sem o conhecimento médico, e dos possíveis efeitos secundários que daí pudessem surgir.

Eu estava disposta a fazer qualquer coisa só para não ter de me sujeitar a mais uma cirurgia. Mais uma cirurgia complicada, porque por mais simples que pudesse ser, no meu caso sei que não seria,  a avaliar pelo meu historial clínico para lá de complicado e pelas próprias opiniões médicas.

Nessa consulta fui franca com a médica e disse-lhe que não tinha vontade nenhuma de ser operada. Não queria ser operada. Pelo menos para já. Fui clara e o mais objetiva possível. Se os endometriomas não me trouxessem riscos acrescidos para a saúde, viveria muito bem com eles e assumiria as consequências disso.

Aproveitei e falei-lhe do que tinha lido acerca dos chás. Tal como já estava à espera, ela desvalorizou, mas também não me disse para não os tomar. Saí da consulta com a cirurgia adiada e a combinação que daríamos mais um tempo. A próxima consulta seria dali a 3 meses com os resultados de novos exames. E nessa altura tomava-se a decisão do que fazer a seguir.

Fui à Antiga Ervanária, em Lisboa. Falei com a pessoa que me atendeu, disse-lhe ao que vinha e referi o nome das ervas.

Na ervanária disseram-me como haveria de tomá-las e aconselharam a acrescentar mais uma planta às anteriores.

Ao fim dos 3 meses de toma diária, e com novos exames feitos, a médica mostrou-se contente com os resultados e eu ainda mais. Os endometriomas estavam mais pequenos. Segundo ela, deve ter havido um efeito retardado das injeções que fiz durante 3 meses. Já eu acho e acredito que foram os chás que me ajudaram.

Continuo a tomar os chás, a ser vigiada e a fazer exames de diagnóstico. De cada vez que os faço os resultados são sempre melhores. A médica é da opinião que possa ter que ver com a pílula continua e eu acho que é pouco provável, porque pílula contínua (sem dias de paragem ou descanso) já eu faço há muito tempo. Continuo a acreditar que os novos resultados devo-os aos meus remédios caseiros (não deixei, nem deixo de tomar a pílula contínua).

Na minha bancada da cozinha repousam religiosamente os meus 3 frascos de ervas. Os nomes são sugestivos e imediatamente remetem para uma qualquer poção mágica: Unha de Gato, Uxi Amarelo e Graviola. Acredito que esta tem sido a minha poção mágica.


Em casa faço tal e qual como me recomendaram na ervanária. Fervo 1 litro de água e depois acrescento uma colher de sopa de cada uma das três espécies de planta e deixo repousar. Depois vou bebendo o chá ao longo do dia.

E é este o meu medicamento natural para a endometriose desde há ano: 1 litro de chá por dia.


Bem sei que sendo portadora de uma doença crónica não estou à espera de encontrar a cura milagrosa. Mas se estiver ao meu alcance poder reduzir os estragos que esta doença me tem feito e impedi-la de novos desenvolvimentos, e até limitá-la nas suas manisfestações, não vou poupá-la. Prefiro apostar nas intervenções menos invasivas, do que andarem constantemente a mexerem-me e a revolverem-me as entranhas.

P.S. Atenção que o uso de plantas naturais não está isento de contra-indicações e não dispensa a consulta de um médico ou outro especialista.

Beijinhos e uma boa terça-feira.