sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Dúvidas e arrependimentos... quem os não tem?


O comentário da Josefina no post onde edito o artigo da Martha Medeiros, foi o mote para me pôr a pensar nas ideias que vos deixo neste. É simultaneamente um parecer sobre o assunto e uma resposta.

A questão que se levanta é se estaremos sempre seguros das escolhas que fazemos lá para casa?

Será que nunca se arrependeram de uma escolha, que era tão certa naquele momento? E, no momento seguinte, acharem que se precipitaram?

Quantas vezes não me acontece isto? Muitas vezes :P

No meu caso pessoal, acontece-me por fases. Há fases em que parece que fiz as melhores escolhas e isso deixa-me feliz dos pés à cabeça. Há outras vezes em que parece que não dou uma para a caixa, e se insisto naquele período em fazer compras, faço porcaria na certa!

Como já me conheço bem, uso esse auto-conhecimento para me defender de mim própria e dos meus impulsos (sei que sou perigosa). Cada vez me tento auto-disciplinar mais nesse sentido (penso que não posso andar a gastar dinheiro levianamente).

É muito fácil escolhermos um móvel, uma jarra, umas flores, umas cadeiras que gostámos e depois da compra feita vermos umas que ainda gostamos mais.

Situação semelhante acontece quando andamos à procura de algo específico e nada nos agrada. Corremos este mundo e o outro e nada de nada. Quando finalmente encontramos aquela peça que preenche os nossos requisitos, a partir daí, aquilo que procurávamos desesperadamente atira-se-nos agora aos olhos, vem constantemente ter connosco, está em todas as montras. Por onde quer que andemos lá está e mais giro. Que raiva! É de propósito, não é?

E depois há coisas que gostamos mesmo numa altura porque também não existem outras ofertas, mas passado algum tempo eis que surgem outras opções que gostamos mais. Aí ficamos com aquele bichinho a roer-nos.

Não é verdade que isto cria insegurança na hora de escolher? Alguém será imune a este fenómeno?

É por todas as razões que referi que penso que o sentirmo-nos arrependidos nem sempre é sinal que não soubemos escolher bem.

Quando isso acontece, não temos de sentir remorsos, não temos que nos chicotear psicologicamente até à cova. Podemos sempre tentar vender, transformar, remediar, alterar, reciclar, sem ter de desperdiçar, de deitar no lixo.

Agora viver com um pedragulho no sapato só porque se gastou dinheiro? Isso é que não!

Pensar que não há nada a fazer, que temos de nos resignar, é atropelar e asfixiar os nossos sonhos.

Sejamos felizes nas pequenas escolhas enquanto podermos e nos deixarem, não acham?

Criar estratégias pessoais para aprender a fintar o arrependimento também é um óptimo exercício.

Cada um terá as suas, mas eu esforço-me por orientar as minhas escolhas (mesmo que às vezes possam sair goradas) tendo presentes as seguintes regras:

1) comprar aquilo que realmente gosto, independentemente de estar ou não na moda, de ser "in" ou ser "demodé".

2) ter sempre em conta se é confortável e prático, além da componente estética.

3) quando as dúvidas presistem, garantir que há a possibilidade de troca.

4) criar espaços versáteis que me permitam em qualquer altura alterar-lhes a imagem.

5) evitar cair em tentações do momento só porque se gosta, se acha o máximo e tudi e tudo, mas não ter ainda nenhum lugar pensado para aquela compra.

6) preferir, salvo raras excepções, planear um espaço (idealizar o que quero colocar naquele lugar), do que ir encontrando peças e em função delas criar e compôr o restante (neste último caso, sinto que deixo de controlar a situação e acabo quase sempre por me perder).

7) recolher muitas ideias e imagens que me inspirem até ter a certeza que é mesmo aquilo.

8) estar consciente que a oferta é imensa e que posso sempre encontrar alguma coisa mais gira.

9) é mais fácil arrependermo-nos de uma peça igual a tantas outras do que de uma peça personalizada ou única (cria-se uma relação de afecto mais duradoura).

10) se existir essa possibilidade, optar por peças que tenham a virtualidade de servirem diferentes finalidades.

11) dar ouvidos à intuição.

12) ter presente o que definitivamente não se gosta.

13) conjugar diferentes estilos e cores, evitando cair no cansaço da monotonia do mesmo.

14) evitar cores demasiado fortes que cansam ao fim de pouco tempo.

15) não comprar nada só para remediar.

16) escolher artigos que espelhem a nossa personalidade, a nossa forma de ser e de estar, garante que a nossa casa seja única (ser semelhante a tantas outras é um aborrecimento).

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Olá, eu sou a Luarte :)

Fui apanhada desprevenida pela Josefina que me lançou o desafio de, partindo de um questionário de A a Z, dar a conhecer um pouco mais da Luarte.
Recordo-me, a propósito, de ter recusado um jogo semelhante à Ana Benfica, ainda numa fase muito inicial do blog, alegando o motivo de não apreciar jogos sociais em corrente. Aliás, quando os recebo no meu email pessoal, passo à frente.

No entanto, vi-me agora com o desafio de voltar a pensar sobre o assunto... Talvez existam pessoas que me lêem e que gostariam de saber qualquer coisa mais acerca da minha pessoa (pelo menos a Josefina quer saber :P). E a minha recusa, seria uma privação para elas (sou uma pessoa sensível e simpática) :P
Este pode ser um motivo plausível? Penso que sim.

Peço desculpa à Ana, por voltar com a palavra atrás, e à Josefina, por fazer as coisas pela metade (não vou lançar o desafio a ninguém; da minha parte não há continuidade para esta corrente).

Ora aqui ficam as minhas respostas:

a) Tens medo de quê?
Da morte das pessoas que mais gosto.

b) Tens algum guilty pleasure?
Sou perdida por azeitonas.

c) Farias alguma "loucura" por Amor/Amizade?
Seria capaz de fazer tudo, desde que não colidisse com os princípios que defendo e que me fazem ser quem sou.

d) Qual o teu maior sonho? [não vale responder: Paz, Amor e Felicidade ;)]
Continuar a ter por muito tempo as pessoas que mais gosto ao meu lado. Continuar a sentir-me feliz. Continuar a sentir que contribuo para a felicidade dos outros.

e) Nos momentos de tristeza/abatimento, isolas-te ou preferes colo? [não vale brincar]
Por vezes guardo só para mim a tristeza. Noutras tenho necessidade de desabafar e exorcizar os fantasmas. Faz-me lidar melhor com o sentimento. Se houver um colinho à mistura, não me nego a aceitá-lo :)

f) Entre uma pessoa extrovertida e outra introvertida, qual seria a escolha abstracta? Eu sou por natureza uma pessoa introvertida. Não me dou de bandeja a quem pouco ou nada conheço. Depois da conquista feita, acho que sou uma óptima companheira de festa.

g) Sentes que te sentes bem na vida, ou há insatisfação para além do desejável?
Sinto-me muito satisfeita com o que tenho. Sou uma privilegiada, apesar da vida estar constantemente a pôr-me à prova. Mas tenho passado com coragem e espírito positivo todos os testes com distinção :) Sou uma menina com muita sorte.

h) Consideras-te mais crítico ou mais ponderado? (mesmo sabendo que há críticas ponderadas)
Sou uma crítica ponderada :)

i) Julgas-te impulsivo, de fazer filmes... paciente, ou...? (define o que te julgas no geral)
Sou bastante impulsiva e, ao mesmo tempo, bastante paciente. Por vezes nem eu me reconheço na paciência que tenho, quando outros já se teriam passado no meu lugar.

j) Consegues desejar mal a alguém e eventualmente concretizar? [responder com sinceridade]
Na minha vida não há tempo nem lugar para gastar com esse tipo de sentimentos negativos. As más energias não atraem coisas boas para nós (é o velho ditado de que o feitiço se vira contra o feiticeiro).

k) Conténs-te publicamente em manifestações de afecto (abraçar, beijar, rir alto...)
Dificilmente me contenho, só se o contexto não for familiar (também não sou uma exibicionista). Mas gosto de manifestar no momento o que me vai no coração.

l) Qual o lado mais acentuado? Orgulho ou teimosia?
Sou tanto uma coisa como a outra. Mas não tenho qualquer problema em admitir e pedir desculpa quando erro ou estou enganada. Não sou orgulhosa por capricho.

m) Casamentos Homossexuais e direito à adopção?
Aceitar o casamento homossexual é reconhecer o direito à constituição da família (ou estaremos a deturpar o sentido genuíno do termo casamento). E está tudo dito!

n) O que te faz continuar o blog?
Gostar de partilhar ideias, gostar da companhia e do incentivo de quem me lê e já estar viciada no mundo da blogosfera :P

o) O número de visitas ou de comentários influencia o teu blogue?
Claro! Quem não gosta de receber feedback do que escreve? São aqueles que me lêem que alimentam a vontade de continuar este hobbie pessoal.

p) Na tua blogosfera pessoal e ideal, como seria ela?
Não existiria a possibilidade de aprovação de comentários. Quando escrevemos um post e damos autorização que nos façam comentários, devemos ter a capacidade de aceitar todas as opiniões, quer gostemos delas ou não, quer nos deixem o ego lá em cima, ou nos criem um profundo desânimo (a vida também não é feita de contrariedades?). O único filtro a existir, seria automático e unicamente aplicável a linguagem ofensiva/brejeira ou non-sense (nessa dimensão já não há conversa nem entendimento possível).

q) Deviam haver encontros de bloguistas? Caso sim, em que moldes? Caso não, porquê?
Não sou apologista da ideia. Faz sentido que me encontre com outro bloguista se se criar uma relação anterior propícia a isso, como interesses comuns, um certo grau de intimidade, etc... O critério de ser bloguista não é suficiente para eu participar nesse tipo de convívios.

r) Sabes brincar contigo mesmo e rir com quem brinca contigo? (Sem ironias)
Eu sou a primeira pessoa a rir com os meus defeitos, por isso rio com os outros se a brincadeira não tiver como intuito ridicularizar a minha pessoa.

s) Já agora, qual ou quais os teus piores defeitos?
Quando stressada perco o sono ou tenho insónias. Às vezes sem mais nem porquê não consigo resistir a roer as unhas. Sou muito desorganizada.

t) E em que aspectos te elogiam e/ou achas ter potencialidades e mesmo orgulho nisso?
Sou simpática, sensível, amiga, exigente e responsável.

u) Entre uma televisão, um computador e um telemóvel, o que escolherias?
Sem dúvida o computador, dos três é onde gasto mais tempo. Tem a vantagem de permitir fazer uso dos outros dois no mesmo aparelho.

v) Elogias ou guardas para ti?
Elogio, quando reconheço o mérito e existe humildade suficiente da outra parte para saber lidar com ele.

w) Tens a humildade suficiente para pedir desculpa sem ser indirectamente?
Tenho. Para mim pedir desculpa não faz sentido se não for de forma directa, ou então não há real arrependimento.

x) Consideras-te, grosso modo, uma pessoa sensível ou pragmática?
Sou mais sensível que pragmática.

y) Perdoas com facilidade?
Depende da gravidade da situação e se o outro mostrar genuíno arrependimento.

z) Qual o teu maior pesadelo ou o que mais te preocupa?
Não consigo responder outra coisa diferente da resposta que já dei na primeira questão.

P.S. Sara, só agora vi que me tinhas passado o desafio também :) Beijocas gordas.

Eu tenho uma casa muito feliz e vocês?


Esta semana, por intermédio do Estúdio de Ideias Decorativas, tive conhecimento de um artigo sobre casas e decoração da autoria de Martha Medeiros, jornalista e escritora brasileira. Eu achei este artigo, editado no jornal "Zero Hora", no passado domingo, simplesmente genial. As ideias desta autora não poderiam ser mais intuitivas e sensíveis em relação ao que se entende por "casa feliz". E, por isso, a meu ver, carregadinhas de verdade.

Aqui fica na íntegra o texto supracitado:

"Há uma regra de decoração que merece ser obedecida: para onde quer que se olhe, deve haver algo que nos faça feliz!

Dia desses fui acompanhar uma amiga que estava procurando um apartamento para comprar.

Ela selecionou cinco imóveis para visitar, todos ainda ocupados por seus donos, e pediu que eu fosse com ela dar uma olhada. Minha amiga, claro, estava interessada em avaliar o tamanho das peças, o estado de conservação do prédio, a orientação solar, a vizinhança. Já eu, que estava ali de graça, fiquei observando o jeito que as pessoas moram.

Li em algum lugar que há uma regra de decoração que merece ser obedecida: para onde quer que se olhe, deve haver algo que nos faça feliz. O referido é verdade e dou fé. Não existe um único objeto na minha casa que não me faça feliz, pelas mais variadas razões: ou porque esse objeto me lembra de uma viagem, ou porque foi um presente de uma pessoa bacana, ou porque está comigo desde muitos endereços atrás, ou porque me faz reviver o momento em que o comprei, ou simplesmente porque é algo divertido e descompromissado, sem qualquer função prática a não ser agradar aos olhos.

Essa regra não tem nada a ver com elitismo. Pessoas riquíssimas podem viver em palácios totalmente impessoais, aristocráticos e maçantes com suas torneiras de ouro, quadros soturnos que valem fortunas e enfeites arrematados em leilões. São locais classudos, sem dúvida, e que devem fazer seus monarcas felizes, mas eu não conseguiria morar num lugar em que eu não me sentisse à vontade para colocar os pés em cima da mesinha de centro.

A beleza de uma sala, de um quarto ou de uma cozinha não está no valor gasto para decorá-los, e sim na intenção do proprietário em dar a esses ambientes uma cara que traduza o espírito de quem ali vive. E é isso que me espantou nas várias visitas que fizemos: a total falta de espírito festivo daqueles moradores. Gente que se conforma em ter um sofá, duas poltronas, uma tevê e um arranjo medonho em cima da mesa, e não se fala mais nisso.

Onde é que estão os objetos que os fazem felizes?

Sei que a felicidade não exige isso, mas pra que ser tão franciscano?

Um estímulo visual torna o ambiente mais vivo e aconchegante, e isso pode existir em cabanas no meio do mato e em casinhas de pescadores que, aliás, transpiram mais felicidade do que muito apê cinco estrelas. Mas grande parte das pessoas não está interessada em se informar e em investir na beleza das coisas simples. E quando tentam, erram feio, reproduzindo em suas casas aquele estilo showroom de megaloja que só vende móveis laqueados e forrados com produtos sintéticos, tudo metido a chique, o suprassumo da falta de gosto.

Onde o toque da natureza? Madeira, plantas, flores, tecidos crus e, principalmente, onde o bom humor? Como ser feliz numa casa que se leva a sério?

Não me recrimine, estou apenas passando adiante o que li: pra onde quer que se olhe, é preciso alguma coisa que nos deixe feliz. Se você está na sua casa agora, consegue ter seu prazer despertado pelo que lhe cerca? Ou sua casa é um cativeiro com o conforto necessário e fim?

Minha amiga ainda não encontrou seu novo lar, mas segue procurando, só que agora está visitando, de preferência, imóveis já desabitados, vazios, onde ela possa avaliar não só o tamanho das peças, a orientação solar, o estado geral de conservação, mas também o potencial de alegria que os ex-moradores não souberam explorar."

Martha Medeiros, Jornal "Zero Hora", 24-01-10

terça-feira, 26 de janeiro de 2010

E ainda por falar em corações...

Neste domingo de manhã, lembrei-me dos restos de tecido que tinham sobrado das baínhas dos cortinados.

E porque não aproveitar estas sobras e fazer algo engraçado cá para casa?

Vai daí, desafiei-me a mim própria a tentar fazer uns corações.

Já agora, porque não aproveitar aquelas pedrinhas e bolinhas que estavam esquecidas no fundo da gaveta? Pareceu-me de facto uma boa ideia!

E porque não há duas sem três, fui escolher uma das muitas fitinhas de cetim que vou guardando na caixa de costura. Há muitas compras e presentes que trazem fitinhas cujo único propósito é o de compôr e tornar mais bonitinho o embrulho. Eu guardo-as sempre. Já várias vezes me têm sido úteis e esta vez não foi excepção.

Cheia de vontade e carregada de boas intenções, arregacei as manguinhas e comecei a construir um móbile totalmente personalizado e exclusivo.

Estive sempre consciente que poderia sair dali uma grande porcaria, mas se não tentasse...

No fim, fiquei super contente, porque para primeiro trabalhinho do género, acho que não me saí nada mal. O que acham?

Deixo aqui os meus atabalhuados passinhos de principiante. Poderão ser úteis a alguém que também goste destas coisinhas e seja tão inexperiente quanto eu :P

1) Peguei numa folha de papel e dobrei-a ao meio.

2) A partir do vinco da dobra desenhei metade de um coração. Depois foi só recortar, desdobrar a folha e ficar com um coração inteiro, totalmente simétrico.

3) De seguida desenhei o molde provisório num cartão. Recortei e fiquei com um molde definitivo.

4) Com uma caneta desenhei moldes no lado avesso do tecido.

5) Para endurecer as margens e evitar que o tecido se desfiasse, fiz uma mistela de cola de madeira com um bocadinho de água e passei com um pincel em cima dos riscos. Deixei secar.

6) Após aguardar sensivelmente 5 minutos de secagem, recortei os moldes de tecido.

7) Assim que descobri o nome do ponto que gostava de aplicar, fui cuscar no Youtube dicas que ensinassem a fazê-lo (sou um "dois" a costura, só não sou um "zero" porque sei pregar botões e fazer uns remenditos); este foi o vídeo que me ensinou a fazer o ponto caseado:



8) Como não tinha nem linha de pesponto, nem linha de ponto cruz, recorri à linha normal de cozer dobrada e há falta de manta acrílica para o enchimento, salvou-me o algodão (quem não tem cão, caça com gato :P).

9) Depois de cozido metade do coração, fiz passar por dentro a fita de cetim, enchi com algodão e continuei o processo até este ficar totalmente fechado.

10) De seguida, enfiei as bolinhas e repeti os mesmos passos para a feitura dos outros corações.

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Um dia destes mato-o do coração!

Ontem à noite, eu atiro com esta: "Ficavam giros uns caixotes pendurados numa das paredes da sala! Fazem umas prateleiras bem originais!".

Ao ouvir aquilo, ele perdeu o controlo do carro e despistou-se.

Resultado: Acidente! :((((

Tenho de ter mais cuidado e avaliar melhor os contextos, quando me lembro de atirar assim com umas ideias novas.

Desta vez tivemos sorte! Foi apenas um acidente virtual (o P. estava a jogar na Playsation 3!). Ufa!

Claro que depois de lhe mostrar estas fotos, ainda que céptico, ficou um bocadinho mais descansado (não imagino sequer as imagens que ele tinha construído naquela cabeça!) :P







Os meus caixotes preferidos são os segundos e terceiros :)
Gosto imenso da ideia de os pintar e dar um acabamento envelhecido. E depois colocar um bonito papel de parede no fundo (já que não tenciono colocar papel em paredes, colocá-lo-ia aqui).

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Aproveitando bem o ovo :)

Depois de ver estas imagens, fiquei cheia de vontade de copiar a ideia e transformar as cascas dos ovos em vasinhos para sementes.

A minha ideia seria transformá-los em vasinhos provisórios, que durariam o tempo da semente despontar da terra. Depois ela seria transplantada para uma casinha maior, mais adaptada ao seu tamanho e necessidades.

Vieram-me, de repente, à lembrança aquelas experiências dos feijões deitados em caminhas de algodão húmido, que faziamos quando andávamos na primária ou na preparatória (já não sei precisar, maldita memória!!). Era super emocionante examinar todos os dias o nosso feijãozinho e a alegria era apoteótica quando finalmente aparecia aquela desejada pontinha verde... e o resto vocês já sabem.

Voltando aos ovos, a ideia seria a mesma, mas desta vez com terra :)
O ovo sugere e simboliza a ideia de criação, maternidade, útero. Não é mesmo um local apropriado para depositarmos as nossas sementes?

Meia dúzia de casquinhas, cada uma com a sua sementinha, uma metade de caixa de ovos a servir de suporte (no meu pensamento só há lugar às de papelão, acho mais giras), não é uma imagem super ternurenta?
Hoje estou mesmo cutxi-cutxi :P

E esta talvez seja a altura ideal para depositarmos as nossas sementes na terra, digo eu (uma perfeita leiga na arte do cultivo)...
Talvez no início da Primavera já houvesse novidades. O que acham?



quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Um dos meus sonhos...

... era ter uma banheira destas. Este estilo vitoriano tira-me o fôlego.

Numa banheira destas é que eu relaxava todos os musculuzinhos do corpo.

Com uma banheira destas, eu nem saía do banho. Comia e dormia aqui, até ficar com a pele toda encarquilhada (mas como é um sonho nem preciso de me preocupar).

E ai daquele que me tentasse beliscar, ou puxar, para me trazer de novo à realidade...

Trabalhar? Mas que raio de conversa é essa?

Há pessoas mesmo enfadonhas e que não sabem sonhar, possas!




terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Um toque de charme e de cheiro

Todas as escolhas que fazemos para a nossa casa influenciam o espaço e criam uma determinada atmosfera. Podemos ampliar ou diminuir espaços, torná-los abertos ou fechados, escuros ou luminosos, tristes ou alegres, frios ou quentes, e por aí fora...

E em relação a este assunto, um dia destes dei por mim a pensar no uso de flores nas casas de banho.

E o que é que este assunto tem a ver com o anterior? Perguntam vocês...

Tem a ver, porque comigo criam mesmo a ilusão que o espaço está cheiroso e limpinho. E não, não estou a falar de flores naturais, que essas não se dão na maior parte dos espaços que temos, e que são artificialmente iluminados (sortudos aqueles que têm janelas :P ). Falo de flores de tecido ou feitas noutro material que as aproximam das verdadeiras e cheirosas flores.

Eu acho mesmo que ter umas flores na casa de banho dá um toque especial, transmite asseio, frescura e simultaneamente charme.

É que estes espaços são quase sempre frios e as flores trazem muito mais calor e delicadeza, não acham?

A pensar nisso, resolvi colocar umas na casa de banho social. A partir de uma jarra que andava aos trambolhões cá em casa (não sabia mesmo o que fazer com ela), do resto de umas areias verdes que tinham sobrado de um arranjo que fiz há 2 anos para a minha mãe, e das hortênsias em tecido (que não resisti a comprar na semana passada), fiz este arranjo. No fim, e para dar um ar mais mimoso, coloquei a fitinha de organza que tinha na caixa de costura.


Esta foi a minha opção, mas deixo-vos outras inspirações:





segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Muito Obrigada!


Atingi os 100 seguidores que manifestam expressamente o seu gosto por me ler. Nunca imaginei!

Para muitos um número pequenino, para mim um número enorme.

Obrigada por alimentarem a minha vontade de continuar com este lugar, de continuar a partilhar com carinho ideias e pensamentos e, de coração aberto, continuar a convidar-vos a entrar na minha casa.

Agora que habitam o Ideias Debaixo do Telhado, eu já não passo sem vocês.

Obrigada por serem especiais e me fazerem sentir especial.

P.S. E agora vou mesmo ter de no próximo fim-de-semana ir jantar ao Taberna Ideal. Isto porquê? Porque há muito que eu e o P. estamos para lá ir. Temos ouvido maravilhas do sítio e da comida, mas temos tido sempre azar:ou têm lotação esgotada (o espaço é pequeno), ou tentamos ligar para lá e não conseguimos que nos atendam, ou chegamos lá às 19.30, sem marcação e cheios de esperança que indo cedo consigamos lugar, mas sem sucesso.

É que em jeito de brincadeira, há uns dias atrás comentei que se chegasse aos 100 seguidores no blog, tinhamos um grande motivo para comemorar (eu gosto de arranjar pretextos e este é muito bom).

Torçam para que desta vez eu consiga um lugarzinho!

Arrumação no lava-louça

A Josefina pediu ideias para arrumar aquelas coisas que temos sempre junto ao lava-louças: esfregão, pano, luvas, etc...

Já procurei imagens que pudessem dar ideias boas tanto à Josefina como a quem procura soluções para o mesmo problema. Como não encontrei nada, resumo a dica à minha experiência pessoal.

Eu gosto de ter tudo à mão, sem estar à vista, e tudo arrumadinho (sem ter de andar a abrir e a fechar armários).

Por isso, o meu lava-louça é composto por quatro elementos:

- um doseador de detergente

- um pote de louça onde guardo as luvas

- um mini-caixotinho de lixo que adaptei para guardar o pano e o esfregão (a parte de cima é de encaixe fácil de tirar, sem ter de ir pela abertura).

- um doseador de sabonete líquido (gosto de usar após o detergente ou depois de mexer em alguma coisa que me suje as mãos mas não tenha gordura, evitando ter de ir à casa de banho para o fazer).


Esta foi a minha opção e que acho prática para mim, mas muitas outras existirão. Quem sabe se não há por aí outras ideias engraçadas que possam socorrer quem ainda não arranjou uma que o(a) satisfaça. Quem tiver, convido a enviarem-me fotos para o email, que eu depois posto aqui com os devidos agradecimentos ao autor.

Quem é amiguinha Josefina, quem é? ;)

E agora vou trabalhar que já se faz tarde.

Beijocas e o início de boa semana

sábado, 16 de janeiro de 2010

O que fazer com as latas

O que fazemos quase sempre após despejarmos uma lata? O seu destino é, a maior parte das vezes, ir parar ao lixo. Mas há tantas e tantas ideias giras de reaproveitamento. Basta um pouco de vontade, gosto, criatividade e algum tempinho, para transformar as velhas latas de outrora. Elas viram assim preciosas utilidades que darão de certeza absoluta um toque especial lá em casa. Ora vejam algumas ideias que encontrei e que decidi partilhar convosco:

Aqui forram-se umas tantas latas do mesmo tamanho com papel autocolante da mesma cor. Depois colaram-se umas às outras, e transformaram-se numa original garrafeira

Latinhas de várias cores e feitios tornaram-se bonitas e originais jarras de flores


A ideia aplicada na garrafeira foi utilizada desta vez para guardar material de escritório


Aqui optou-se por pintar as latas todas de branquinho e transformá-las em lindas jarras de Hortências


Latas bem antigas transformaram-se em porta-talheres


Fixaram-se várias latas na casa de banho e criou-se um cantinho de arrumação super original para toalhas


Desta vez, com um prego e um martelo, fizeram-se uns tantos furos nas latas e criaram-se assim bonitas luminárias para enfeitar uma varanda, terraço ou jardim lá de casa


Num cantinho de trabalho onde já existia uma estante, colocaram-se várias latas lado a lado para guardar cartas, recados, revistas, publicidade.. etc

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Não faço ideia de quanto poderão valer...

... mas para mim valem mais que muito.

Não são peças do tempo dos meus avós, nem bisavós, nem tetra avós. Não sei quando foram adquiridas, só sei que habitavam aquela casa há muito tempo, no meio de infinitos bibelots que por lá existiam.

Há muitas coisas que passaram de geração para geração. Talvez estas peças sejam um desses casos, quiça?

Não faço ideia se tenho uma pequena ou grande "fortuna" em casa (só sei que sou uma sortuda por tê-las). Sei que quando lhes pego, sinto-me uma malabarista que tenta caminhar sobre o arame. Concentro-me com todas as minhas forças. Calculo meticulosamente os graus de ângulo dos meus futuros movimentos. Acho que às vezes até chego a suar, tamanho é o peso da responsabilidade que sinto.

Gostava que perdurassem no tempo além da minha própria existência física. Será desejar e exigir demais, se outros outros atrás de mim o conseguiram?

Fiquei satisfeita de me ter tornado a feliz contemplada para cuidar e estimar estas peças. Eu adoro misturar estilos, revisitar épocas... baralhar o presente com o passado... E estas, sem dúvida, são especiais.


Estas duas peças estão ao lado da minha televisão, enquanto do outro lado tenho peças totalmente contemporâneas. Gosto realmente de ver a mistura.
Mas ainda existe uma terceira peça com história...


A terrina ocupa agora o centro da mesa da sala. Nem de propósito, as cores ficam mesmo a combinar com as cadeiras :)

Havia também os livros. Uma edição dos Lusíadas em tamanho A3, com um prefácio escrito à mão numa caligrafia que já ninguém é capaz de imitar. Veste-se de uma capa dura e encerra-se numa impressionante lombada. Do título a dourado brilhante, o tempo encarregou-se de devorar de mansinho...

Depois os dois volumes do D. Quixote, de Cervantes, em tamanho A5. Pérolas literárias que também revelam as cicatrizes das mandíbulas afiadas de décadas e séculos.

São Livros com edições datadas do séc. XVII e XVIII.

Esses a minha mana fez questão de ficar com eles. Sei que os estimará tão bem quanto eu os estimaria se viessem viver comigo...

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Ilustrações com Poesia

Andava eu no último domingo a passear-me pela Fnac, quando dou de caras com uma agenda. Chamou-me a atenção pela beleza e delicadeza das suas ilustrações. Simplesmente adorei! Registei o nome da autora e chegada a casa fui fazer uma breve pesquisa.

A ilustradora francesa Rebecca Dautremer é uma poetisa no uso tão expressivo que faz das cores e das formas.

Entrega muito do seu talento para editoras infantis, ilustra livros escolares e também trabalha na área da publicidade.

Descobri por fim que o seu talento rendeu-lhe um convite para ilustrar um dos perfumes da marca Kenzo, o Flower.


Achei a informação curiosa porque até tenho o perfume. Recebi-o há um bom par de anos atrás. Já não o uso, até porquer passado tanto tempo o aroma já está alterado, mas mantenho-o exactamente pela delicadeza do frasco :)

Deixo-vos com um cheirinho de alguns dos seus carismáticos e delicados trabalhos.

A mim dá-me vontade ter umas ilustrações destas cá em casa. É que nem gosto nadinha destas coisas ;)....








terça-feira, 12 de janeiro de 2010

A sala-de-estar

Já tenho uma salinha onde gosto realmente de estar. Agora sim, já lhe sinto o conforto. Já a sinto inconfundivelmente minha. Já olho para ela e digo: "Esta é a minha sala". E acho-a linda (é minha, está explicado!).

Faltam vários detalhes, mas isso vai aos poucos. Só assim faz sentido, não é?

O meu lindo cadeirão, o meu fantástico cepo e o estimado candeeiro formam um trio-maravilha cá em casa - o meu cantinho de leitura.

Quanto ao cadeirão, assim que um dia lhe pus a vista em cima perdi-me de amores. Tinha o tamanho ideal e as formas clássicas que tinha idealizado, mais o aspecto rústico que eu tanto gosto.

Ainda tentei desencantar-me do dito (o preço não era nada simpático). Tentei convencer-me que conseguiria encontrar um que gostasse tanto quanto daquele e mais barato. Mas não havia forma...
Fiquei mesmo desapontada quando, três semanas antes do Natal, perguntei a uma das funcionárias da loja se era possível que em Janeiro o cadeirão fosse para saldos, e a resposta que obtive foi um NÃO redondo :(

Mas o P. foi mesmo um querido! Comprou-o, enfiou-o na arrecadação e escondeu todas as chaves para que a surpresa se mantivesse até ao fim.

E na noite de Natal, à meia-noite, foi uma surpresa e tanto :D


O cepo que já conhecem ficou a fazer de mesinha de apoio e dei uma nova carinha ao velho candeeiro.

Do candeeiro, sempre gostei do seu estilo e linhas.

Assim que partilhei com o P. a minha vontade e gosto em trazer esta herança connosco, torceu o nariz. Não gostava por nada do abat-jour e tinha dificuldade em alhear-se dessa contingência. Mas aqui a menina achou desde sempre que esse era um problema menor. De tanto bater na mesma tecla, convenci-o :)


O velho candeeiro

O pé teve de ser polido pelo meu sogro (depois de eu o ter deixado todo manchado e riscado com um tratamento de choque que lhe apliquei). Raspei a vela e pintei-a de branco sujo. Encomendei um novo abat-jour com o tamanho que queria e forrado a linho, num tom bege claro, para deixar passar o máximo de luz.

O novo candeeiro e o meu cantinho de leitura


Entretanto, só à terceira ficou cá uma carpete (ai como o P. sofreu com tanta carga e descarga, carpete-casa-carpete-loja!). Esta que temos cá em casa, por causa dos seus 270 x 190 cm fez-me vir com as costas curvadas no banco do pendura e o queixo colado ao tablier (também sofri, ora).

E que defeitos tinha a segunda? Só o facto de ser demasiado clara (cor-de-areia). Na loja gostei bastante, mas em casa as coisas têm um efeito diferente e eu comecei logo a matutar que ao fim de uma semana estaria toda encardida.

Esta é simples, de pêlo curto-fofinho num castanho acinzentado. Fazia questão que fosse numa cor neutra para me facilitar o uso de cores e padrões que não prescindo nos detalhes.


Já me ia esquecendo da janela (possas, já é noite!). Optei por colocar duplo varão em ferro forjado branco.

Ainda estive indecisa se havia de escolher um ou dois varões, mas a ideia de poder mexer nas cortinas de forma independente prevaleceu.

Para as cortinas-reposteiro escolhi um tom púrpura em semi-veludo e para as cortinas interiores uma organza pérola lisa.

Como tenho uma sala virada a nordeste tinha mesmo de escolher umas cortinas que deixassem passar o máximo de luz, se não queria ficar com uma sala escura.

E pronto, está feita a apresentação da minha salinha de estar. Acho que não me esqueci de nada.

Beijocas :)