terça-feira, 28 de junho de 2011

As Courgettes

Por graça comprei sementes de courgette para semear cá em casa.

De uma caixa de ovos vazia fiz a sementeira.


A sementeira foi dividida em 3 couvettes para mim e 3 couvettes para o P. Não há cá mistura de sementes :P

Em cada couvette, cada um semeou três pevides, não fosse alguma não germinar.

Todos os dias a terra foi borrifada para manter o ninho húmido e propício ao nascimento.

Passou-se 1 mês e nada.

Nadinha de ver coisa alguma.

O P. impaciente acabou por fazer trafulhice. Desenterrou algumas das suas pevides e com a unha abriu parte da pevide e voltou a enterrá-las.

Eu mantive-me quietinha e pacientemente à espera que a natureza actuasse por si.

Mais uns dias, e surge...


... o primeiro rebento do P.


E, entretanto, o segundo rebento do P.

E do meu lado nada :(

A trafulhice dele deu frutos e eu, que me escusei a interferir e a dar um empurrãozinho à natureza, estava em franca desvantagem.

Até que finalmente...



...surge o meu primeiro rebento :)

Mesmo que não surjam mais, ao menos tenho um rebento de courgette. Já estou feliz :)

A seguir ao meu rebento, e se voltarem a reparar na foto do segundo rebento do P., surgiu um terceiro que ainda está a romper a terra.

Neste momento o resultado é 3-1.

Mas o fenómeno mais curioso é que a terra utilizada foi igual em todas as couvettes, e tendo eu girado a caixa de vez em quando para que a incidência da luz fosse sempre igual, o que acontece é que as sementes que germinaram, germinaram só de um lado.



Vá-se lá tentar arranjar explicações...

segunda-feira, 27 de junho de 2011

No fim-de-semana que passou...

... e com o calor que se fez sentir, só apeteceu ingerir coisas frescas, muito frescas.

Aproveitando a hortelã-pimenta que tenho no meu minifúndio fiz um Refresco de Menta.


Ingredientes:

- 2 colheres de sopa de folhas de hortelã

- 2 copos e meio de água

- 2 rodelas de limão

- sumo de limão q.b.

- gelo picado q.b.

- 2 colheres e meia de sopa de açúcar amarelo

Preparação:

1) Colocar num panela a água e as folhas de hortelã e deixar ferver por 5 minutos.

2) Retirar do lume, juntar o açúcar e algumas gotas de meio limão. Deixar arrefecer.

3) Quando estiver frio ou quase frio, retirar as folhas de hortelã e colocar no liquidificador com o gelo picado*.

4) Bater durante 1 a 2 minutos (o gelo vai desaparecer, mas o refresco ficará geladinho).

5) Colocar uma rodela de limão dentro de cada copo e servir de imediato.

*Para quem como eu não tem uma máquina de picar gelo ou um picador específico, como aquele que a Sharon Stone usou no filme Instinto Fatal para apimentar as suas relações, é fácil resolver a questão. Em cima da bancada da cozinha coloque uma tábua de madeira ou plástico. Encha um saco de plástico com cubos de gelo e feche com uma das mãos a entrada do saco. Envolva um pano de cozinha à volta do saco e com a ajuda da outra mão e um martelo de cozinha, bata em cima da área do gelo até não sentir mais pedaços grandes. Abra o pano e terá o seu gelo picadinho e pronto a usar.

Outra coisa ainda mais simples de fazer é não usar gelo picado. Deixamos arrefecer completamente o nosso chá de menta e levamos ao frigorífico até estar gelado ou simplesmente adicionamos cubos de gelo.

Com a polpa de morango que tinha congelada, fiz um Gelado de Morango, Queijo e Bolacha.


Ingredientes:

- 400 gr. de morangos

- 200 gr. de queijo para barrar

- 200 gr. de natas para bater

- 200 gr. de açúcar

- 10 bolachas Maria

Preparação manual:

1) Lavar e limpar os morangos e reduzir a puré.

2) Numa taça funda, bater as natas firmes.

3) Noutra taça bater o queijo até este ficar cremoso. Juntar o açúcar e continuar a bater mais um pouco.

4) Envolver as natas batidas no queijo batido e adicionar o puré de morangos.

5) Verter o preparado para uma caixa hermética e levar ao congelador por 2 horas.

6) Ao fim deste tempo, e para evitar a criação de cristais de gelo, voltar a bater o gelado por mais 2 ou 3 minutos. Envolver no preparado as bolachas partidas aos pedaços e levar novamente ao congelador até estar pronto a comer.


Beijinhos e um óptimo início de semana :)

domingo, 26 de junho de 2011

2 anos...


... de Ideias Debaixo do Telhado.

2 anos em que muitas são as coisas que partilhei aqui. Mas muitas mais são aquelas que tenho aprendido convosco.

Vamos soprar as velinhas todos juntos neste cantinho que também é vosso.

Parabéns a nós! :)

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Coisas que se descobrem...

Não foi há muito tempo que descobri que o cebolinho dá uma flor lilás linda.


Não fosse eu ter esta erva aromática plantada cá em casa, e dificilmente saberia disto. Dificilmente teria a oportunidade de me encantar por uma flor tão simples, mas tão cheia de uma beleza inusitada.

A natureza não pára de nos surpreeender :)

quinta-feira, 23 de junho de 2011

De um dia para o outro...



Não há nada como pesquisar. Pesquisar muito. Ler muitos fóruns de discussão. Páginas e páginas e, claro... ler os vossos comentários :)

Comparam-se testemunhos. Clarificam-se ideias ainda turvas. Fundamentam-se opiniões. Encontra-se informação que vai muito além do que procuramos.

Este foi o trabalho de casa que decidi fazer ontem, depois do jantar.

Caso me decidisse pela compra da máquina e optasse mesmo pela do LIDL, que a partir de hoje está à venda nas lojas, se calhar era bom que tentasse comprá-la mesmo hoje, sob pena de a encontrar mais tarde esgotada.

Já não tinha muito tempo...

Por essa razão, e de forma quase compulsiva, devorei praticamente tudo aquilo que havia para saber sobre máquinas de gelados.

Como já disse anteriormente, não sou de me atirar para a compra de electrodomésticos e máquinas assim de qualquer maneira e feitio.

E toda a informação que acabei por recolher foi suficientemente esclarecedora para, de um dia para o outro, tomar a decisão de não comprar a máquina dos gelados.

As conclusões mais importantes que retirei das minhas pesquisas foram:

1) Desengane-se quem pensa que a máquina faz gelados. Ela não faz gelados! Quem faz o gelado somos sempre nós. Todo o trabalho que se tem para a preparação de um gelado feito manualmente é exactamente igual ao que se tem utilizando uma máquina de gelados.

2) A máquina dos gelados só entra em acção numa segunda fase. Depois de estar tudo prontinho metemos dentro da máquina durante umas dezenas de minutos. Ao mesmo tempo que faz a refrigeração do preparado, graças ao seu sistema de pás rotativo, evita a criação de cristais de gelo. No fim, e na maior parte das vezes, o gelado não fica pronto a comer. Ainda vai ao congelador durante algum tempo para ganhar aquela consistência de gelado que tanto apreciamos. Atenção que estou a falar das usuais máquinas de gelado caseiras a custarem poucos euros. Quando estamos a falar de máquinas com sistemas de refrigeração, compressor, ventilação, etc... aí o gelado sai prontinho na hora, porque o sistema assemelha-se às máquinas industriais.

3) A máquina tem uma cuba onde é depositado o preparado, e a maior parte dos fabricantes recomenda que a cuba vá ao congelador, durante as 24 horas que antecedem o fabrico do gelado. Só assim estão garantidas as condições ideais para que o resultado saia como o esperado.

Ora estes três pontos foram decisivos para eu desistir por agora pela compra de uma máquina destas.

1) A máquina afinal não me poupa trabalho nenhum na preparação e na mistura dos ingredientes de que vai ser composto o meu gelado.

2) Para quem não tem máquina de gelados, consegue contornar muito facilmente a questão da criação dos cristais de gelo. Leva o preparado ao congelador e ao fim de duas horas retira e bate o gelado. Caso seja necessário deve repetir este procedimento até o gelado ter a textura e consistência desejadas.

Eu já aqui partilhei esta receita de fabrico manual de gelado de morango que ficou óptima. O gelado ficou macio e muito cremoso. E atenção que me limitei a bater o gelado uma única vez, ao fim de 2 horas de congelação. Ele foi comido ao almoço e ao jantar e neste interregno de tempo que medeia as duas refeições, não houve quaisquer alterações na sua cremosidade, nem notei a criação de cristais de gelo. O trabalho nessa parte de bater foi praticamente nenhum.

Um apontamento à parte, não é a máquina que que torna a textura do gelado mais cremosa, mas os ingredientes que se usam. Ingredientes com mais gordura tornam o gelado mais cremoso. Por isso é que os mais cremosos acabam por ser aqueles que têm na sua composição natas. Por outro lado, a temperatura de congelação influencia em parte a textura do gelado.

3) Não me agrada muito ter de pensar num gelado com 24 horas de antecedência. Acho esta história da cuba ter de ir ao congelador uma grande limitação. A forma de contornar esta situação é após usar a cuba, lavá-la, limpá-la e tê-la sempre dentro do congelador para quando apetecer. Até não seria mal pensado se tivesse uma arca congeladora com muito espaço. Mas o sistema de congelação que tenho é de gavetas e tenho sempre o congelador cheio. Ter que arranjar espaço para ter um recipiente grande e vazio lá dentro é coisa que não me convence.

Por outro lado, cá fora teria o resto da máquina à espera de um espaço para ser armazenada.

Com boa vontade arranja-se sempre um cantinho onde a enfiar. Mas bem vistas as coisas, a máquina já me estaria a ocupar dois cantinhos cá em casa.

E mais... Usá-la-ia assim tantas vezes ou far-me-ia assim tanta falta que justificasse todo o espaço que acabaria por me ocupar de forma permanente? Pensando bem, talvez não...

Resumindo e concluindo, pesando os prós e os contras, acabei por achar que não se justificava a compra da máquina, sendo que achei que não eram assim tantas as vantagens que ela tinha para me oferecer.

De qualquer forma, e sabendo que muitas de vocês tem ou tencionam ter uma máquina de gelados, que venham daí muitos gelados bons e frescos, feitos com ou sem máquina :D

Beijinhos e bom feriado!

quarta-feira, 22 de junho de 2011

Estou tentada, tão tentada...

Vai fazer 1 mês que não meto os pés numa loja de roupa, de acessórios ou de artigos para a casa. Vai fazer um mês que não entro num centro comercial. Ando a leste das promoções e saldos e completamente satisfeita com o que tenho, porque se não vejo coisas novas também não tenho necessidade de nada. Eu que andava feliz da vida e nada tentada, tinha de aparecer alguma coisa para perturbar esta minha quietude.

E a culpa é de quem me enfia notícias tentadoras pelo correio abaixo.

E agora o que faço?

A razão diz-me que não. Diz-me para estar sogadita no meu canto e não ceder à compra de mais um apetrecho para a cozinha. Mais um espaço que teria de arranjar para a máquina.

O P. diz-me que não. Que já temos cacarecos mais do que suficientes.

Eu até acho que nem sou pessoa de comprar a torto e a direito máquinas e outros utensílios de cozinha. Não cedo muito facilmente a compras desse género.

Pensando bem, não tenho assim nenhuma máquina na cozinha que não use com frequência (verdade seja dita que também não tenho muitas). Ultimamente não tenho usado a iogurteira, mas é uma fase e nesta altura do ano apetece-me mais iogurtes líquidos de garrafinha. De qualquer forma, a iogurteira foi um presente da minha mana :)

Mas voltando à minha tentação do momento...

O coração e a vontade dizem-me que sim.

Até porque cá em casa é alimento que se consome todo o ano e não é apenas sazonal.

Este mês a revista de culinária da Casa Dez traz imensas receitas boas e dicas para fazermos em casa e uma máquina destas acho que dava imenso jeito.

O próprio jornal "A Dica" traz 3 receitas e mais um artigo sobre os benefícios deste alimento.

Há um estudo que diz que o seu consumo torna as pessoas mais felizes. Eu não duvido nada! Não conheço ninguém que não fique bem disposto enquanto come um. Basta olhar para a sua cara de satisfação.

Isto são muitas coisas do mesmo a perseguirem-me. Acho que quer dizer qualquer coisa, não?

A grande vantagem que vejo da compra desta máquina é a de facilitar o trabalho na preparação caseira desta doce tentação, escolhendo ingredientes saudáveis, sem corantes e sem conservantes.

Sim, é isso mesmo, estou a falar da máquina de gelados que o LIDL vai ter à venda esta semana.





ver características aqui

Digam-me as meninas que têm máquinas de gelado. É compensador? Poupa-se tempo? Dão muito uso à máquina? E o preço (24,99 euros)/características desta máquina é tentador em relação a outras máquinas no mercado?

Contem-me tudo e não me escondam nada.

Preciso de decidir e a vossa ajuda será preciosa.

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Música vinda do mar...

No ano passado, numa ida à praia da Comporta entretive-me durante algum tempo a apanhar conchas com o P.

Mais um mergulhinho, mais uma concha lisa ou riscada.

A brincadeira foi gira e ainda trouxemos para casa algumas conchas, que acabei por guardar na arrecadação, juntamente com um resto de estrelas do mar que já tinha utilizado noutros trabalhos.

Não lhes voltei a pegar desde então.

Mas há bem pouco tempo, quando estive no parque de campismo da Galé, surgiu-me uma ideia.

À porta de alguns bangalows e outras caravanas fixas vi alguns espanta-espíritos e mobiles marítimos que davam mostras de serem trabalho "made in home".

Achei-os tão bonitos e pensei de imediato nas minhas conchas e estrelas do mar.

Porque não tentar dar vida e outro encanto a estas peças naturais.

Como nunca tinha furado conchas e queria que ficassem perfeitas, pedi ao P. que fizesse esse trabalhinho com o berbequim.

Se há ferramenta que me mete algum respeito é o berbequim. Deve ser por causa de alguns filmes de terror que já vi. Essa tarefa delego-a sempre nas mãos de outrem.

Ele lá acedeu ao meu pedido e com um broca bem fininha fez os furos.

Assentou cada concha em cima de um pedaço de madeira e enquanto fixava-a com uma mão, com a outra segurava o berbequim e fazia o minúsculo furinho. As conchas ficaram perfeitas e sem lascas. Tal como eu queria!


Como as estrelas do mar são mais esponjosas e menos rigídas o procedimento foi outro.

Assentou-se cada estrela do mar em cima de um pedaço de madeira e furou-se com um preguinho e a ajuda de um martelo.

Entretanto, encontrei este tutorial que me aguçou a criatividade para a construção do meu mobile de conchas.

Fui à caixinha das minhas bijuterias estragadas e aproveitei contas e alguns filamentos de pau de duas pulseiras.

E depois de ter visto mais esta ideia, fui à caixa da costura procurar alguns botões em cor neutra.



A seguir, foi só usar de um ramo seco e de fio de culinária para montar o meu mobile com sabor a mar.


E agora está colocado na parede da varanda da sala :)




Como esta varanda acaba por ser um pouco ventosa, e mesmo estando o mobile juntinho à parede, a música que se faz ouvir é sem dúvida melodia para os ouvidos :)

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Tão fácil e rápida, que até chateia...

imagem retirada da net

... não ter descoberto esta receita há mais tempo!

De quando em vez, no supermercado lá pegava num pacote de massa quebrada fresca, só para não ter o trabalho de a fazer. Como aquilo é só desenrolar e usar como se quer, algumas vezes lá metia uma no carrinho das compras para utilizar numa quiche, ou numa tarte. Mas também chegou a acontecer usá-la em empadas. Sobretudo naqueles dias em que se tem pouca ou nenhuma pachorra para estar de volta dos tachos, tudo o que nos facilite a vida é bem-vindo.

Em dias mais folgados, em que a disposição é outra, não me importo nada de fazer tudinho, à boa maneira de uma dona de casa perfeita :)

Entretanto, num destes dias dei de caras com uma receita de massa para rissóis que me pareceu extremamente fácil. Decidi fazê-la, mas usei-a para empadas.

Se serve para rissóis e é óptima para empadas (como eu já pude confirmar), de certeza que será boa para quiches e tartes.

Uma massa quebrada que se faz em 1 minuto.

Já passou a ser a minha massa de eleição!

Agora que descobri esta massinha tão fácil e tão rápida de se fazer, não se justifica mais a de compra.

Ingredientes:

- 250 ml de água
- 2 colheres de sopa de azeite
- casca de limão q.b.
- 125 gr. de farinha
- 1 colher de chá de sal

Preparação:

1) Num tacho levar a ferver a água com o sal, o azeite e a casca de limão.

2) Juntar a farinha de uma só vez, e em lume brando, e com uma colher de pau mexer até a massa começar a descolar das paredes do tacho e formar uma bola compacta (este processo é mesmo muito rápido)

3) Desligar o lume, retirar a casca de limão e colocar a massa em cima da bancada da cozinha a arrefecer.

4) Quando estiver com uma temperatura que permita ser trabalhada, polvilhe as mãos com farinha e amasse mais um pouco. Pegue no rolo da massa e... mãos à obra :)

Posso-vos adiantar que a massa fica perfeita. Com a elasticidade e consistência ideais para ser modelada. Para quem como eu desconhecia esta receita, só tenho uma palavra a dizer: Experimentem!

terça-feira, 14 de junho de 2011

Ainda acerca do Campismo...

Reunir todas as coisas de que precisamos para ir acampar não é tarefa simples.

Não é o mesmo que fazer uma mala de viagem e hospedarmo-nos num hotel.

Há imensas coisas em que pensar. Há imensas coisas que não podemos esquecer.

Por isso convém atempadamente fazer uma lista para que nada nos falte.

Como já não acampava há algum tempo, não tinha lista nenhuma. Então, comecei a fazer uma nova com uma semana de antecedência.

Conforme me ia lembrando de mais uma coisa, adicionava-a às anteriores.

Umas coisas tinha na arrecadação, outras na garagem, outras dentro de casa... o que implicou gastar ainda algum tempo a reuni-las todas.

Tudo seria mais fácil se estivessem no mesmo sítio, mas nada que não se resolva na fase de voltar a colocar tudo no lugar.

Há algumas coisas que sempre se vai precisando de quando em vez e que não são exclusivas do campismo, mas há outras que podem muito bem ficar sempre juntinhas. Assim poupamos-nos tempo e trabalho.

Já que tive de fazer novamente uma lista, resolvi fazer uma lista para ficar. Portanto, passei-a a computador.


Assim poupo também tempo para as próximas vezes. Já não há necessidade de andar a pensar nas mesmas coisas, de cada vez que decido ir acampar. Por que afinal de contas aquilo de que preciso resume-se quase sempre ao mesmo.

Organizei a minha lista em 5 secções.


1 - Equipamentos Gerais

2- Equipamentos Refeições


3- Produtos Refeições

4 - Produtos de Higiene Pessoal

5- Equipamentos Praia/Lazer

A secção dos Equipamentos Gerais está sobretudo ligada às instalações, dormidas, e outras coisinhas mais...

A secção dos Equipamentos Refeições indica-me tudo aquilo que preciso para confeccionar os alimentos, tomá-los e cuidar das refeições.

Na secção dos Produtos Refeições, menciono produtos secos e condimentos que posso já levar comigo sem que se estraguem. No supercado limito-me a comprar no dia produtos frescos. Já se sabe que dentro de um parque os preços são sempre inflaccionados. Por isso, naquilo que posso, faço questão de poupar.

Na secção dos Produtos de Higiene Pessoal, refiro sobretudo os artigos que não me posso esquecer, nomeadamente toalhas de banho, toalhas de rosto, rolos de papel higiénico... Num hotel não precisamos de nos preocupar com nada disto, mas um parque de campismo só oferece unicamente as instalações. O resto é por nossa conta. Nesta secção acabo por não descriminar todos os produtos de higiene porque para qualquer viagem que faça eu já iria precisar deles...

Na última secção, dos Equipamentos Praia/Lazer, está incluído tudo aquilo de que preciso para gozar os meus dias na praia e no parque.

Voltando de novo à 3ª secção (Produtos Refeição,) faço questão de seguir a sugestão que já aqui vos tinha deixado para os produtos de higiene pessoal. Reutilizo sempre frascos pequenos para guardar todo o género de produtos. Não há necessidade nenhuma de levar as embalagens originais.

Desta vez, por exemplo, aproveitei garrafas de iogurtes vazias para colocar azeite, azeite/vinagre/sal (tinha um frasco com os 3 temperos juntos só para as saladas), uma embalagem de M&M vazia onde coloquei sal e um frasco de óleo de amêndoas doces para o detergente da louça.

É da máxima importância ter os frascos devidamente identificados, não vão existir acidentes graves.

E agora a minha lista fica numa mica e arquivada para uma próxima consulta (que espero não vir a ser daqui a 3/4 anos, como da última vez :P)

Assim não há desculpas do género: "Ah e tal... por 2 ou 3 dias não vale a pena ir acampar porque dá muito trabalho..."

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Num hotel com milhões de estrelas

Como tinhamos 3 dias inteirinhos por nossa conta, decidimos fazer umas mini-férias cá dentro.

A altura em que escolhemos a melhor sombra e espetámos a primeira estaca no chão, foi o momento em que fixámos morada na terra da liberdade.

Foram 3 dias longe das rotinas, do carro, da poluição, do stress, dos compromissos. A bem dizer, de todo o género de formalismos... Longe das horas, do tempo e da vida de todos os dias. Porque "viver todos os dias cansa" :P

Foram uns diazinhos de total descontração, lazer e descanso. Dias de puro deleite, no único hotel com mais estrelas do mundo - as do céu que tivemos sobre nós.

E eu já tinha tantas saudades de acampar.

Há já uns 3 ou 4 anos que não o fazia. Tanto tempo!

O campismo é o tipo de turismo mais democrático que se conhece. Por ser económico é praticado tanto por pessoas com baixos recursos financeiros como por pessoas pertencentes a classes altas.

As diferenças até podem passar pelo género de equipamentos, do tipo de tenda, roulotte, autocaravana, etc... mas todas elas deixam de existir quando estamos a falar de campistas que partilham os mesmos espaços comuns, e procuram, acima de tudo, o prazer e a liberdade de estar em contacto com a natureza, sem protocolos que não sejam o respeito por ela e pelo próximo.

E é por isso que um parque de campismo acaba por ser um lugar sem fronteiras, sem idades, sem paredes, sem diferenças.

Porém, para fazer campismo não basta montar tenda. É preciso estar disposto a viver uns dias num espaço colectivo, sem mordomias, sem "cheio de nove horas", sem esquisitices. Caso contrário, arriscamo-nos a ter umas férias completamente estragadas. Uns dias que deveriam ser prazeirosos, tornam-se uma verdadeira tortura.

Por isso, fazer campismo, é sem dúvida uma aventura.

Nós por cá, estivemos no feriado de 10 de Junho e fim-de-semana pela Costa Alentejana, no Parque de Campismo da Praia da Galé, junto a Melides.

Um parque de campismo que tem acesso directo à praia. E a praia é quase exclusivamente frequentada pelas pessoas do parque. Portanto, uma praia privativa, um autêntico Resort :)

Alguns apontamentos dos nossos dias...

De manhã, a praia e as suas águas cristalinas, com a serra da Arrábida lá ao longe a emoldurar o mar.


Perto da hora do almoço e quando o calor começava a apertar, regressávamos ao parque...


... e começávamos a preparar o nosso almoço. Aliás, todas as nossas refeições, incluindo os pequenos-almoços, foram preparadas por nós. Excepção feita ao último jantar de ontem. E que bem que nos sabia fazer estas refeições ao ar-livre.

Cozinhar é sem dúvida um dos momentos altos do campismo. Porque é tão giro e bom de fazer, quanto o é comer :)

O P. ficava sempre responsável pelo fogareiro. Eu pelo tacho e salada.

No nosso primeiro almoço fomos para a entremeada grelhada com arrozinho de tomate e pimento assado.

Aqui a menina Luarte a regalar-se com o almocinho.

Já de barriguinha cheia, iamos beber café ao centro da nossa "mini-cidade-verde" e depois regressávamos para lavar a loiça a dois e atirarmo-nos para debaixo das sombras numa atitude de puro dolce fare niente.

Quando o sol já dava sinais de tréguas, voltávamos à praia para mais uns quantos momentos de lazer: ler, apanhar banhos de sol, dar uns mergulhos, jogar raquettes e namorar mais um bocadinho...


A praia da Galé, e respectivo parque de campismo, fazem parte da Reserva Natural do Estuário do Sado e da Reserva Botânica das Dunas de Tróia e da Serra de Grândola. Aliás, esta praia é muito conhecida pelas suas famosas formações rochosas de areia que conferem uma tonalidade alaranjada a todo o cenário.




No alto desta falésia arenítica, fica o parque de campismo. Lá do cimo tem-se uma vista deslumbrante sobre o areal que se estende tanto para um lado, como para o outro, até onde a vista consegue alcançar. E também daí se pode apreciar um pôr-do-sol único. Soberbo!

E antes que a luz se fosse, para dar lugar a uma noite de estrelas, regressávamos ao parque...

Estas mini-férias foram muito bem aproveitadas e deram para recarregar as energias que tanto precisávamos. Além disso, acabaram por ser umas férias super económicas.

Posso-vos dizer que feitas as contas, contando com despesas de estadia, refeições (pequenos-almoços, almoços e jantares), viagens (combustível e portagens) e outros pequenos extras durante 3 dias, não gastámos mais de 100 euros (50 euros por pessoa).

A parte chata foi termos de sair ontem às 22 horas porque hoje tinhamos de regressar ao trabalho.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Saiba cuidar melhor das suas plantas

Para ter uma hortinha num apartamento é só preciso vontade e gosto.

Claro que ter algum espaço exterior, por mais pequenino que seja, ajuda. Mas mesmo quem não tem, pode sempre remediar a coisa escolhendo lugares estratégicos para colocar os seus vasinhos.

Os parapeitos da janela, são um bom exemplo.

Mas também existem outras zonas da casa que reúnem condições muito favoráveis em termos de luminosidade, de temperatura, etc...

Acreditem que ter uma hortinha não vos vai roubar tanto tempo assim.

No dia-a-dia eu não despendo mais do que 5 a 10 minutos com as minhas plantas! Claro que o tempo gasto acaba por ser proporcional ao número de plantas que se tem em casa.

É o tempo de encher o regador, regar, pulverizar e retirar algumas folhas secas que vão surgindo.

Só de tempos a tempos é que as plantinhas exigem outros cuidados extra. É o caso de mudanças de solo, de local, de vaso, podas, adubagens, etc... E tudo depende da planta!

Mas atenção, há que ter alguns cuidados com a rega e com a humidade da terra.

Não se pode pegar no regador e regar tudo a eito.

É preciso ter em atenção que uma planta em vaso vai sempre sofrer mais com o excesso de água do que com a falta dela. O contrário só se passa se formos demasiado negligentes.

Porém, não existe uma regra única para todas as plantas e para todo o tipo de ambientes.

Daí que seja muito importante ter vasos com bom escoamento de água, para que não se acumule demasiada humidade na raíz da planta. Por mais que a planta goste de água, o excesso pode levar ao apodrecimento da raíz.

Mas acontece, muito frequentemente, a terra à superfície estar seca, mas por baixo estar húmida.

Para que dúvidas não subsistam sobre se a planta precisa ou não de mais água, nada melhor do que utilizar o teste do palito, como fazemos com os bolos.

Usando um daqueles palitos de churrasco, espetamos na terra até ao fundo e retiramos.

Se sair sujo e húmido, não há necessidade de colocar mais água.

Se sair seco, sem substrato ou com substrato esfarelado, aí não há dúvidas de que a planta precisa mesmo de água.

Também é verdade que cada planta faz as suas exigências. Umas precisam de mais água, outras menos.

Aliás, foram as regas que me trouxeram a necessidade de criar um mapa, em formato auxiliar de memória. Um mapa que estivesse sempre à mão e me desse as informações mais úteis e importantes sobre cada espécie que tenho cá em casa.

Não nego que ainda perdi algum tempo na internet à procura de informação para o seu preenchimento. Isto porque fiz questão de andar a recolher dados para quase todas as plantas que tenho. Mas como quem corre por gosto não cansa, deu-me imenso gozo chegar ao fim e ter todas as informações que preciso.

Agora só tenho de introduzir novos dados se vier cá para casa uma nova espécie.

O meu mapa é do mais simples e básico que pode haver. Como também sou uma caloira nestas andanças, serve-me perfeitamente.


No mapa introduzi uma primeira coluna de "Plantas" a identificar a espécie.

Uma segunda coluna de "Regas" para saber a frequência com que devo dar de beber às plantas.

Uma terceira dedicada aos "Cuidados Básicos".

E uma quarta, e última coluna, de "Observações", onde insiro outras informações de interesse relevante.

Este mapa tanto pode ser imprimido ou simplesmente guardado no computador, para fácil consulta e actualizações.

Imprimido serve para toda a família. E quando for de férias deixo-o como cábula para quem vier cuidar da minha hortinha.


A mim ajuda-me no cuidado diário que dispenso às minhas plantas. Desta forma, consigo mantê-las mais saudáveis e bonitas.

A pouco e pouco tenho vindo a aprender sempre um pouco mais acerca de cada uma delas. Sinto que me estou a tornar uma melhor babysitter hortícola.

Pelo menos tenho tentado fazer por isso.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Do que eu não sabia sobre...

...Hortênsias!

Afinal as flores das hortênsias não são o que parecem.

Lá está o velho ditado que quem vê caras não vê corações, ou que a vida é muitas vezes feita de enganos.

Eu cá andei enganada este tempo todo!

Imagem retirada da net

É que as flores nesta planta são apenas e unicamente as bolinhas que se encontram no centro. Aquelas que julgamos por pétalas, por apresentarem uma textura e coloração diferentes não passam de flores impostoras.

Ai as malandras!

As tais "pétalas" coloridas são na verdade folhas modificadas. Daí que, quando o bouquet começa a formar-se, as tais supostas flores são verdes e só lentamente vão amadurecendo até atingirem a sua cor final.

Depois ainda descobri mais uma coisinha interessante.

Afinal podemos produzir hortênsias de diferentes cores.

Podemos ter hortênsias completamente ao gosto do freguês!

Uma hortênsia que dá flores azuis, noutro solo pode dar flores rosas. E uma mesma planta pode ter flores de diferentes cores. E esta hein?

Como?

Simples!

A cor das flores é determinada pelo PH do solo. E nós podemos alterar o PH da terra do nosso quintal ou dos nossos vasos, conforme a cor que queremos obter.

Vocês sabiam disto?

Cusquem tudo aqui.

Beijinhos e boas jardinagens!

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Um Minifúndio na Varanda #2

Passaram-se 12 dias desde que mostrei o minifúndio cá de casa.

E durante estes dias já há algumas alterações dignas de registo.

Isto de brincar às hortas urbanas é mesmo giro e super terapêutico. A mim dá-me imensa paz de espírito.

Mas o entusiasmo não advém das produções que daqui conseguirei tirar. Se fosse esse o objectivo, o desânimo seria certinho. Nem sequer valeria a pena meter-me nestas andanças. Mas é o gosto que me move e que vem do facto de constatar que afinal até sou capaz de cuidar de seres tão delicados e frágeis como as plantas. E quando é possível provar-lhes dos frutos, nem que seja 1 único, aí o entusiasmo vira êxtase.

No fundo, no fundo, o que eu gosto é de vê-las crescer, observar-lhes as mudanças.


Na estante da varanda da sala já existem mais novidades...

Os pequenos craveiros já deram duas bonitas flores. Entretanto, à direita tenho um manjerico, que o meu pai me ofereceu. E à esquerda tenho tomilho-limão. Quanto à sementeira das courgettes ainda não há novidades nenhumas. Tudo na mesma!


Ao lado da alfazema plantei dois pézinhos de sardinheira. As expectativas de pegarem eram quase nulas. Depois de terem sido cortados, mantive-os durante demasiado tempo em água e quando os mudei para a terra já estavam muito murchos. As folhas cairam, à excepção de uma. A que tem um tom amarelado.

Há meia dúzia de dias que já tem mais uma folhinha verde e uma série de minúsculos rebentos :)

O vasinho ao lado tem uns caroços de nêspera enterrados. Vamos ver se sai dali alguma coisa :P


Os botões da hortênsia já começaram a dar flor. Segundo me disseram, a cor das pétalas ainda vai ficar num rosa mais vivo. Há que aguardar.


As guias do morangueiro já enraizaram e já tenho dois novos pequenos morangueiros neste vasinho da frente. Acho que vou arranjar mais um vasinho, porque a guia continua toda espevitada, à procura de terra.


Na outra varanda, as primeiras sementes de coentros já começaram a despontar

O piri-piri da esquerda continua a crescer que nem um louco. Ao lado tenho os dois tomateiros.

O piri-piri já tem umas série de botõezinhos brancos. Não tarda está em flor e depois em fruto :)


Um dos tomateiros também já tem duas lindas flores amarelas.

O arbusto de framboesas está maior e os frutos já começam a ganhar cor :)

Mais uns dias e acho que já posso provar das minhas framboesas.


Entretanto, depois de ter visto este limoeiro, e mais este, fiquei com imensa vontade de também ter um limoeiro na varanda. Ali está ele, mesmo ao cantinho. É um limoeiro-galego.

Sinceramente estou um bocadinho céptica que venha a dar limões :(

Está muito esguio. Apresenta uns espinhos. E nos últimos dias reparei que no tronco, e junto a algumas folhas, tem umas minúsculas bolinhas de resina. Coisa estranha!

Aceitam-se sugestões, dicas e truques para cuidar deste meu mais recente inquilino e, se possível, fazê-lo dar limões :P

Beijinhos e boa semana!